Muitos "fiéis" católicos não compreendem a importância, a essência desse momento nas celebrações eucarísticas. Não é difícil perceber essa "realidade" quando, ainda sem ter a intenção, observamos em muitos comportamentos durante as Missas ou celebrações. O artigo (abaixo) é por demais relevante; um estudo aprofundado sobre um tema bastante sério, que deve ou deveria interessar a todos que "se dizem" ou assumem "ser" católicos. 

Até compreendo as pessoas... mas o que não dá para entender é saber e ver que muitos líderes religiosos não dão testemunho da humildade, do desprendimento que "pregam" em seus sermões. Cada vez mais dão importância ao dinheiro, às doações que, segundo os mesmos, os fiéis tem "obrigação" de fazer!

Quanto a mim, sei que preciso melhorar, aprofundar sempre mais minha "fé e espiritualidade". Vivo buscando alcançar essa "perfeição" mesmo sabendo que é difícil! Entretanto, sem isso eu não existiria como sou, nem estaria aqui, acredito!
(Ísis)

 
Acerca da homilia nas eucaristias
 
Não sei se cumpro tudo. Mas ainda vou a tempo de aperfeiçoar...

10 conselhos acerca das homilias, uma síntese do "diretório homilético”, elaborado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
 
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1 – A homilia é preparada cuidadosamente, ancorando-a um profundo conhecimento das Sagradas Escrituras, especialmente o Evangelho. (Prop. 19, do Sínodo dos Bispos 2005).

2 – Não é um discurso qualquer, mas uma palestra inspirada na Palavra de Deus. Pode-se recorrer a imagens ou lendas para não aborrecer os fiéis. (Card. Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos).

3 – A homilia não é um show de entretenimento, mas deve dar sentido e fervor à celebração (Evangelii Gaudium, n. 138).

4 – A homilia não pode ser improvisada: ao contrário merece "um longo tempo de estudo, oração, reflexão e criatividade pastoral" (Gaudium Evangelli, n 145).

5 – A pregação deve ser positiva, pois fornece "sempre esperança" e não deixa "prisioneiros da negatividade" (Evangelii Gaudium).

6 – O bom homiliasta ajuda a “entender e apreciar o que sai da boca de Deus, a abrir o coração à ação de graças a Deus, a alimentar a fé, a preparar uma frutuosa comunhão sacramental com Cristo." Será um mau pregador aquele que, "embora talvez um grande orador, não seja capaz de provocar estes efeitos." (Mons. Arthur Roche, secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos).
 
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7 – O pregador deve organizar a sua homilia, seguindo este caminho: escolher o que dizer, porquê dizê-lo, como dizê-lo a esta assembleia específica. As homilias diferenciar-se-ão de acordo com a celebração. Na missa ferial recomenda-se uma breve homilia. (Padre Corrado Maggioni, subsecretário da Congregação).

8 – A homilia eficaz desperta no ouvinte o desejo de conhecer ou reconhecer Deus, apresentando-O no modo mais direto e claro, não enrolado ou parcial (Filippo Riva, oficial do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais)

9 – A homilia eficaz põe em risco o que o ouvinte "já sabe" (Filippo Riva).

10 – A palavra de um sacerdote deve ser encarnada, testemunhar uma atitude perante a vida, uma posição humana (Filippo Riva).

ACERCA DO DIRETÓRIO HOMILÉTICO
 
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O Vaticano apresentou um “diretório homilético”, elaborado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, orientada, desde novembro, pelo cardeal Robert Sarah, da Guiné (Conacri), texto acelerado com o papa Francisco, publicado em dezembro e em preparação desde o pontificado de Bento XVI, quando à cabeça do dicastério estava o cardeal espanhol Antonio Cañizares Llovera.

Em 156 parágrafos e dois apêndices este prontuário dirigido a bispos, padres e seminaristas de todo o mundo indica como realizar uma boa pregação e os erros a evitar.

Na conferência de imprensa de apresentação da obra, no Vaticano, o cardeal Sarah explicou que o diretório «não nasce sem um porquê», tendo citado o que o papa Francisco escreveu na exortação apostólica “O Evangelho da alegria”, n.º 135: «Muitas as reclamações relacionadas com este ministério importante, e não podemos fechar os ouvidos. A homilia é o ponto de comparação para avaliar a proximidade e a capacidade de encontro de um Pastor com o seu povo. De facto, sabemos que os fiéis lhe dão muita importância; e, muitas vezes, tanto eles como os próprios ministros ordenados sofrem: uns a ouvir e os outros a pregar. É triste que assim seja.»

O volume está articulado em duas partes. Na primeira, intitulada “A homilia e o âmbito litúrgico”, descreve-se «a natureza, a função e o contexto particular da homilia»; na segunda secção, “Ars praedicandi”, são assinaladas as coordenadas metodológicas e de conteúdo que o pregador deve conhecer e ter em conta ao preparar e pronunciar a homilia. Os dois apêndices são compostos por referências do Catecismo da Igreja Católica e textos de documentos da Igreja sobre a homilia.
As traduções nas principais línguas serão realizadas pelo Dicastério. 
 
JOSÉ LUÍS RODRIGUES
BANQUETE DA PALAVRA
Aparecida Ramos e Pe. José Luís Rodrigues
Enviado por Aparecida Ramos em 15/02/2015
Reeditado em 24/02/2015
Código do texto: T5137606
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