Dicas corporativas para empresários e empregados

Processo seletivo é sempre um procedimento necessário, tanto para o empresário, quanto para o futuro empregado, não acham?

Como estou em eventuais processos seletivos numa ou noutra organização, costumo avaliar a real viabilidade de minha efetiva aceitação contratual, conhecendo a missão da empresa, os costumes, valores e ética perseguidos pela mesma.

Entendo que isto é fundamental que seja efetivamente observado por qualquer colaborador.

É que costumo 'vestir' pra valer, a camisa do time!

E jogo bem!

Assim, buscando antenar-me mais acerca das novidades do 'admirável mundo novo' no segmento corporativo, busquei alguns manuais sobre gestão, liderança, recursos humanos e comportamento do gestor, no afã de atualizar-me, para promover e desfrutar do melhor ambiente possível na nova 'casa'.

Gostei de vários artigos que li num site denominado RH.com.b;, em especial, dois textos que muito me chamaram a atenção, pois imaginei que a situação das relações trabalhistas estivessem mais amenas em pleno 2016.

Ledo engano!

No entanto, para minha surpresa, um dos artigos trata do tema: Empresa não é uma família.

No referido artigo, o autor faz questão de afirmar o que eu sempre dizia há mais de 20 anos atrás: - Estou numa empresa e não numa reunião familiar; portanto, vamos deixar isto bem esclarecido, por favor!

O autor do artigo, Wellington Moreira, em espetacular artigo assevera que:

"Em meu dia a dia profissional é cada vez mais comum encontrar situações nas quais esse tipo de projeção (empresa = família) foi terreno fértil para que o puxa-saquismo e outras formas de relacionamento por conveniência se instalassem como cancro na companhia. Isto sem falar na resistência às mudanças e na acomodação daqueles que se veem como intocáveis.

É claro que os gestores patrocinam isso tudo ao preferirem ser condescendentes com erros graves só porque "fulano é um bom menino grande parte das vezes". Ou então, no extremo oposto, ao repreenderem implacavelmente qualquer pessoa que saia da linha dentro da cultura aqui-quem-manda-sou-eu.

Outro fato que chama atenção nas empresas que se veem como verdadeiras famílias é o número de eventos promovidos para integrar as pessoas. A iniciativa de aproximá-las até que é louvável, no entanto a intimidade excessiva cultivada neste tipo de corporação acaba sendo muito danosa com o passar do tempo. Por quê? Como as pessoas se tornam achegadas até demais, várias delas passam a não medir as consequências daquilo que falam e o clima organizacional tende a ficar insuportável entre profissionais que até pouco tempo atrás se tratavam como "irmãos". Resumindo: intimidade só é conveniente quando existe maturidade.

Muitas pessoas e estudiosos criticam as organizações porque seus discursos nem sempre se tornam realidade e não tenho como divergir deste pensamento. Entretanto, somos seres que vivem de histórias e estas ajudam os dirigentes, funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade como um todo a compreender como determinada empresa pensa e age no dia a dia.

Por isso, vale a pena investir energia para encontrar a metáfora que explica o tipo de corporação que vocês são ou querem ser. Só tenho um pedido a fazer: deixemos nossas famílias fora desta discussão para não confundir alhos com bugalhos. Empresa é empresa, família é família.

Bingo, professor!

É por aí!

Outro artigo bem interessante também me fez refletir acerca de alguns assuntos que sempre alertei aos diretores, mas alguns não deram a importância necessária.

Trata-se das 'doenças' que acometem as organizações.

Sim, empresas estão cada vez mais doentes e demoram a se aperceberem da enfermidade que foram acometidas, causando insatisfações e desmotivações em muitos funcionários.

O resultado disto é uma enxurrada de clientes insatisfeitos e mal atendidos que, por estas razões, migram para a concorrência, com um largo sorriso no rosto e sem um mínimo de saudades.

O artigo da Ana Régia Lopes de Souza (RH.com.br) trata exatamente desta temática.

O texto tem por título:" Organizações doentes, mas faltam diagnósticos".

No decorrer do texto, a autora assegura:

"É possível que esta situação ocorra por falta de percepção dos gerentes, supervisores e encarregados que estão mais interessados nos resultados do que no bom andamento das atividades. Concordo que bons resultados são essenciais. Porém, se o profissional não está saudável na atividade, o resultado será prejudicado. Nosso objetivo enquanto organização é passar uma boa impressão para os clientes não apenas no primeiro contato, mas todas as vezes que este nos procurar ou quando for procurado por nós. Esta boa impressão pode não estar acontecendo porque existem coisas simples que podem ser resolvidas quando observadas no início. Nossas doenças organizacionais precisam ser diagnosticadas pelo pessoal interno e não pelos clientes. É necessário estar ativo na observação da equipe, procurando ajudar sempre que possível.

A maior vantagem em relação aos erros é primeiramente saber reconhecê-los, assumir a responsabilidade e corrigi-los mantendo a atenção para evitar que sejam repetidos. Em muitos casos, a resistência em relação à aprendizagem não é apenas dos integrantes das equipes, mas começa pela própria liderança. Tenho visto muitos líderes de equipes que ao serem procurados para programar um treinamento para seus profissionais, eles próprios dizem que não há necessidade e que está tudo funcionando muito bem, o que não é verdade. Isto se percebe desde um simples telefonema à empresa e principalmente em uma visita ao local. O pior é quando os próprios vendedores ou atendentes de loja afirmam que não estão necessitando de qualquer aprimoramento, mas respondem isto sem um sorriso, atendendo as pessoas com mau humor. Os sintomas da doença organizacional são evidentes para os visitantes, mas os doentes não querem assumir o problema.

Organizações doentes sempre existiram e sempre continuarão existindo. Fica aqui um alerta àqueles que ocupam posições de liderança, para que percebam o tipo de vírus que tem circulado entre as suas equipes e tomem atitudes para combater seu efeito negativo, lembrando que a doença, quando detectada pelo cliente, poderá afastá-lo de vez desta organização.

Profissional exemplo também é aquele que sabe assumir seus erros e lutar para acertar. Se a sua empresa está doente, cuide com antecedência em providenciar a solução, enquanto não será tarde, para que seu cliente não perceba o problema e se afaste para também não ser contaminado. Valorizar suas pessoas consiste em ajudá-las serem cada dia melhores profissionais para si mesmas e para todo o grupo. Saúde profissional é um bem que deve ser propagado por todo o ambiente das nossas organizações.

É tudo isto e muito mais, professora Ana! Parabéns por suas pontuais colocações!

Enfim, estou sempre avançando, afinal: a ordem é para marchar e jamais recuar!

Fica a dica para os gestores e líderes brasileiros!

Link das duas matérias que faço menção neste artigo:

http://www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/6858/organizacoes-doentes-mas-faltam-diagnosticos.html

http://www.rh.com.br/Portal/Grupo_Equipe/Artigo/10710/empresa-nao-precisa-ser-uma-familia.html