Uma Análise da Gestão do Conhecimento em Instituições de Educação Superior (IES)

Resumo

O presente trabalho traz uma discursão sobre gestão do conhecimento em instituições de ensino superiores públicas e privadas, ele está estruturado da seguinte forma: introdução, onde mostramos como seria desenvolvido este estudo, referencial teórico, onde abordamos sobre as principais teorias relacionadas ao tema, procedimentos metodológicos, como foi desenvolvido esse estudo, apresentação dos dados, mostramos os dez estudos analisados, discursão dos dados e por fim as considerações finais, nesse trabalho desenvolvemos um estudo sobre dados, informação, conhecimento tácito e explicito gestão do conhecimento em instituições de ensino superiores públicas e privadas, universidades corporativas no Brasil e no mundo.

Palavras - chave: Conhecimento; Gestão do conhecimento; IES.

1. Introdução

No mundo globalizado, as instituições têm um grande desafio, que é gerir conhecimentos das mais diversas formas. A gestão do conhecimento traz para essas instituições a possibilidade de competir e se manter no mercado, onde estão inseridas.

Mas o que é gestão do conhecimento? Consiste, por parte da instituição, em ter uma mudança de olhar em sua gestão. Gerir conhecimento é ter a capacidade de tornar explicito o conhecimento tácito das pessoas que colaboram com a instituição, é saber com clareza as habilidades individuais e fazer com que tais habilidades, utilizadas de forma correta, possam trazer grandes benefícios para a instituição, mantendo-a um passo a frente das suas concorrentes. O objetivo da gestão do conhecimento é colocar as instituições em processo de criação e inovação constantes. Esse processo precisa ser organizado, armazenado, compartilhado, ou seja, precisa ser transformado em informação para que todos da instituição tenham acesso e façam o uso devido.

As Instituições de Ensino Superior (IES), por natureza, são tidas como construtoras de conhecimento; por outro lado, o conhecimento produzido por elas não fica para ser usado em suas práticas de gestão. Essas instituições percorrem todo caminho de criação, processamento, armazenagem e compartilhamento do conhecimento. Entretanto, o modelo utilizado por elas em sua gestão não condiz com o tipo de conhecimento que elas produzem.

O conhecimento tornou-se de extrema importância devido à globalização, quando antes se produzia num modelo artesanal e se conseguia suprir as necessidades de uma pequena parte da população. Com a revolução industrial, o modelo de produção em massa veio a exigir mais conhecimentos nos processos de produção das indústrias. Hoje, o conhecimento é fator indispensável, principalmente, nas IES, pois é delas que saem os melhores modelos de gestão que visam a atender novas demandas de clientes, interna e externamente. É ai que entra a capacidade de criação e inovação de cada instituição que, para isso, ela precisa ter uma visão moderna de gestão do conhecimento no mundo onde a concorrência se intensifica cada vez mais.

Este Trabalho traz informações sobre conhecimento tácito e conhecimento explícito, dados, informação, conhecimento e gestão do conhecimento, com ênfase na gestão do conhecimento em IES. O que justifica o seu estudo é a possibilidade de verificar o processo da gestão do conhecimento em IES, respondendo a algumas questões: saber se há esse processo, ou qual tipo de gestão é implementada, se realmente encontra-se dentro do conceito de gestão do conhecimento atual, qual sua evolução em um mercado tão competitivo, bem como saber como a tecnologia da informação e comunicação tem facilitado o processo de gestão de conhecimento dessas instituições. Todavia, o principal ponto que norteia esta investigação é a busca por respostas que apontem em como se dá o processo da gestão do conhecimento em IES, através de observações em estudos publicados no Brasil, a fim de realizar uma verificação em suas práticas administrativas, no momento atual.

O nosso objetivo geral é avaliar os processos da construção do conhecimento, com base na teoria existente da gestão do conhecimento, em IES, através de uma pesquisa bibliográfica. Os objetivos específicos são identificar práticas dessa gestão do conhecimento, a forma como são implementadas, e onde são implantadas nas instituições.

2. Fundamentação Teórica

O conhecimento é explicado em uma espiral por (NONAKA, 2008, p. 24), como mostra a Figura 1, que se divide em: socialização, internalização, combinação e externalização.

Figura 1 – Espiral do conhecimento (Fonte: NONAKA, 2008 – adaptado)

O conhecimento nasce a partir de observações, feitas no decorrer da história, onde os dados são transformados em informação para serem utilizados ou reutilizados no futuro, por outras pessoas, a fim de resolverem seus problemas na tomada de decisões. Quando vamos mais além à questão do conhecimento, podemos verificar que existem duas vertentes distintas: conhecimento tácito e conhecimento explícito, ou seja, um possui uma estrutura e o outro não a possui.

O conhecimento explícito, atualmente, encontra-se com grande catalogação em bases de dados, em produtos e processos, podendo ele ser codificado e transmitido aos outros (BOFF, 2001, p. 9). Por outro lado, o conhecimento tácito reside nas experiências individuais, possui subjetividade em sua essência, sendo uma espécie de inconsciência do conhecimento. Transformar essas duas vertentes nem sempre é possível devido à dificuldade de codificação deles.

O código é o dado em si, onde é transformado em conhecimento, depois em informação para que outras pessoas possam utilizá-lo. Os dados são códigos, ou seja, é a forma bruta da informação; nesse estágio, não há tratamento e não temos uma informação organizada, fazendo com que não se possam ter resultados claros sobre eles. Após a coleta, os dados devem ser organizados, testados avaliados e transformados em informação propriamente ditas.

A informação já possui um corpo definido, a partir de dados organizados que podem ser usados e transferidos a outras pessoas. Nesse estágio, já podem ser utilizados nas decisões das organizações, ou seja, é quando a informação começa a ser multiplicada e a gerar conhecimento. O conhecimento, por sua vez, tem suas formas particulares, que são: empírico, científico, filosófico e religioso.

O conhecimento empírico é o conhecimento vulgar sem que tenha sido investigado pelo próprio homem, é algo comum a todos os que lhes possui, há ingenuidade nesse tipo de conhecimento. A informação é adquirida por tradição dos seres que o possui, é uma experiência particular que está dentro dos seres (BARDINE, 2016).

O conhecimento científico tem uma base de comprovação já estabelecida no meio cientifico, vai muito além do empirismo, se preocupando com leis e causas que o motiva. É desenvolvido com certa lentidão, sendo construído gradualmente através do tempo. Esse tipo de conhecimento passa pelo crivo das comprovações, até que seja refutado (BARDINE, 2016).

O conhecimento filosófico surge da relação do homem com o seu dia-a-dia, preocupando-se com respostas e especulações dessas relações. É um conhecimento que se encontra em constante transformação, considerando seus estudos de modo reflexivo e crítico. Embora seja um estudo racional, não há preocupação com a sua verificação (BARDINE, 2016).

Por fim, o conhecimento religioso (ou teológico) preocupa-se com verdades absolutas, que só a fé pode explicar, uma vez que o sagrado é explicado por si só. Não há importância com a verificação, já que se acredita que tudo é explicado pela religião, onde os valores religiosos são incontestáveis (BARDINE, 2016).

Todo conhecimento adquirido e sistematizado precisa ser transformado em informação. Na sequência, precisa ser armazenado para, no futuro, ser transferido a outras pessoas a fim de que elas possam utilizá-lo em seu dia-dia, em suas tarefas. A esse processo dar-se o nome de gestão do conhecimento.

Ser capaz de gerir conhecimento constitui em vantagem competitiva, para as instituições, que aprendem com mercados, clientes, fornecedores, concorrentes e com ela própria, ajudando a se manterem em constante aprimoramento. Uma gestão do conhecimento, quando bem administrada, pode tornar-se fator diferencial de excelência para as instituições, pública ou privada, contribuindo para que elas assimilem a aprendizagem como um traço da sua cultura organizacional. Assim como a cultura de colaboração estabelece e promove o aprendizado e a experimentação, compartilhamento de conhecimento, o crescimento conjunto da organização e seus colaboradores (COSTA, 2006, p. 18).

No setor público, a gestão do conhecimento tem sido implementada de forma muito lenta nos últimos tempos, necessitando realizar um relacionamento da gestão do conhecimento (identificação, criação, compartilhamento, armazenamento e aplicação do conhecimento) com a aprendizagem e a inovação do setor, ocasionando a prestação de um serviço de qualidade (COSTA, 2006, p. 18).

A gestão do conhecimento teve origem, dentro de órgãos governamentais, nos Estados Unidos, tendo como objetivo obter informações ligadas à defesa nacional. Entretanto, foi na década de 80 que empresas começaram a utilizar em suas estratégias organizacionais (COSTA, 2006).

Por outro lado, o capital intelectual de uma organização está nos seus funcionários mais preparados, onde usam suas habilidades para colocar a organização um passo a frente de suas concorrentes, ou seja, é o um ativo intangível de grande valor para uma organização, pois gera valor ao longo do tempo (NOGUEIRA, 2016). Em uma organização pública, onde se trabalha com transferência de conhecimento, é indispensável o uso da gestão do conhecimento, como de seu capital intelectual, em todos os sentidos. Esse capital deve estar alocado em seus devidos lugares para que a organização tenha eficiência e eficácia ganhando espaço diante de suas concorrentes. Quando falamos em transferência de conhecimento, não estamos falando que o conhecimento está sendo transferido em sua essência de indivíduo para indivíduo, e sim estamos falando da transferência de métodos organizacionais já comprovados, naquela organização, que têm gerado bons resultados em seus desempenhos no mercado.

Todo conhecimento e inteligência sofreram grandes transformações e evoluções, diante das possibilidades da informatização dos dados e de suas digitalizações, proporcionadas pelos avanços no Vale do Silício e, com isso, ocasionando uma extrapolação muito além do que se imaginava (AL, 2014, p. 53). Com várias ferramentas eletrônicas digitais disponíveis, o conhecimento se tornou mais acessível a uma velocidade inimaginável. Como consequência, ele pode ser disseminado por todos os lugares e em vários formatos, fazendo com que as pessoas se apoderarem dele, utilizando em suas decisões que necessitam de nível de acerto ideal para a organização.

Esse contexto coloca as organizações em constante alerta, no que diz respeito à evolução de tecnologias da informação e comunicação, já que é preciso estar atualizado quanto ao que vem ocorrendo no mundo, em relação ao conhecimento. Podemos afirmar que conhecimento e tecnologia andam juntos quando uma organização tem um foco em manter um ritmo de desenvolvimento crescente num mercado competitivo cada vez mais amplo que se acirram globalmente.

3. Metodologia

Esta Pesquisa foi realizada através de uma revisão bibliográfica extensa, relacionada ao tema investigado e abordando tópicos sobre: dados, informação e conhecimento; gestão do conhecimento; e gestão do conhecimento em órgãos públicos, principalmente, em IES. Os instrumentos utilizados para o embasamento foram artigos e periódicos, livros, teses de doutorado, e sites na internet.

Os dados, aqui analisados, foram secundários, uma vez que já haviam sido pesquisados anteriormente por outros autores. Os instrumentos utilizados para a pesquisa foram computadores, permitindo o acesso a bases de dados online.

Inicialmente, foi feita uma revisão da literatura bastante ampla, no intuito de fornecer um embasamento teórico consistente e de nortear a pesquisa bibliográfica. Para tal, foram pesquisados artigos científicos e livros que abordavam o tema em questão, com foco na gestão do conhecimento em IES, a fim de comparar e analisar as ideias propostas pelos seus autores em suas pesquisas.

Esta pesquisa pode ser classificada como exploratória e qualitativa, onde se buscou discutir as ideias e os resultados propostos. Assim, foi feito um mapeamento de dez trabalhos publicados, onde os critérios de seleção adotados foram: datas recentes de publicação; títulos com a ocorrência das palavras-chave conhecimento, gestão do conhecimento e instituições de educação superior; trabalhos escritos em língua portuguesa, diante da falta de domínio em outros idiomas. Com isso, de forma coerente e sucinta, desenvolveu-se este Trabalho no sentido de prover uma visão correta do que vem sendo discutido, no meio acadêmico, sobre gestão do conhecimento em IES.

4. Resultados e discussão

Esta Seção apresenta uma análise dos dez trabalhos pesquisados. Na sequência, uma interpretação desta análise será discutida.

Segundo (D. LUSTRI, 2005), nesse trabalho, afirma-se que as pessoas precisam desenvolver suas competências a fim de trazer resultados às instituições das quais fazem parte, visando o sucesso de sua função e dos colegas que desempenham funções semelhantes na instituição. Tais competências podem ser individuais e organizacionais.

Com base no exposto acima, as pessoas devem ter um olhar muito amplo das instituições, onde desenvolvem suas atividades para que possam estar criando e inovando cada vez mais suas ideias.

Em (RAMOS, 2015), afirma-se que a universidade foi criada para fabricar conhecimento e que esses conhecimentos produzidos eram utilizados para ela própria. Devido a pressões sofridas por parte da sociedade é que a universidade se viu no dever de produzir conhecimentos e compartilhá-los com os setores industriais.

Nesse contexto, entra a capacidade de criação e inovação das universidades que, para isso, os gestores precisam ter uma visão múltipla da realidade, ter equipes bem treinadas para utilizarem as tecnologias disponíveis com eficiência. A tecnologia é uma ferramenta que veio para ficar e ser utilizada por todos os setores, tanto industriais como educacionais; ela tem facilitado nas gestões das instituições dando velocidade em seus processos e na criatividade das pessoas, dando a possibilidade de seus conhecimentos serem criados, armazenados e compartilhados deforma segura e com rapidez que nunca se viu antes.

Em (COSTA, 2016), utilizou-se do modelo proposto, por Terra(2005), abordando as sete dimensões de práticas de gestão do conhecimento em IES privadas, do Estado de Minas Gerais, a saber:

 1ª dimensão – os fatores estratégicos e o papel da alta administração: essa dimensão leva em consideração, concordância da alta administração das instituições, conhecimento, estratégias das IES;

 2ª dimensão – cultura e valores organizacionais: nessa dimensão, destaca-se o orgulho dos funcionários em fazer parte da instituição levando em consideração o ambiente de trabalho e o todo da instituição;

 3ª dimensão – estrutura organizacional: nessa dimensão, não foi possível verificar consenso nas práticas pesquisadas. Foram verificados resultados negativos em relação à autonomia. O que se pôde verificar de positivo foi a fácil adaptação, uso dos símbolos e status;

 4ª dimensão – administração de recursos humanos: aqui há de se destacar que as IES se preocupam com a seleção das pessoas. Dão incentivos para que elas busquem aprender mais. Isso acontece quando a instituição investe em treinamento continuado dos funcionários;

 5ª dimensão – sistemas de informação; nessa dimensão, foram pesquisadas três variáveis e se identificou que é preciso melhorias nas IES. Há uma necessidade de melhorar a comunicação com os bancos de dados, que seria documentar todo conhecimento e organizá-los de forma segura e de fácil acesso, visando a melhor qualidade da informação;

 6ª dimensão – mensuração dos resultados: nessa dimensão, o conhecimento dos coordenadores em relação aos resultados das IES. São consenso os resultados avaliados;

 7ª dimensão – aprendizado com o ambiente: aqui, as diversas formas de aprender com alianças estratégicas e com os clientes.

Em (TARAPONOFF, 2006), em seu trabalho sobre gestão da informação e gestão de recursos informacionais, afirma-se que para gerir informações precisa definir aplicação em processos administrativos, como: adquirir, organizar, controlar e disseminar para o uso coletivo da instituição. Todo esse processo passa por ciclo informacional que é: geração, seleção, aquisição, representação, armazenagem, recuperação, distribuição e uso. Seguindo esse ciclo, a instituição consegue detectar seus problemas e resolvê-los.

Segundo (SUAIDEN e LEITE, 2006), a dimensão social do conhecimento, a globalização traz efeitos que atinge direta ou indiretamente todos em todo o mundo. Por este motivo, o conhecimento produzido deve ser direcionado a incluir as pessoas de todas as classes sociais em todo mundo. A educação é o primeiro passo para o conhecimento porque ela em si já é conhecimento, mas muitas crianças são incentivadas a ir à escola pela merenda ou pela bolsa que recebem e não por ir buscar conhecimento. Numa sociedade onde tudo que se cria pode ser armazenado e compartilhado é preciso uma politica de inclusão que abranja a maior parte possível da população. O conhecimento passa a ser pleno quando é alinhado: pensamento, sentimento, compreensão, satisfação, aprendizado e realização.

Em (PÉREZ e GUTIÉRREZ, 2006), o conhecimento e sua gestão em organizações, a gestão do conhecimento é compreendida como tendo sua finalidade em uma organização para projetar, implementar, identificar, captar e compartilhar, a fim de que todo conhecimento produzido seja transformado em valor para ela. Gerir conhecimentos em uma organização significa usar conhecimentos tácitos, explícitos, conhecimentos individuais, internos, extemos e converte-los em conhecimentos corporativos e compartilha-los para os indivíduos a fim de atingir os objetivos da organização. Todo esse processo segue um caminho que pode ser denominado como caminho do aprendizado. Os conhecimentos individuais precisam de alguma forma ficar documentados na organização, pois os indivíduos não ficam toda sua vida na organização, eles saem, seja quando se aposentam ou migram para outra organização concorrente.

Em (TARAPONOFF e FERREIRA, 2006), panorama da educação corporativa no contexto internacional, a corporatividade das universidades marcou a educação continuada no seu inicio. Todas as empresas sabem que quando se investe em educação está se investindo em criação de competência. As universidades corporativas têm adotado modelos de grandes empresas em suas gestões, ou seja, tem preenchido a lacuna do aprendizado contínuo. Os dados norte americanos nos dão base para afirmar que sua prática vem se desenvolvendo em outras partes do mundo – isso ocorreu por volta de 1990. Para que se tenha uma ideia, os Estados Unidos saíram de 400 instituições, criadas em 1988, para 2000, em 2001, como destaca o gráfico da Figura 2. Essas universidades têm o objetivo de treinar os funcionários executivos das corporações.

Figura 2 - Gráfico dos países (Fonte: ???)

Em (REZENDE, 2006), sistemas de conhecimento e as relações com a gestão do conhecimento e com a inteligência organizacional nas empresas públicas e privadas: a interação conhecimento tácito e explicito é a mera criação do conhecimento nas organizações, tanto nas públicas como nas privadas, esse processo leva o conhecimento tácito deixar de ser do individuo que o detém e passa a ser da organização a qual o individuo faz parte, todos os conhecimentos gerados pelo o individuo numa organização deve ser relatados e escritos nos principais níveis que compõe a organização que são: operacionais, gerenciais e estratégicos, qualquer processo que cria, armazena, manipula, organiza, podem ser descritos como sistema de conhecimento, as pessoas, suas habilidades e competências é quem fazem os sistemas de conhecimentos funcionarem no seu máximo potencial, trazendo as organizações para um nível de prestação de serviços de excelência, mas todo sistema tem o fator humano em seu contexto como mais importante.

De acordo com (CISLAGHI, 2006), na gestão do conhecimento em IFES brasileiras, foi desenvolvido um estudo mostrando as IES como geradoras e disseminadoras do conhecimento pleno, onde se levou em conta: planejamento estratégico, planejamento do conhecimento, desenvolvimento do conhecimento, avaliação e revisão do conhecimento. Ainda foram abordados três sistemas básicos de transição da gestão do tradicional para a voltada a competência: sistema legal, sistema organizacional e sistema de gestão do conhecimento. O referido trabalho traz uma abordagem sobre uma pesquisa realizada em instituições federais de ensino superior brasileira, feita em 2006, que, naquele momento, analisou-se 27 práticas e chegou-se a conclusão que estava em inicio e com muita lentidão a gestão do conhecimento nessas instituições que foram estudadas.

Em (BOLSON, 2014), que aborda a gestão do conhecimento numa IES privada no Estado do Rio Grande do Norte, as autoras aplicaram um modelo proposto por (BUKOWIZ e WILLIANS, 2002), fazendo uso de uma metodologia que executa um diagnóstico da gestão do conhecimento, em sete seções: obtenha, utilize, aprenda, contribua, avalie, construa e descarte. Em tal modelo, a média aceitável é de 55% em todas as ações propostas. No estudo, conseguiu-se um percentual médio de 47,17%, onde a instituição contava com tecnologia que facilitaria a gestão do conhecimento na mesma. Mas o que se pode concluir foi à fase inicial da gestão do conhecimento.

O trabalho de (D. LUSTRI, 2005) aborda o conhecimento levando em consideração suas dimensões (tácito e explicito) e abordando seus modelos de conversão (externalização, interiorização, socialização e combinação). Neste processo, é proposto o ciclo integrado: informações/processamento, transferência/compartilhamento, disseminação e aplicação.

No trabalho de (RAMOS, 2015), a autora traz uma discursão sobre gestão do conhecimento na IES e inovação, fazendo referencia ao conhecimento individual e coletivo e o que eles podem trazer de benefícios às instituições.

O trabalho de (COSTA, 2016) aborda práticas de gestão do conhecimento em IES privadas, onde a autora fez uso de um modelo que consiste em: visão estratégica da alta administração, a cultura organizacional das instituições, suas estruturas organizacionais, politicas de recursos humanos, sistemas de informações, mensuração dos resultados e aprendizado com o ambiente das IES.

No trabalho de (TARAPONOFF, 2006), a autora faz uma abordagem sobre a gestão da informação e os recursos informacionais, enfatizando a aplicação nos processos administrativos das instituições, a fim de levá-las a resolver problemas em tempo recorde.

No trabalho de (SUAIDEN e LEITE, 2006), traz-se uma discursão aprofundada sobre a dimensão social do conhecimento, mostrando como ele foi se desenvolvendo com a globalização e excluindo muitas pessoas nesse processo, pessoas que poderiam ser novas fontes de conhecimento e ajudar no desenvolvimento do planeta.

O trabalho de (PÉREZ e GUTIÉRREZ, 2006) mostra como a gestão do conhecimento em uma organização deve ser compreendida em sua essência, ou seja, tácito e explicito dos indivíduos para atingir os objetivos da organização o conhecimento tácito e o explicito significa as práticas realizadas por pessoas que compõem as instituições.

No trabalho de (TARAPONOFF e FERREIRA, 2006), as autoras trazem uma discursão sobre o panorama da educação corporativa no contexto internacional que marcou o inicio da educação continuada, onde é destacado os Estados Unidos como o maior criador de universidades corporativas no mundo.

O trabalho de (REZENDE, 2006) discute sobre sistemas de conhecimentos e suas relações com a gestão do conhecimento, abordando inteligência organizacional em instituições públicas e privadas. Mostra que o conhecimento que se produz em instituições deve ser registrado e ficar à disposição da organização, pois tal conhecimento não pertence ao indivíduo, mas sim a instituição.

O trabalho de (CISLAGHI, 2006) traz uma pesquisa feita em 2006 com IFES do Brasil, mostrando essas instituições como geradora e disseminadora de conhecimentos. Foi abordado planejamento estratégico, planejamento do conhecimento, desenvolvimento do conhecimento, avaliação e revisão do conhecimento nas instituições estudadas. O resultado encontrado foi que, naquele momento, a gestão do conhecimento vinha sendo implantada com lentidão nas instituições estudadas.

Por fim, o trabalho de (BOLSON, 2014) desenvolveu um estudo numa IES privada do Estado do Rio Grande do Norte, aplicando o modelo proposto por (Buowiz e William, 2002): obtenha, utilize, aprenda, contribua e descarte. Esse modelo considera que cada seção avaliada atinja um percentual médio de 55%, porém a média encontrada no referido estudo foi de 47,17%%. Ainda, o mesmo trabalho afirma que a gestão do conhecimento na instituição estudada se encontra em fase inicial.

5. Considerações finais

Em um mundo globalizado, numa sociedade moderna, podemos considerar que a gestão do conhecimento tem tido, cada vez mais, grande relevância, pois está dentro da visão estratégica das instituições. Os conhecimentos tácitos das pessoas precisam ser levados em consideração para que as organizações possam manter sua qualidade na prestação de serviços aos seus clientes (alunos, professores, sociedade).

Neste estudo, foi tratado o tema gestão do conhecimento com ênfase em IES, provendo uma visão ampla do que são dados, informações e conhecimentos e como eles são tratados por essas instituições. Por ser um tema muito extenso é preciso se fazer mais estudos a fim de deixar claro como se dar todo esse processo de gestão do conhecimento nas instituições de ensino superior.

Este estudo alcançou os objetivos propostos, uma vez que ele possibilitou a verificação, através da análise de outros estudos, da gestão do conhecimento em IES.

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