O VÍDEO, TECNOLOGIA MULTIUSO

Francisco de Paula Melo Aguiar

O que os olhos não vêem o coração não sente...

Ditado popular

Inicialmente preferimos enfatizar de que o termo vídeo, é originado da língua latina, é uma tecnologia de processamento de sinais eletrônicos, analógicos e ou digitais, utilizada para capturar, armazenar e transmitir e ou apresentar imagens sucessivas e com impressão de movimento. Assim sendo, a tecnologia do vídeo deu origem a televisão que conhecemos em nossos dias, com todas as suas utilizações em termos de entretenimento e bem assim nas artes visuais, na defesa, na segurança, na indústria, no comércio, no direito, na engenharia, na educação e demais atividades desenvolvidas pela humanidade.

A história da humanidade registra de que o termo “techne” apareceu pela primeira vez na Grécia, pois “Heródoto a conceitua como um saber fazer de forma eficaz. Já para Aristóteles a tecnologia é um fazer com raciocínio” (SANCHO, 1998, p.18). Por outro lado, o que chamamos de tecnologia não nasce pronta e acaba (SOUZA; BASTOS, 2000). Assim nasce toda e qualquer tecnologia e ou invenção, variando apenas o tempo histórico, e com o vídeo também não é diferente, pois, ele é apenas um dentre outros artefatos tecnológicos criados para ser usado pelos povos em suas mais diversas dimensões e áreas domésticas e profissionais, dentre as quais a educação, por exemplo, pois, “o imaginário das pessoas cria situações em que artefatos tecnológicos adquirem vida própria com elevado nível de inteligência e se tornam salvadores do mundo ou ameaçam aniquilar toda a espécie de vida” (ALMEIDA; MORAN, 2005,p.40).

Assim sendo, é importante mencionar de que se fizermos uma comparação com a invenção da escrita, por exemplo, o vídeo é algo criado recentemente, podemos assim afirmar, e até porque podemos defini-lo como sendo uma imagem eletrônica, tal descoberta teve inicio a partir de pesquisas e ou trabalhos desenvolvidos pelo inventor russo-americano Vladimir Zworykin, em 1923, diante da possibilidade da captação e transmissão de imagens eletrônicas, que em 1931 passou a ser chamada de televisão. Além de ter inventado o iconoscópio, isto é a reprodução eletrônica do olho humano, aparelho essencial para a invenção da televisão e ter colaborado com o matemático Jonh Von Neumann no projeto de criação do computador específico para previsões meteorológicas.(MARTINS, 2007, p. 207).

Na década de 80 do século XX, propagou-se em síntese o meio de transporte, condução de imagens em movimento, o que inegavelmente se confunde com as propriedades usadas pelo cinema e pela televisão, apresentando-se como um verdadeiro recurso “facilitador” didático e que pode ser usado em todas as áreas do conhecimento e bem assina na área da educação, chamado de vídeo, advindo daí o termo vídeo aula, vídeo conferência, etc.

Ressaltamos por outro lado que o vídeo nasceu na década de 50 do século XX como uma auxiliar das linguagens da televisão (TV) e do cinema. Daí não existir qualquer tipo de concorrência.

A partir de então apareceu no mercado nacional e internacional o videoteipe e ou videotape (VT), termo de origem inglesa, que significa fita de vídeo, constituída por fita construída por material plástico, fina e coberta por partículas magnéticas, que eram usadas para registrar imagens televisivas. O primeiro VT foi fabricado pela AM PEX, uma indústria norte-americana destinado a atender as estações de televisão, valendo informar que era um equipamento enorme em termos de volume.

Antes do aparecimento do VT, pelos anos 1956, se sabe que todos os programas de televisão eram feitos ao vivo e com muita dificuldade, diante da precariedade tecnológica. Os transtornos, improvisos e impossibilidades era a tecnologia usada naquele tempo pela televisão.

Diante de tal cenário surgiu o videoteipe que passou a possibilitar gravação e manipulação de imagens, via montagens, o que veio transformar a televisão e dar-lhe o prestigio tecnológico e profissional da atualidade.

Antes do videoteipe era um Deus nos acuda, porque as fitas de áudio eram analisadas e captadas pela câmera objetiva para puder transformar cada ponto luminoso em impulso elétrico e a partir daí ser escrito em fita magnética (gravação, edição e reprodução de imagens) de alta capacidade.

O primeiro vídeo portátil, usando fitas de meia polegada, produzia e gravava imagens em preto e branco, lançado no mercado em 1966 pela multinacional japonesa “Sony Corporation”. Lembramos de que naquele tempo foram lançadas as primeiras filmadoras de 8mm (oito milímetros) em escala industrial, além da grande aceitação pelos consumidores do mercado.

Enfatizamos de que nas décadas de 70 e 80 do século XX o mercado começou a consumir aparelhos de vídeo cassete VHS e/ou sistema de vídeo doméstico, tendo em vista a fabricação em escala industrial para o mundo. Tanto é assim que:

“A base do desenvolvimento econômico do vídeo é a explosão da demanda por gravadores de vídeo cassete domésticos, que já haviam encontrado um espaço em mais da metade dos lares britânicos apenas sete anos após a sua introdução em 1979 – uma rapidez sem precedentes em qualquer exemplo de tecnologia de comunicação doméstica”. (ARMES, 1999, p. 169).

Diante de tal fato, a “Sony Corporation” em contrapartida resolveu direcionar seu produto para a área da educação, o que obteve in loco aceitação do mercado.

A Sony em matéria da invenção e da inovação é pioneira, tendo em vista que em 1960 produziu e lançou a primeira televisão transistorizada do mundo; em 1962 a primeira televisão em miniatura; em 1964 o primeiro vídeo-gravador doméstico do mundo; em 1967 o primeiro equipamento portátil de vídeo tape; em 1971 o primeiro vídeo-gravador a cores; em 1975 os primeiros gravadores Betamax; em 1981 o primeiro sistema de vídeo doméstico do mundo com câmera eletrônica; em 1982 o primeiro leitor de CD do mundo, desenvolvido em consórcio e ou parceria com a Philips; em 1983 fabricou e lançaou a primeira câmera de vídeo; em 1985 o primeiro VTR digital; em 1988 o vídeo 8 mm; em 1989 o micro-disquete de 3.5 polegadas; em 1997, o primeiro lançou o primeiro disco CD-RW, conhecido como CD regravável.

Os primeiros vídeos chegaram ao Brasil em 1978, porém, somente no inicio da década de 80 do século XX se tornaram populares, a partir do momento em que o preço ficou acessível à chamada classe média. E assim as produtoras nacionais iniciaram suas gravações de documentários os mais diversos possíveis enfatizando a realidade do campo e da cidade, não faltando vídeos de caráter educativo, diante da necessidade de modernizar a escola. E a partir de então o vídeo em sala de aula veio para ficar e aí está até os dias atuais.

Não foram poucos os debates locais, regionais e nacionais, dentro e fora da instituição escolar enfocando a evolução tecnológica a procura do surgimento da linguagem especifica com o tema voltado para vídeo. Vale salientar de que tal linguagem é totalmente distinta das linguagens até então existentes no ambiente escolar e até mesmo no ambiente doméstico nacional brasileiro. Diante de tal afirmação, a linguagem do vídeo na escola estava entre a linguagem do cinema e a linguagem da televisão em plena expansão. Sim, isso mesmo, o termo vídeo em si quer dizer “eu vejo”, assim a produção do cinema é algo mais requintado, enquanto a televisão, via suas mensagens comerciais de caráter chamativo e educativo informal tem o mesmo sabor que tem, por exemplo, digerir um hambúrguer, no dizer de Almeida (1984). E até porque a televisão tem uma força grande no processo de socialização das chamadas novas gerações e cujo processo é função precípua da escola e nem sempre ela encontra realmente preparada termos pedagógicos e de infra-estrutura, para saber integrar e usar as novas tecnologias, a exemplo do vídeo no seu fazer pedagógico diário.

É inegável que a escola de está atenta para a influência exercida pela televisão nas casas de seus alunos, haja vista a técnica do convencimento e da sedução de massa que a mesma exerce sobre as crianças e adolescentes como verdades absolutas. Tanto é assim que ainda que por analogia:

[...] Neste mundo de culturas fragmentadas e mundializadas, cabe lembrar uma evidência: a socialização das novas gerações, a produção e reprodução das estruturas sociais, especialmente das estruturas simbólicas, também se “deslocalizam”, transferindo parte do papel de orientador da criança, em sua iniciação no mundo dos adultos, para instâncias mundiais, produtoras dos múltiplos discursos que inundam os terminais (ou receptores) de multimídia. Assim as novelas brasileiras e mexicanas constroem, sistematicamente e com bastante eficácia, o imaginário de muitas mocinhas e rapazes pobres e menos pobres. Assim as publicidades criam fenômenos de mídia ao lançar febrilmente um novo galã de cinema. Do mesmo modo, os jovens encontram personagens identificatórios nos jogos eletrônicos e criam seus próprios personagens nos jogos virtuais. (BELLONI, 2001,p. 33).

Diante de tal contextualização, ninguém melhor do que a escola deve compreender a maneira como as novas gerações se apropriam do que é veiculado na televisão e assim construir sua identidade pessoal com capacidade de criticar e julgar a sua realidade. Dentre os meios de comunicação, a televisão é massificadora e alienadora, porém, isso não impede que a escola enquanto instituição educacional exerça seu real papel na condução da formação sabia de seus alunos. O mundo da televisão é fascinante, sofisticada e multidimensional da comunicação sensorial, emocional e racional, diante de suas linguagens para interagir com o público, onde tudo é possível. Devemos sempre lembrar de que o vídeo está sempre ligado a televisão, tudo tem a haver com vídeo em toda sua extensão e cumplicidade social.

São tantos os desafios locais, estaduais, nacionais e internacionais que a instituição escola tem que enfrentar para fazer com que seus alunos tenham realmente uma aprendizagem em termos de qualidade e quantidade, suficientes e tudo isso só será alcançado se o alunado estudar com prazer. Então a escola deve viver para motivar seus alunos a um porto seguro, que ofereça esperança de realização pessoal e profissional. Assim sendo, é inevitável o resgate do uso do vídeo em sala de aula, tendo como tema central de suas atividades pedagógicas diárias no seu fazer pedagógico envolvendo todos os componentes curriculares e temas transversais.

É indiscutível que quando falamos em vídeo na sala de aula, o alunado in loco lembra-se da televisão, tal ligação envolve entretenimento e/ou contexto de puro lazer, é isso perceptível a olho nu pela escola, tanto é assim que “vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não “aula”, e o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso” (MORAN, 1995, p. 27). Diante de tamanha motivação dos alunos com uso de vídeos relacionados com as disciplinas curriculares, o professor deve aproveitar tal iniciativa para inspirar o planejamento diário em tais componentes e que o uso de vídeo aula seja sempre que possível presente nas atividades curriculares, estabelecendo assim um elo entre o vídeo e outras dinâmicas usadas nas aulas.

Não por acaso que a televisão e o vídeo representam algo concreto, visível, imediato, mexendo assim com o corpo, com a pele, com as sensações e com os sentimentos dos alunos, onde o recorte visual, sonoro e o close estão presentes.

O uso do vídeo em sala de aula oferece ao alunado a possibilidade de sair da mesmice, rompendo as barreiras do algo abstrato e ingressando na realidade concreta, levando-o para uma aprendizagem significativa, onde estão presente o relacionamento do televisual com o seu cotidiano.

A implantação do vídeo em sala de aula é um instrumento de grande importância e eficácia para o ensino e para a aprendizagem discente. Por outro lado, o potencial didático pedagógico do vídeo, enquanto tecnologia usada na área da educação, deve também preparar e ou formar professores com a linguagem apropriada para melhor usar o vídeo no seu magister, esse deve ser o grande desafio do ambiente escolar, saber usar a linguagem apropriada do vídeo que é mais do que uma simples tecnologia, um instrumento de trabalho precípuo e necessário, algo parecido com um laboratório de aprendizagem que envolve teoria e prática dos componentes curriculares. Corrobora com tal visão o pesquisador Moran (1995) no artigo denominado de “O vídeo em sala de aula”, que por analogia todo e qualquer professor deveria fazer uma leitura prévia antes de fazer seus planejamentos diários, mensais e anuais, visando inserir o uso do vídeo em suas atividades didáticas e pedagógicas.

É antigo o adágio popular de que aquilo que os olhos não vêem o coração não sente, tal argumento cai como uma luva, quando se fala de algo exposto através do uso de vídeo dentro da sala de aula, uma vez que por si só o recado é dado, transmite e/ou fixado, em termos de conteúdo para a aprendizagem, isso acontece porque o vídeo tem a função e capacidade de mostrar fatos e contra fatos não se tem argumento, daí ser necessária a explicação do professor para o alunado, enfatizando a leitura do vídeo que se vê em sua integralidade como contribuição significante do trabalho didático pedagógico, conforme menciona Mandarino (2002).

Não temos dúvida de que o vídeo na realidade significa a imagem, algo audiovisual que impressiona pela luminosidade e pode usar o som e a escrita quando editado. O vídeo através de suas imagens e mensagens nos faz viajar no tempo e no espaço. É algo simples, porém concreto diante de seu realismo presente, pois, ao mesmo tempo representa lazer, entretenimento e aprendizagem, segundo a visão de Machado (2001).

Com o uso do vídeo o passado, o presente e o futuro é in loco, agora, hoje. Um exemplo típico disso é assimilado através da assistência de um vídeo histórico nacional, baseado em algum fato da história do país, pois, transportados para a época em que os fatos aconteceram. Viajamos o por outras culturas, conhecendo hábitos e povos sem sairmos de nossa cadeira e ou do nosso terreiro. O mundo se transforma em uma pequena aldeia diante do uso do vídeo para nossas leituras de aprendizagem formal e informal.

Com o uso do vídeo, a verdade através do “ver”, do “ouvir” e bem assim do “ler”, quase na totalidade do tempo, sem deixar de lado a trilha sonora, a voz de cada personagem e bem assim do narrador da história e ou da estória. É um caminho de sedução o vídeo em termos de envolvimento na fornada de lazer e ou entretenimento e grande é o aproveitamento em termos de informação e aprendizagem.

O vídeo tem a característica fundamental de atender a pequenas platéias, onde todos os assistentes são geralmente conhecidos entre si, o que faz gerar uma verdadeira atmosfera em sua intimidade.

A produção videográfica é direcionada a um pequeno grupo de pessoas e pode ser reprisada tantas quantas vezes quiserem. Ressaltamos de que estamos falando de filmes especificamente gerados para serem passados, vistos e ou assistidos via o vídeo, e bem assim discutidos na escola, em casa, na igreja, etc., tanto é assim a sua praticidade usual.

Com o passa do tempo, o vídeo, que representa o uso de imagem em movimento e com sonorização, é também usado como instrumento de pesquisa, preservação e difusão cultural formal e informal.

O vídeo é a técnica de guardar som e imagem dos personagens em toda sua extensão. Ante o exposto, verificamos que o vídeo cassete revolucionou o mundo quando registrou som e imagem, envolvendo por sua agilidade, rompendo a fronteira que envolvia o passado, o presente e o futuro, haja vista sua capacidade de preservar tal registro para contar sua historicidade para as novas gerações.

Assim podemos afirmar sem sombra de dúvidas de que o uso do vídeo em sala de aula, ensina e aprende em toda sua contextualização. É uma tecnologia extraordinária se usada para explicar cada tema e ou tópico dos componentes curriculares ao alunado.

É mais que importante mencionar de que mesmo com o advento do computador e da internet, o vídeo não é uma tecnologia ultrapassada, pois, “deslumbrados com o computador e a internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação”, conforme Moran (2007).

É inegável o surgimento de novas tecnologias que são igualmente usadas em todas as áreas das atividades humanas, dentre as quais a área da educação, talvez isso contribuído para que o vídeo venha com o passar do tempo sendo desprezado, relativamente falando em nossas residências, escolas e demais empresas de qualquer seguimento de prestação de serviços empresariais e ou industriais. O vídeo pode está relativamente esquecido no recanto da escola, etc., porém, podemos assim fazer disso a leitura de que os professores e/ou educadores, quiçá, tenham deixado de dar o verdadeiro valor que ele representa, enquanto tecnologia de uso de sala de aula, talvez por falta de planejamento criterioso, enfocando o uso de tal ferramenta, visando o processo de ensino-aprendizagem de nossos discentes.

Ressaltamos de que mesmo com opiniões favoráveis e contrárias ao seu uso em nossas casas, empresas, faculdades, universidades, academias, escolas, etc, o vídeo continua tendo o seu real valor e lugar assegurado em tais atividades, inclusive na educacional e empresarial. Tanto é assim que todo e qualquer setor empresarial da chamada indústria das artes visuais e do lazer e ou entretenimento, tem a ousadia que venha dispensar contato direto com os videográficos em suas articulações de sentido, conforme pesquisa de Machado (2001).

Quando falamos em planejamento criterioso visando o uso do vídeo em sala de aula, por exemplo, não estamos dispensando as demais tecnologias de tal planejamento, o que vem assim corroborar a afirmativa que:

“As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes. (MORAN, 2007, p. 164).

Assim sendo, são diversas as possibilidades tecnológicas que o professor dispõe e pode usar em seus planejamentos visando suas possíveis atividades didáticas pedagógicas, inclusive o uso do vídeo. É uma questão de querer usar essa e ou aquela tecnologia.

É vidente que a área escolar jamais deverá dispensar o contato e ou uso do vídeo em suas atividades educacionais e instrucionais diárias e até porque a sociedade do século XXI, direta e indiretamente está solidária e/ou mergulhada e/ou fascinada pela tecnologia audiovisual. Diante de tal afirmação, a linguagem do vídeo vem assim para o centro hegemônico e/ou das pequenas e ou grandes discussões e decisões educacionais locais, regionais, nacionais e internacionais.

Na linguagem e/ou fala usada sobre vídeo na visão de Moran (1995), existe a possibilidade conceitual envolvendo a questão de algo adequado no trabalho de sala de aula, o vídeo sendo usado como: sensibilização e ou seja tendo a função básica de informar, introduzir sempre que possível novo assunto, de despertar a curiosidade, de motivar novos temas e de fixar conteúdos programáticos dos diversos componentes curriculares; como ilustração, isto é trazendo para sala de aula realidades distantes dos discentes, tendo como cenário o próprio tempo histórico; como simulação trazendo experiências que seriam perigosas em laboratório e ou que exigiriam recursos e muito tempo para se chegar a tal conclusão; como conteúdo de ensino-aprendizagem, mostrando um determinado assunto de forma direta, fazendo a devida orientação no tocante a interpretação e também mostrando um determinado assunto de forma indireta, envolvendo e ou permitindo múltiplas abordagens de caráter interdisciplinar; como produção de documentação, fazendo registro de eventos, de salas de aula, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, de depoimentos, de debates; interferindo, modificando um certo determinado programa, material audiovisual, acrescentar nova trilha sonora e ou até mesmo edital o material de forma compacta, fazendo introduzir cenas novas com outros significados, em termos de expressão e comunicação e adaptar a sensibilidade especifica de cada faixa etária do alunado; e por fim o vídeo como avaliação dos discentes, dos docentes e do próprio processo de ensino-aprendizagem, um verdadeiro espelho em termos de integração, enquanto suporte com outras mídias igualmente importantes. Assim como é algo inadequado, usar o vídeo em sala de aula, classificando-o: de tapa buraco, forma de enrolação, de deslumbramento, de perfeição e somente vídeo. Isso é mera ilação pensar assim. O trabalho envolvendo vídeo no ambiente escolar é muito mais do que isso.

O vídeo passou a ser usado pela Educação na década de 80 do século XX, mesmo diante de temor e enfrentamento por parte de professores, que com o passar do tempo, mesmo que ainda menor escala ainda persiste nos dias atuais, diante do uso incorreto e acrítico, chegando ao ponto de falar contra tal tecnologia. Isso é até aceitável porque o a criação do vídeo não tem como objetivo especial atuar na área educacional, conforme enfatizam os pesquisadores Sampaio e Leite (1999) em sua alfabetização tecnológica do professor.

A invenção do vídeo foi concebida para auxiliar na produção da televisão, sendo na atualidade considerado como sendo a base fundamental usada para divulgar a linguagem audiovisual em sentido amplo. Não por acaso que o vídeo é algo acessível no sentido de ver, rever e analisar o produto audiovisual de toda sua produção no momento em que bem entender, inclusive podendo intervir para parar, mudar e alterar as imagens em termos seqüenciais. E diante tantas facilidades o vídeo é nada mais, nada menos do que um instrumento tecnológico em termos textuais e de imagens a disposição para uso de docentes de qualquer nível escolar.

O vídeo chegou à escola diante de dois fatores básicos: a evolução cientifica tecnológica e o crescimento da população terrena em todos os continentes do mundo. Ato contínuo, tais fatores influenciaram direta e indiretamente a formação de professores, algo parecido como verdadeiro desafio, pois, o Censo de 1994, por exemplo, constatou que no Brasil da última década do século XX, ainda um grande número de docentes continuavam em exercício na sala de aula sem terem licenciaturas para o nível de atuação que exerciam no magistério da Educação Básica, sem deixar de lado que os docentes que eram formados em cursos superiores tinham necessidade urgente de fazer formação continuada em suas áreas do saber. Assim sendo, é importante compreender que:

O papel do professor em todas as épocas é ser o arauto permanente das inovações existentes. Ensinar é fazer conhecido o desconhecido. Agente das inovações por excelência o professor aproxima o aprendiz das novidades, descobertas, informações e noticias orientadas para a efetivação da aprendizagem. (KENSKI, 2001, p.103).

Foi um verdadeiro vexame para tentar enfrentar o desafio da existência do professorado não licenciado e sem condições de saber usar as novas tecnologias, dentre as quais o uso do vídeo em sala de aula. Surgiram diversos cursos à distância usando inclusive o audiovisual, do vídeo, de antenas parabólicas e da televisão em todas as regiões do Brasil. E não foram poucas as iniciativas colocadas em práticas para qualificar o professorado público brasileiro desde a década de 80 do século XX. Em todas as tentativas de formação e qualificação de docentes e ou de discentes via a distância o vídeo se faz presente em tal caminhada de ensino aprendizagem. Existe uma grande adesão aos aparelhos de vídeo no país desde então, inclusive podemos mencionar de que são poucas as escolas das grandes e ou pequenas cidades do país que não o possuem como instrumento de uso cotidiano em sala de aula, inclusive através de parceria e ou doação do Ministério da Educação via o Governo Federal, um exemplo de doação para as escolas públicas de videocassete, antena parabólica e televisão para seu uso diário envolvendo ensino e aprendizagem de docentes e discentes é o Projeto Acorda Brasil/1996, conforme Sampaio e Leite (1999).

É importante mencionar de que tanto a gestão pública quando a iniciativa privada empresarial, via parcerias fizeram doações para a escola brasileira em termos de televisão, antena parabólica, computadores e vídeos. Também tive inicio no país a mentalidade cultural que fez criar diversos pólos de mídia e leitura, assim considerados como equipamentos de primeiro mundo acessível à comunidade escolar.

Diante de tal cenário é compreensível que:

[...] Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta-se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações.(GADOTTI,2000, p.6).

É visível que existem esforços em termos de políticas públicas na área educacional, tanto para qualificar docentes para o magistério quanto no tocante ao fornecimento de equipamentos tecnológicos para as escolas federais, estaduais e municipais. Assim reforçamos a idéia de que se faz necessária uma nova cultura em termo de formação acadêmica para os nossos educadores, diante dos novos desafios e mudanças sociais, educacionais e tecnológicas. O que fica claro de que o docente do século XXI tem que ter formação e habilidade para decidir por si só e construir o caminho do saber acadêmico, produzindo novos conhecimentos teóricos e práticos, sob pena de perder o bonde da história sua e de seus alunos, enquanto cidadãos, preparando-o para o mercado de trabalho.

É do conhecimento público de que no século XX muito contribuiu as chamadas novas tecnologias com a educação, dentre as quais podemos citar: o cinema, a televisão, o rádio, a informática, o vídeo e a própria internet. Ante tal afirmação, o professor e ou qualquer outro profissional envolvido com ensino aprendizagem escolar de necessariamente ter formação pedagógica multifacetada, atualizada e continuada, para que a escola possa realmente oferece educação de qualidade para as novas gerações.

Assim sendo, surge a figura do professor mediador na formação da cidadania sua e de seu alunado, tanto é assim que:

[...] Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento, do professor que se coloca como facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem não uma ponte estática, mas uma ponte 'rolante', que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos.(MASETTO, 2001, p.144).

Os desafios para a realização do trabalho pedagógico dentro da realidade tecnológica, social, histórica e educacional onde estão inseridos professores e alunos, visando à apropriação do uso do vídeo dentro da sala de aula, tendo em vista a diversidade de possibilidades, desde que o vídeo não seja tratado apenas como um instrumento que transmite imagem e sim como pensamento na visão de Dubois (2004), e até porque o vídeo em si representa instrumento de estimulação dos órgãos dos sentidos dos indivíduos, segundo Machado (1980).

O vídeo é a representação multilinguistica, que tem superposição de códigos e significados específicos audiovisuais, é algo que se aproxima da sensibilidade do ser humano em qualquer etapa de sua vida, não sendo, portanto, diferente na idade escolar de crianças e adolescentes em sala de aula da Educação Básica, por exemplo. O que se sabe mesmo é que:

[...] em apenas poucas décadas, o ensino liberta-se de sua quase completa dependência da expressão verbal face a face, requerendo hoje a capacidade de seleção e utilização de novos meios que permitam esclarecer melhor os contextos das matérias desta nossa “era do espaço”, bem como as transformações que ocorrem em todo o mundo, com novos lugares e situações. (SHULHER; WITTICH, 1992, p.13).

Nunca é demais repetir de que o uso do vídeo na sala de aula é quebrar paradigmas no cotidiano e ou rotina do trabalho docente e discente no seu dia-a-dia. Assim se requer mudança de postura de nossos docentes, sendo necessárias adaptações e mudanças na cultura de ensinar, passando a ser mediador de sua prática docente e ou didática pedagógica. É importante, relembrar de que antes do surgimento do vídeo em sala de aula, o professorado era obrigado a arranjar outras “dinâmicas” para suas aulas, inclusive antes do uso do vídeo, usava a própria televisão. Na atualidade da chama era digital o progresso cientifico e tecnológico represente em suma um chamado quase que obrigatório o uso de do vídeo, do DVD, da internet, etc, em seu fazer pedagógico. Recusar usar o vídeo e bem assim outras tecnologias em sala de aula é perder o bonde da história e ficar ultrapassado o saber acadêmico desenvolvido em nossas escolas de qualquer nível.

Infelizmente ainda temos conhecimento da existência de diretores escolares de uma infinidade de professores que tem visão distorcida sobre o uso do vídeo em sala de aula, isso é visível quando afirmam que o vídeo deve ser usado para distrair o alunado e ou preencher buraco no planejamento escolar diário. Tal visão é totalmente oposta com a visão do alunado da Educação Básica de nossos tempos, por exemplo, estão habituados e ou acostumados em usar mídias sociais sua diversidade real, a exemplo de telefone celular, vídeo, televisão, rádio, internet, etc., no seu dia-a-dia no seu ambiente doméstico e social diário, em assim sendo, esperam que a escola, enquanto sala de aula, local apropriado para ensino e aprendizagem, tenha algo diferente, sensibilizador, motivador, investigador, etc., que o tire da mesmice real e o faça ser transportado para outro mundo, adquirindo novos conhecimentos, saindo do cuspe e giz, algo restrito ao ambiente físico escolar, dando adeus a maneira tradicional de transmitir o saber, onde somente o professor sabia tudo e o aluno nada sabia. Daí a necessidade de fazer o aluno viajar no tempo e no espaço, provocando discussões e outras linguagens com o uso do vídeo em suas diversas disciplinas e ou componentes temáticos curriculares. E tudo isso significa avanço tecnológico e cultural, haja vista que ninguém ensinada nada a ninguém, isso na atualidade é público e notório. O aluno quando vem de sua casa para a escola já sabe falar e tem seus conceitos e preconceitos sobre quase tudo no mundo que lhe envolve, sente e tem prazer e ou desprazer de viver nele.

É certo que não faz muito tempo, que professores e alunos, recebiam todas as informações prontinhas através do livro didático, não tinham outras fontes de informações para engrandecer seu fazer pedagógico diário, conforme menciona Carneiro (2003).

Por outro lado, entendemos de a cultura do atraso científico, didático, pedagógico e informacional, onde o professor é aquele que sabe tudo e o aluno não sabe de nada, embora a única fonte de informação usada por ambos era apenas o livro didático diário, e quando o tinha, deve ser considerado algo que o vento levou. É preciso enfocar outras abordagens e adaptar conteúdos de sala de aula, usando o vídeo, dentre outras tecnologias igualmente importantes, se for o caso, transformando assim a escola como um ambiente de crescimento e de desenvolvimento na vida e no saber dos docentes e seus alunos. Tanto é assim que “as melhores possibilidades e as piores limitações do vídeo decorrem da qualidade dos programas e da preparação do professor para usá-lo de forma criativa e participativa”. (FERRÉS, 1996, p. 128). Isso é fato e contra fato não se tem argumento, daí a necessidade de melhor qualificar o docente para ter um verdadeiro desempenho em seu ambiente de trabalho.

Preliminarmente podemos afirma a linguagem audiovisual tem características específicas, criadas, transformadas e incorporadas às novas tecnologias para captar e registrar imagem e som em toda sua diversidade de formas e ou maneiras. São muitos os suportes que surgem e quem vem assim evoluir em termos de avanços tecnológicos a linguagem audiovisual. Assim sendo, é importante uma explicação, embora simplificada da linguagem usada em tal meio com a finalidade de enfatizar o uso do vídeo em sala de aula, levando-se em consideração “a quebra de ritmo provocada pela apresentação de um audiovisual é saudável, pois altera a rotina da sala de aula” (ROSA, 2000, p. 39). E até porque dependendo do planejamento didático pedagógico do docente de cada disciplina, a um vídeo sobre determinado tema, previamente escolhido, pode ser utilizado em diferentes situações e modalidades (FERRÉS, 1988).

Conforme nos ensina o pesquisador Moran (1991), o vídeo-aula representa uma modalidade de expor os conteúdos curriculares de forma sistematizada e assim sendo merece atenção especial por parte do discente e do docente.

Com o advento do cinema, surgiu à projeção seqüencial de fotografias, estava inaugura a ilusão do movimento enquanto forma da comunicar. Logo após veio a invenção da filmadora, não passou muito tempo inventaram a câmera de televisão, uma grande revolução para a época, haja que a partir de então era possível o registro e transmissão in loco e/ou imediato de imagens.

Diante de tais tecnologias vieram assim alterar a compreensão de mundo e da realidade presente, uma vez que a visão passa a ocupar e ter lugar de destaque na concepção estrutural da própria sociedade. Assim o real é visível e possível, haja vista a imagem transmitida que legitima e confere crédito às informações veiculadas.

Assim com o advento da televisão, palavra com função híbrida do prefixo grego “tele”, significando longe e o radical latino “visio”, significando visão. Portanto, a televisão consiste na transmissão in loco, instantânea de figuras e ou cenas em movimento, feita e ou construída eletronicamente com o uso de fios e ou de ondas eletromagnéticas. A união de imagem, som e escrita transforma assim a televisão o principal aparelho de comunicação e informação do convencimento individual e ou coletivo. Tamanho é poder de convencimento do público usuário da televisão. Os formatos de anúncios e propagandas invadem a sociedade em quase todos os aspectos de sua contemporaneidade. Quando falamos em televisão não podemos deixar de lado o vídeo, objeto escolhido para ser pesquisado na presente tese, portanto, nascido inicialmente com a invenção da criação do videoteipe e em seguida, tempos depois, invade os lares e ou casas dos indivíduos através do videocassete, junção perfeito das características fundamentais da televisão e do cinema em formato único.

É inegável que o uso do vídeo, como ferramenta pedagógica audiovisual, possibilita direta e indiretamente o conhecimento da língua criadora, através da expressão de idéias, conhecimentos e de projetos. Agora tudo é possível fazer usando o vídeo, podemos parar, escolher, avançar, movimentar para frente e ou para trás a imagem preferida. Tudo isso é possível graças ao uso do vídeo em qualquer componente curricular e em qualquer nível e ou grau de ensino.

Dentre outras vantagens, podemos mencionar a alteração do tempo e do espaço, por parte de professores, de qualquer disciplina, como por exemplo, quem ensina de História do Brasil, que usando o vídeo que conta a história da independência de nossa Pátria, resolva pará-lo para mostrar detalhes do antes e do depois do grito da independência. Não será diferente para quem leciona qualquer outra disciplina no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e ou no Ensino Superior. Isso é realidade, o vídeo mostrará o detalhe desejado e programa pelo docente mediador na hora e no momento certo.

E até porque a nossa sociedade, embora que solidariamente, vive e representam imagens que precisam de maior compreensão sobre as diversidades textuais imagéticas, de modo que:

[...] A imensa maioria da população dos países latino-americanos nunca abriu um livro (embora muitos leiam tudo que é oferecido pelas bancas de jornal), mas se detêm durante horas em frente a uma televisão. Estas populações saem da cultura oral e entram na modernidade por meio da gramática do rádio, do cinema e da televisão. Isso precisa ser levado em conta ou os educadores perderão o rumo.” (MARTIM-BARBERO,1996)

Isso é um fato, assim ainda que por analogia, o sistema educacional, a escola propriamente dita, deve promover a devida apropriação da referida linguagem e transformando-o em instrumentos da ação didática e de aprendizagem no seu cotidiano em nome da modernidade que já é uma realidade presente.

A linguagem videográfica tem ligações epistemológicas intimas com a linguagem cinematográfica e com a linguagem televisava, porém, suas particularidades devem ser levadas em contas na hora da analise de tal enfoque concreto, ainda que por analogia, cada linguagem tem seu próprio “lócus” de sobrevivência, uma vez que:

O cinema, como se sabe, é linear por natureza: nele temos sempre um plano, uma seqüência depois da outra depois do outro. Já o vídeo tende a superpor tudo, saturando de informação o espaço e a representação. No limite, o destino do sintagma videográfico é acumular todos os planos num único quadro. (MACHADO ,2001)

Diante disso, entendemos que tal citação nos leva mesmo a crer que o vídeo pode e deve ser assim considerado como instrumento e ou suporte ágil, além da capacidade que tem de oferecer uma diversidade de informações através de suas imagens, inclusive não lineares. Encontra-se em jogo na presente pesquisa algo especifico dos chamados gêneros videográficos, via suas falas e ou discursos particulares, representados pelos vídeos usados na sala de aula e ou no sistema educacional através de suas escolas de qualquer nivel e grau de ensino.

Antes de qualquer outro argumento invocando o uso da linguagem do vídeo, devemos lembrar sempre que:

“Se consideramos vídeo a sincronização de imagem eletrônica como aquela constituída por unidades elementares discretas (linhas e pontos) que se sucedem em alta velocidade na tela, então podemos concluir que hoje quase tudo é vídeo e que, longe de estar moribunda, essa mídia acabou por ocupar um lugar hegemônico entre os meios expressivos de nosso tempo.” (MACHADO, 2003, p. 17).

O vídeo é a resposta a forma necessária para refletir sobre a complexidade, diversidade e riqueza dos tempos atuais.

Não tem bicho de sete cabeças o fato da linguagem audiovisual, ser apenas uma forma e ou maneira própria de expressão. Assim sento, tal forma é variável levando em consideração os objetivos: contar, impor, exprimir, etc, E essa forma de expressar-se varia em função de seus objetivos: contar, exprimir, impor etc, desde que organizado em forma de narração e conjugação, envolvendo a ação, o espaço e o tempo.

Podemos entender que um filme videográfico é texto e em sendo texto e formado por elementos e/ou pelas da sua construção. A primeira peça de sua construção é o plano, fragmento gravado, distância da câmera e ou do ponto de vista em relação ao assunto e ou tema. E é o conteúdo material em o tamanho do plano que vai influenciar o que chamamos de produto final.

Por lado a tecnologia da imagem videográfica e da televisão, apresentava diferença essencial entre os tipos de imagens, o que pode gerar questionamentos diante da existência da imagem digitalizada atualmente existente, tendo em vista que:

De fato, a imagem videográfica não é percebida exatamente como a imagem do filme, mas a diferença essencial entre elas não se refere nem à faixa preta entre os fotogramas, nem à varredura da tela de vídeo, e sim, sobretudo, à frequência de aparecimento das imagens sucessivas. (AUMONT, 1993, p. 171).

E preciso que se tenha um plano pré-determina de detalhe se a intenção da imagem for causar impacto emocional e visual, tendo em vista o curto tempo para leitura. É uma questão de escolha do docente.

Por outro lado, a angulação deve ser compreendida como sendo a posição e/ou o ângulo da câmera em relação ao objeto e ou personagem focado, usado para construir textos videográficos.

A dinâmica do uso do vídeo enquanto processo da linguagem audiovisual, compreende o discente como elaborador, realizador, criador de novos produtos, o que o faz participativa na ação ensino aprendizagem. Até mesmo o vídeo ficção formado por fala e ou discurso lúdico é constituído por signos indiciais, simbólicos e icônicos na narração e ou jogo de articulações envolvendo som, imagem e palavra, conforme ensina Orlandi (1987), caracterizando assim o discurso lúdico com menos vontade explicita de convencer, existindo a participação livre e aberta no tocante a construção de sentidos, o que o faz polissêmico em termos de discurso.

Enfim a linguagem audiovisual articula palavra, som e imagem, algo comum de tais meios, podendo para tanto, gerar modificações cognitivas e sensitivas no ser humano, provocando assim hiperestimulação visual e sonora, que modifica a maneira de perceber e de sentir o que se encontra em torno de si, levando-o a ser envolvido na trama e ou enredo narrado, claro, sem qualquer tipo de intencionalidade.

O vídeo é sedução, texto, legenda, escrita, motivação, ilustração, sensibilização e meio de expressão.

O vídeo é uma ferramenta aliada no tratamento não só dos temas das disciplinas curriculares, quanto dos temas transversais constantes dos PNCs – Planos Nacionais Curriculares.

Os gêneros programáticos videográficos preferidos e usados na área educacional pelos docentes são documentários, ficção e ou animações de filmes, portanto, temas com diferentes linguagens. Em tais gêneros audiovisuais estão presentes o lúdico, o polêmico e o autoritário, enquanto modos organizacionais.

É importante que os governos: federal, estadual e municipal, inclusive com parceria com a iniciativa privada equipe as escolas que ainda não tenham ingressa no mundo cibernético, via o uso de ferramentas como televisão, DVD, rádio e especialmente o vídeo, objeto da presente pesquisa. Não é uma questão apenas de equipar escolas e sim de implantar a cultura do uso do vídeo em sala de aula visando oferecer educação de melhor qualidade aos nossos alunos. É importante mencionar que “o vídeo oferece flexibilidade aos horários de aula, a possibilidade de adequação aos ritmos de estudo dos alunos e de planificação de diversas situações de recepção”(LITWIN, 1997, p.71).

A sala de aula tradicional encontra-se em crise e enfraquecida diante do aparecimento das novas tecnologias audiovisuais, uma vez que grande parte da informação que poderá levar ao saber passa necessariamente pela imagem, o faz suscitar aos nossos olhos outras modalidades de ensino e de aprendizagem, formal e informal, o que produz direta e indiretamente na sociedade atual outras condições de saber, diante das formas do sentir e do sensibilizar, porta de entrada para novas maneiras de se atingir a socialização tão desejada através do processo educacional desenvolvido em nossas escolas.

A ideia de que o uso do vídeo em sala de aula favorece e ou ajuda o ensino e aprendizagem é defendida por vários teóricos, tanto é assim que “o vídeo é um meio de comunicação e um meio de ensino”, segundo Ferrés (2001). É por isso que o vídeo deixou de ser o garoto propaganda do cinema e passou a ser um aliado forte na área educacional desde a década de 80 do século XX, tendo em vista o avanço tecnológico. Portanto, não é por acaso que atual o vídeo é a base transmissora da linguagem audiovisual, não importando a área profissional e empresarial em que o mesmo seja utilizado. É realmente uma tecnologia auto-aplicável em qualquer área do conhecimento científico e ou não.

São grandes as possibilidades oferecidas pelo vídeo na área pedagógica, tudo vai depender única e exclusivamente da percepção critica e cultura do docente que se dignar em usá-lo como ferramenta didática na construção de saber para si e para seus discentes. Oferece possibilidade positivas e negativas sobre os mais variados temas pedagógicos, sociais, culturais, históricos, etc.

O docente deve ser sempre orientado a usar e produzir o vídeo como ferramenta em suas atividades pedagógicas, é uma questão intencional que envolve necessariamente cada escola e da cada docente em cada disciplina e componente curricular.

Já se foi o tempo em que o professor passava o tempo todo falando, falando e o aluno passivamente o escutando. O já se foi o tempo:

[...] o vídeo que até o final dos anos 70 (setenta) era tecnologia exclusiva das emissoras de TV, passou, definitivamente, na década de 80 (oitenta), para as mãos das pessoas comuns, principalmente, porque à sua evolução técnica se dá um correspondente barateamento dos equipamentos, permitindo ampliar o acesso a esse novo meio. (LIMA, 2001).

O Brasil através do Ministério da Educação criou a TV Escola, que democratizou o uso do vídeo nas escolas públicas do país que transmite 24 (vinte e quatro) horas por dia programas divididos e orientados por temas de ensino aberto para uso de todo e qualquer professor interessado em suas aulas diárias.

É inegável que o vídeo é realmente material didático, o seu uso é uma questão de cultura e planejamento de cada professor diante da diversidade e pluralidade de condições do mesmo ser usado em sala de aula.

O aluno assim como o docente deve necessariamente estar envolvido com a produção e com o uso do artefato tecnológico do vídeo em seu ambiente escolar, sempre a procura dar sentido e resposta as suas necessidades de aprendizagem e ou de conhecimento.

As sensações do ser humano dependem da transmissão de mensagens e/ou códigos, através dos órgãos dos sentidos: tato, olfato, gustação, visão e audição. Assim é importante verificar a importância do uso do vídeo em sala de aula, tomando como base a questão audiovisual que estimula os sentidos e provocam emoções, ainda que por analogia, sendo usados vídeos temáticos relacionados com os componentes curriculares e/ou temas transversais, previamente selecionados pelo professor em sua práxis pedagógica, referente aos dados retidos e a retenção de informações e ou menemônica e ou processo de memorização em diferentes condições em que os alunos são submetidos na aprendizagem escolar, conforme dados percentuais (Tabelas I, II e III) da pesquisa realizada por Ferreira e Silva Junior (1975), algo interessante por envolve a cultura tecnológica de nosso tempo e de uso corriqueiro nas diversas áreas do saber e ou do conhecimento, inclusive no ambiente escolar.

Tabela I – Mnemônica – Porcentagem de retenção.

Como se aprende Através da gustação 1,0%

Através do tato 1,5%

Através do olfato 3,5%

Através da audição 11,0%

Através da visão 83,0%

Fonte: FERREIRA; SILVA JUNIOR, 1975.

Diante dos resultados obtidos conforme a leitura que se faz a olho nu da Tabela I, enfatizando os órgãos dos sentidos no ser humano em sua aprendizagem, sem sombra de dúvidas apresenta o maior índice e/ou seja de 83,0% (oitenta e três por cento) de porcentagem de retenção mnemônica dos indivíduos e/ou das pessoas, que aprendem através da visão, motivo pelo qual os cientistas Ferreira e Silva Junior (1975), chegaram à conclusão lógica de que é a visão, realmente um dentre os demais órgãos dos sentidos que oferece maior probabilidade em termos de porcentagem de aprendizagem. Ante o exposto, podemos deduzir, ainda que por analogia que o uso do vídeo na sala de aula, enquanto tecnologia que disponibiliza som e imagem, simultaneamente, pode ser assim considerada uma máquina que pode ajudar o trabalho e/ou práxis pedagógica na escola de qualquer nível de ensino.

Tabela II – Porcentagem de dados retidos.

Forma(s) de retenção. Do que lêem 10%

Do que estudam 20%

Do que vêem 30%

Do que vêem e escutam 50%

Do que dizem e escutam 70%

Do que dizem e logo realizam 90%

Fonte: FERREIRA; SILVA JUNIOR, 1975.

A leitura que faz em termos percentuais dos dados retidos na Tabela II da pesquisa de Ferreira e Silva Junior (1975), está relacionado ao fato de que o aluno retém 90% (noventa por cento) de tudo aquilo que ele faz, produz e/ou participa diretamente, interagindo com o ambiente diante das atividades desenvolvidas. O aluno é protagonista de sua fala e/ou discurso, diante de seus estímulos pessoais que interferem no jogo de seus interesses, portanto, de sua aprendizagem tendo como base o dizer e o fazer o que diz, in loco, imediato, quer ver como fica, é a linguagem de agir rápido, tem pressa, diante da diversidade de métodos e/ou metodologias escolhidas.

Tabela III – Porcentagem de retenção da informação.

Método do ensino usado. Dados retidos 3 (três) horas depois. Dados retidos 3 (três) dias depois.

Somente oral. 70% 10%

Somente visual. 72% 20%

Simultaneamente oral e visual. 85% 65%

Fonte: FERREIRA; SILVA JUNIOR, 1975.

Os resultados apresentados pela leitura que se faz da Tabela III dos pesquisadores ali contidos, passa diretamente pela escolha de identificação do método do trabalho pedagógico, diante do fato de usar simultaneamente atividades orais e visuais, motivo pelo qual em ambas situações pesquisadas os dados retidos de maior significação em termos percentuais de 85% (oitenta e cinco por cento) para os dados retidos três horas depois e de 65% (sessenta e cinco por cento) para os dados retidos três dias depois, respectivamente. Assim sendo, evidenciado está de que o uso dos chamados recursos audiovisuais, dentre os quais citamos, o vídeo, objeto da presente pesquisa, são oportunidades reais e/ou condições significativas em termos de estímulos que favorecem e/ou contribuem para a aprendizagem, sem deixar de lado a interação dos discentes diante das condições postas para realizar a práxis e/ou atividades didáticas, dando privilegio a visão e a oralidade, simultaneamente falando.

Ante o grande espetáculo que a globalização oferece através da tecnologia, a escola não poderá ignorar tal crescimento e desenvolvimento em todas as áreas do saber. Tanto é assim que:

[...] os vínculos entre práticas educativas e processos comunicativos estreitaram-se consideravelmente no mundo contemporâneo, ao menos, por duas fortes razões: os avanços tecnológicos na comunicação e informática e as mudanças no sistema produtivo envolvendo novas qualificações e, portanto, novas exigências educacionais [...].. (LIBÂNEO, 1998, p.55).

O professor comprometido com o sucesso do ensinar e do aprender de si e de seus alunos jamais deve fazer ouvido marcador diante dos avanços tecnológicos, haja vista que:

[...] a era da informação e da imagem numa mistura de medo e fascínio, convive-se com inúmeras modificações, passando a questionar até o significado do real, uma vez que a imagem e a realidade apresentam-se incorporadas uma na outra. (MORAIS, 2000, p.15).

O termo audiovisual tem múltiplos significados, é considerado o meio e ou a totalidade dos veículos de comunicação que pode atingir o individuo receptor via os canais auditivos e visuais, é a mensagem constituída da combinação de som e imagem. É também considerado método pedagógico empregado para ensinar idiomas, onde se lança mão do som e da imagem, simultaneamente, através do uso de livros, filmes, discos, televisão etc, segundo Ferreira (1999).

É importante destacar na presente pesquisa o uso do vídeo em sala de aula, enquanto recurso audiovisual, ferramenta de uso didático no trabalho pedagógico com capacidade e possibilidade de propiciar aulas dinâmicas e/ou atrativas, tendo em vista influenciar direta e indiretamente o imaginário cotidiano do alunado.

Por outro lado é importante enfatizar que o lócus do uso vídeo não é apenas para proporcionar e/ou possibilitar novidades, encantamento e/ou diversidades durante as aulas. Tanto é assim que deve o mesmo representa apenas como sendo um instrumento e ou ferramenta de uso no trabalho pedagógico.

Para inicio de conversa, o professor, enquanto profissional deve procurar conhecimento da linguagem sobre o audiovisual que o ajudará a adaptar-se e/ou qualificar-se para atender as exigências do novo tempo. Isso é uma realidade mundial que oferece a possibilidade de inovar na práxis e/ou prática do ensino e da aprendizagem, desde que use tecnologia de ponta, a exemplo, do uso do vídeo, um dentre muitos recursos didáticos midiáticos de inegável possibilidade tem que a capacidade de despertar a criatividade na medida em que estimula a construção de múltiplos aprendizados e/ou saberes, envolvendo a exploração das emoções e da sensibilidade dos discentes. E bem assim despertar o interesse em contextualizar uma variedade de conteúdos do currículo culto e/ou curso, o que vai depender do nível ensino. Na realidade, o professor a partir de então tem em suas mãos possibilidades de conduzir o discente e levá-lo a aprendizagens significativas diversas, que inevitavelmente fomentará princípios básicos de ética e de cidadania no mundo que lhe é comum.

Assim sendo, são muitas as possibilidades do uso do vídeo em sala de aula, na perspectiva de se construir uma diversidade de saberes, tendo como considerações preliminares a respeito da temática, os estudos de pesquisa da lavra de Berlloni (2002), dentre outros teóricos igualmente importantes, com a finalidade de proporcionar a devida compreensão envolvendo as possibilidades e contribuições reais do uso do vídeo na sala de aula, enquanto considerado recurso tecnológico de aprendizagem, favorecendo assim, um novo olhar sobre o uso do vídeo na sala de aula, tendo em vistas as possibilidades de aprendizado por parte dos alunos em qualquer grau de ensino. O que torna a presente pesquisa um tema relevante porque trás sua contribuição para pesquisadores, professores e alunos.

Assim através com uso das diversas mídias, dentre as quais o vídeo, o aluno se sente motivado a dar significado e/ou resposta a tudo que se encontra ao seu redor no presente e/ou no passado do mundo por ele vivenciado. E isso é possível porque a prática de ensinar e de aprender, passa a ser motivadora, variada e lúdica.

Não são poucos os teóricos, educadores e pesquisadores em geral que recomendam o uso dos recursos audiovisuais no ambiente escolar, argumentam ainda que tal metodologia tem possibilidade de ajudar no processo educativo significativo e na formação do aluno integral. E diante disso:

[...] As escolas devem incentivar que se use o vídeo como função expressiva dos alunos, complementando o processo ensino-aprendizagem da linguagem audiovisual e como exercício intelectual e de cidadania necessária em sociedade que fazem o uso intensivo dos meios de comunicação, a fim de que sejam utilizados crítica e criativamente[...]. (CARNEIRO, 1997, p. 10).

Ante o exposto, o discurso defendido por Carneiro (1997) é ainda que por analogia, semelhante ao pensamento pedagógico defendido do pesquisador Tornero (1994), diante do fato que em ambos vamos encontrar a crença de que o uso dos recursos midiáticos, e o vídeo estar dentre estes, irão beneficiar os indivíduos envolvidos a fazerem uma leitura critica sobre tudo que os rodeiam, levando-se em consideração de que:

[...] Descobrir a finalidade do programa; captar e esclarecer a finalidade do programa de vídeo ou TV; provocar ideias, convencer alguém, incentivar o consumo; reconhecer-lhes a proposta, que ações recomenda, que relação estabelece com o receptor, que tipo de intencionalidade (explícita ou implícita) caracteriza o emissor (TORNERO, 1994, p.11).

Inevitavelmente tudo passa pelas percepções do aluno, uma vez que em estando apto a desempenhar tais habilidades críticas diante das exigências atuais da sociedade, o professor deve usar as tecnologias audiovisuais, dentre as quais o vídeo em sala de aula, haja vista a possibilidade existente de percorrer um novo caminho e um novo tempo na sua práxis pedagógica de maneira reflexiva e realista.

Tendo em vista a visão de mundo de cada pesquisador autor acima citados, damos por compreensível o verdadeiro papel que deve ter o docente diante do uso das novas tecnologias, dentre as quais, o vídeo em sala de aula. É interessante que ele tenha crítica a respeito do seu fazer pedagógico, porque somente assim, poderá integrar o discente no processo de ensino e de aprendizagem sem atropelo e/ou dificuldade. Por outro lado, integrar o uso do vídeo na escola em suas atividades didáticas e pedagógicas, requer do professor que o mesmo se transforme em protagonista, ativo, critico criativo, mediador e articulador junto ao aluno de tal cultura, entendendo e defendendo que o vídeo é uma ferramenta de caráter pedagógico, formativo por produz aprendizado significativo, motivador e dinâmico.

REFERENCIAS

ALMEIDA, Candido José de. O que é vídeo. São Paulo: Ed. Brasiliense. 1984

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, José Manuel (Orgs.) Integração das Tecnologias na Educação:Salto para o futuro. Brasília: Posigraf, 2005, 204p.

ARMES, Roy. On vídeo: o significado do vídeo nos meios de comunicação. (Tradução de George Schlesinger). São Paulo:Sammus, 1999.

AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas/SP: Papirus, 1993.

BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia – educação. Campinas/SP: Autores Associados. 2001 – (Coleção polêmicas do nosso tempo, 78).

___________________. Mídias – educação ou comunicação educacional? Campo novo de teoria em formação na sociedade do espetáculo. São Paulo: Loyola, 2002.

CARNEIRO, Maria Helena Silva, Entrevista. MEC/SEED. TV na Escola e os desafios de hoje: usos da televisão e do vídeo na escola. Módulo 2, 3.ed. Brasília/DF: SEED/MEC/UNIREDE, 2003.

CARNEIRO, V. O educativo como entretenimento na TV cultura. Um estudo de caso. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 1997

DUBOIS, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac & Naif,2004.

FERREIRA, Oscar M. de C.; SILVA JUNIOR, Plínio D. da. Recursos audiovisuais para o ensino. 3. ed. São Paulo: EPU, 1975.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI : o dicionário da língua portuguesa. 3.ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

FERRÉS, J. Cómo integrar El vídeo em La escuela. Barcelona/ES: CEAC, 1988.

_________. Vídeo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas; 1996.

_________. Pedagogia dos meios audiovisuais e Pedagogia com os meios audiovisuais. In: SANCHO J. Maria (Org.) Para uma Tecnologia Educacional. Trad. Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.

HAWKINS, Jan. O uso de novas tecnologias na educação. Revista TB. Rio de Janeiro: 120; 57-70, jan/mar, 1995.

KENSKI, V.M. O papel do Professor na Sociedade Digital. In: CASTRO, A. D. de CARVALHO, A.M.P. de (Org.). Ensinar a Ensinar: Didática para a Escola Fundamental

e Média. São Paulo; Ed. Pioneira Thompson Learning,2001.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: novas exigências educacionais e profissão docente. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1998.

LIMA, Artemilson Alves de. O uso do vídeo como um instrumento didático e educativo: um estudo de caso do CEFET/RN. Florianópolis, 140f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de produção) - Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção. UFSC, 2001.

LITWIN, Edith. Tecnologia Educacional. Políticas, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. Editora Brasiliense: São Paulo, 1980.

__________________. A televisão levada a sério. 2.ed. São Paulo:Editora SENAC.2001.

__________________. Máquina e imaginário. 3.ed. São Paulo:EDUSP. 2001

__________________. (Org.). Made in Brasil: três décadas do video brasileiro. São Paulo: Itaú Cultural, 2003.

MANDARINO, Mônica Cerbella Freire. Organizando o trabalho com vídeo em sala de aula. In.: Morpheus – Revista Eletrônica em Ciências Humanas –Ano , n.1, 2002. Disponível em:<http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/artigos/videos/Mandarino_Monica.pdf>.

MARTINS, Jader Benuzzi. A história da eletricidade. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2007.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Heredando el futuro. Pensar la educación desde la Comunicación. Revista Nómadas. Bogotá: Fundación Univerdad Central, 1996.

MASETTO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, 2001.

MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. In.: Revista Comunicação e Educação, nº 2. São Paulo, Editora Moderna. Revista do Curso Gestão e Processos Comunicacionais/ECA/USP,p. 27-35, 1995. Disponível em: <http://extensao.fecap.br/artigoteca/Art_015.pdf>.

________, José Manuel. Desafios na Comunicação Pessoal. 3.ed. São Paulo: Paulinas, 2007.

________________. Como ver Televisão. São Paulo: Paulinas, 1991.

MORAN, José Manuel. Gestão inovadora com tecnologias. Texto publicado em VIEIRA, Alexandre (Org.) Gestão educacional e tecnologia. São Paulo:AVERCAMP, 2003. p. 151-164.

MORAIS, Gelcivânia Mota Silva. Novas tecnologias no contexto escolar. Revista Comunicação & Educação. São Paulo, v.6, n. 18, maio/set. 2000, p. 15-21

ORLANDI, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu fundamento: as formas do discurso. Campinas: Ed. Pontes. 1987.

ROSA, P.R.S. O uso de recursos audiovisuais e o ensino de ciências. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 17, n. 1, p.33-49, 2000.

SAMPAIO, Marisa Narciso e LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 1999.

SANCHO, Juana Maria. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SOUZA, João Augusto de;BASTOS, Leão de Almeida (Orgs). Educação Técnológica: imaterial & comunicativa. In.:A Educação tecnológica criativa.Curitibra: CEFET-PR, p. 11-28;31-56.

SHULLER, Charles F.; WITTICH, Walter A. Recursos audiovisuais na escola. Rio de Janeiro: Usaid, 1964.

TORNERO, J. M. P. El desafio educativode la televisión. Barcelona: Piados Ibérica, 1994.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 10/01/2017
Código do texto: T5877791
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.