ÁGUA É UMA BANDEIRA ELEITORAL

São Luís, patrimônio da humanidade, como noticiou, hoje, mais uma vez a Rede Globo, sofre de uma escassez de água não decantada pelos nossos poetas, desde a década de 80, quando aqui se instalou a ALUMAR, multinacional do alumínio, que financiou os primeiros dutos modernos do rio Itapecuru para a ilha ludovicense. Isso aconteceu no governo João Castelo, plena Ditadura Militar, sob os protestos de políticos de esquerda e militantes das causas populares verdadeiramente sérios.

Anteriormente, o abastecimento de água era razoável e dava para satisfazer as necessidades dos moradores e das empresas locais. Com a vinda da ALUMAR, o maior consumo passou a ser da multinacional ianque, que, como previsto pelos estudos técnicos da época, acaba de reduzir a 90% as suas atividades em nossa capital. Acrescente-se a isso a má gestão de governantes passados, iludidos de que água e saneamento não dão votos.

Estamos no auge da campanha das eleições municipais de 2 de outubro próximo, nem um candidato a prefeito tratou de um problema crônico e fundamental para a sobrevivência humana. Agora mesmo, a CAEMA vem fazendo uma intensa campanha de cobrança de contas atrasadas, ameaçando cortes nas residências, sem resolver a questão de oferecer um serviço regular de água. Até as praias já foram bastante despoluídas, conforme vem informando o órgão estadual do meio ambiente.

Uma diferença entre a escassez de ontem e a de hoje é que agora a falta de água atinge pobres e ricos, sendo que aqueles são mais castigados pela velha politica de agradar os mais abastados e sacrificar os menos favorecidos. Se você candidato a prefeito ou vereador, quiser ter o respeito do eleitorado, lute pela regularização do oferecimento de água ao contribuinte, que paga uma carga de impostos insuportável para manter altos salários de funcionários do alto escalão e gastanças desnecessárias em pleitos eleitorais, além da corrupção endêmica do caixa dois, que recentemente foi pauta conspiratória entre partidos de direita e de esquerda para eliminar um dos focos de corrupção, cuja sujeira desafia a Operação Lava Jato.

samuel filho
Enviado por samuel filho em 23/09/2016
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