As Redes Sociais como ferramenta política da juventude

As Redes Sociais como ferramenta política da juventude

Podemos resumir o conceito de rede social como sendo um meio de comunicação entre pessoas, grupos e organizações por intermédio da internet, com o objetivo de aproximar indivíduos com perfis semelhantes. Algumas redes inclusive são montadas a partir de interesses comuns entre seus usuários, visando o compartilhamento de suas experiências.

Hoje, tornou-se muito comum em várias partes do mundo a juventude fazer utilização das redes sociais, em especial o Twitter e o Facebook para difundir suas idéias e compartilhar com seus contatos acontecimentos importantes com destaque na mídia ou impactantes no seu cotidiano.

Em meio a isso, podemos perceber a utilização dessas redes para discussão de vários temas ligados a política interna e externa dos países, tornando-as grandes aliadas, inclusive na organização de atos públicos, contribuindo para maior engajamento dos jovens nas transformações políticas dos seus países.

No Brasil, vimos mobilizações e movimentos vitoriosos organizados via Twitter e facebook, como as marchas contra a corrupção com repercussão em quase todo território nacional.

Vimos aumentar também, o número de perfis e páginas de movimentos de resistência como as dedicadas às recentes ocupações escolares, perfis criados com o intuito de informar os acontecimentos durante as mobilizações estudantis e ganhar mais adeptos e solidários as causas. Temos também, perfis voltados à luta pelos direitos da mulher, do negro, dos bairros e favelas, entre outros. Não à toa a revista TIME que anualmente divulga a personalidade mais comentada ao longo do ano, elegeu em 2011 a figura do “Manifestante” (em homenagem aos revoltosos de todo o mundo) que, nunca antes esteve em tanta evidência como nos últimos anos. Alguém dúvida que as redes sociais tenham contribuído para tal?

Graças ao alcance dessas redes, está sendo possível politizar e trazer a juventude brasileira para o combate à corrupção e injustiças sociais. Agora, com a divulgação massiva de decisões arbitrárias de cada político, esses se vêem obrigados a tomar mais cuidados para não se “queimar” perante os seus eleitores que estão cada vez mais conscientes e dispostos a expressarem seus pensamentos. Podemos citar como caso recente, o “vomitaço” promovido na página do presidente interino Michel Temer, como protesto ao impeachment da presidenta Dilma.

Ouso dizer até, que a política interna do país tenha sido mais debatido e compartilhado nas redes do que o próprio futebol e programas de TV. As redes sociais vieram para mostrar o poder da comunicação, da informação, democracia e da união popular, ela nos tem mostrado o quanto pode ser poderosa para elevar ou derrubar reputações, assim, que sejam bem utilizadas e que venham para o bem social. Abusemos então dessa ferramenta democrática, mas não nos descuidemos do uso da prudência.