As disputas entre Sidartas e Mungubas (1)
Pouco se sabe sobre a formação do Brasil sob o ponto de vista da arqueologia e das questões arquétipas que influenciaram os primeiros habitantes do continente sulamericano. Questóes que nortearam a evolução dos antigos habitantes aos atuais personagens sociais brasileiros, sob o ponto de vista histórico, geográfico e cultural, miscigenados com outros povos e outras culturas ao longo de suas histórias. Hoje ainda sabemos muito pouco sob um ponto de vista até mesmo geológico e ancestral, que possa ter influenciado os povos primitivos do continente.
Sabemos mais a história do colonizadores que sairam da península Ibérica com a intenção de descobrir novas terras, ou não. Poderiam apenas estar mesmo buscando um outro caminho para as Índias, e terem chegado aqui ao acaso, e os índios os terem resgatado de suas naus à deriva, ou encalhadas. Aprendemos e estudamos pela história narrada e descrita oficialmente.
Alguns estudiosos defendem a tese de que Portugal e/ou Espanha, já tinham ou teriam conhecimento da existência de novas terras, vide tratado de Tordesilhas assinado em 1494, dividindo as novas terras descobertas e à descobrir, dividindo o mundo em duas metades, duas partes, entre portugueses e espanhois, antes de outras novas descobertas.
A história nos levou a enxergar, pesquisar e a conhecer um continente influenciado por hábitos e costumes ibéricos. Um continente em que descobridores desejaram explorar, desprezando suas histórias e costumes. Inconscientemente o brasileiro sempre se comportou como uma colônia de outrem, mesmo depois de ter rompido com Portugal, tornando-se independente. Por outro lado os colonizadores se importavam com aquilo que eles poderiam exportar para suas terras.
Devido ao ponto de vista do Brasil ser descoberto, depois ser colonizado e mais tarde com imigrações diversas, muitos hábitos foram incorporados a uma nova cultura, e formando novas culturas, até chegar a atual. Por nem tudo poder ser esquecido e desprezado, portugueses, índios e negros deixaram suas marcas e influências
Com pesquisas feitas pelo antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro (1922 – 1997), que pesquisou hábitos e costumes dos índios encontrados, ainda que algumas tribos estejam extintas, vai-se construindo saberes arquétipos e arqueológicos, não só pelo hábitos de algumas tribos estudadas mas também sobre marcas, utensilios e inscrições encontradas.
Uma nova ciência pesquisa e tenta construir este conhecimento passado, a neurociência, que é formada por um conjunto de conhecimentos, buscando e dando respostas neurológicas do presente e do passsado. A história está impressa no DNA.
A neurociência é considerada como uma disciplina multidisciplinar, engloba diversas outras ciências e conhecimentos, como a biologia, a psicologia, e a eletricidade. E outros estudos de comportamentos e questões abstratas, como memória, personalidade e humor. Um conjunto de ciências exatas, humanas e biomédicas.
Entre insites e sinapses dois cérebros soltam faíscas a cada descoberta. Os neurônios sidartas e os nerônios mungubas vão fazendo novas conquistas nas neurociências e trazendo novos conhecimentos a uma nova ciência em uma disputa calorosa e promissora, uma disputa de ganhos bilaterais no conhecimento e dualidade cerebral. Não importa a polaridade ou o lóbulo, se é de esquerda ou de direita, positivo ou negativo, os dois lados ganham.
Os principais neurônios das disputas dividem-se entre dois ícones das neurociências, dois cérebros famosos no RN, que vão se destacando no cenário nacional e internacional juntamente como ICe – Instituto do Cérebro onde Sidarta é diretor e Munguba é mestre.. Dois neurocientistas, um natural do Distrito Federal, Sidarta Ribeiro enquanto Hermany Munguba é natural do Ceará.
Jornal de HOJE
Natal - Parnamirim/RN ─ 07/07/2013
Roberto Cardoso (Maracajá)
Cientista Social