O CÍRCULO FAMILIAR

Costuma-se afirmar que a família é a célula mater da sociedade. Aquela a quem é socialmente atribuída o papel de mãe; mãe social. Geradora de atributos bons ou maus, conforme o meio social e cultural onde se instala e convive. Dependendo do écran e das atividades hominais, que se estabelecem no convívio diário desse círculo. Normalmente, excluindo-se as exceções, a violência constrói seu ícone nos círculos familiares mais necessitados e carentes. Esses círculos normalmente passam em brancas nuvens pelas autoridades, que sequer põem o olhar em direção a eles. A falta ou deficiência dos benefícios sociais leva muita dessas famílias a ingressarem pelo desespero no mundo marginal.

Nesse momento crucial e desesperador pensamos de imediato nos “Direitos Humanos”, que de tantas críticas, se enrolou no véu do esquecimento. Pobres humanos que possuem o atributo de caminhar em direção a uma família digna e não conseguem. Somos disciplinados para uma determinada causa ou coisa, e para outras não. Nós humanos temos um modo dualista de encarar todas as situações, determinando o que é certo e errado, ele ou eu, bom ou mal, mas jamais precisamos enxergar oposição em tudo. Não é necessário haver sempre um vencedor e um perdedor, um com razão e outro sem.

Quando existe um embaralhamento natural na ordem de encarar citados fatos, o atributo passa a ser encarado como uma geênica situação, e a solução será de responsabilidade da justiça. Os pais desempenham um papel preponderante na criação e dever moral e social dos filhos, mas o desemprego, a fome, a miséria e a exacerbação do trabalho, torna-os escravos, cujo viés e a perda do controle sobre os filhos, invertendo-se a situação de moral para imoral. Esses detalhes se estudados com carinho e eficiência poderão direcionar as famílias despreparadas para um caminho, um direcionamento correto.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES - Oficial Superior da Polícia Militar-Bacharel em Segurança Pública-Gestor de Empresas e MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE