Ágape, philia, eros e amor.

Gostaria de falar de algo complexo, que envolve o termo “Amor”, com tudo o que ele possa significar, faz alguns pensarem que é proibido á filosofia se meter com ele. Seria o amor algo incapaz de ser compreendido?

Segundo Hesíodo, o amor (Eros) era um dos deuses primordiais, exatamente aqueles que realizava a união de partes do mundo, ou seja, fazia com que o Caos (inicial) se transformasse em Cosmos- o tudo organizado e, pela sua organização, belo.

Além da palavra “Amor”, como o filosofo Empédocles a empregava, os gregos tinham também uma questão, digamos, mais técnica para resolver. Para eles, o amor se expressava em duas palavras: “Eros" e “philia”. Eros relaciona-se ao amor com conotações sexuais, e que philia é o amor da amizade. Segundo a cantora Rita Lee na sua lírica: “Amor sem sexo é amizade”.

Gostaria de destacar, em particular o "amor socrático" ou “amor platônico”. As duas expressões dizem respeito a um amor focado na beleza do caráter e na inteligência de uma pessoa, e não no seu aspeto físico, isso segundo o filosofo Marsilio Ficino.

“Para o filósofo grego Platão, o amor era algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo em que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O amor platônico, não se fundamenta num interesse, e sim na virtude.” – Wikipédia.

O amor platônico, é muitas vezes equiparado a de um fã com seu ídolo. Ela por sua vez, o deseja incontrolavelmente, já ele nem se quer da sua existência.

Logo essa denominação não pode ser generalizada, pois no exemplo colocado, o mesmo poderia vir a ser correspondido, caso o ser “Inalcançável” viesse a saber do sentimento.

Enfim, como Mr. Gattax diz: “o amor platônico nada mais é do que um vício sobre uma pessoa, que não tem nada a ver com você e que não gosta de você, mas você gosta dela porque ainda não encontrou ninguém melhor”.

(Dedicado ao meu “amor platônico”)