As defesas mentais do homem - 1° parte

As defesas mentais do homem - 1ª parte

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Nunca, como nos tempos atuais, foi tão necessário, útil e instrutivo o conhecimento das defesas mentais que cada indivíduo pode instituir pela própria vontade, para preservar-se dos males que constantemente ameaçam sua integridade física, moral e espiritual. Males que, na maioria dos casos, terminam por submetê-lo a vontades alheias, a influências de ambientes, sejam políticos, religiosos, ideológicos ou de qualquer outra índole. Mais ainda, esse desconhecimento, que o impede de estabelecer suas próprias defesas mentais, torna-o inseguro, temeroso e vacilante ante cada situação das tantas que se promovem no curso da vida.

O quadro que estamos apresentando mostra, com clara e acentuada frequência, que um ser nessas condições carece de recursos mentais para enfrentar com decisão, segurança e valentia cada ato, problema ou situação que lhe exija soluções ou resoluções imediatas. Como pode desenvolver-se a vida de um homem em semelhantes condições? Que autoridade possui sua opinião ou sua palavra, se ele a tem alienada ou subordinada a outras opiniões? Acaso não é esse o fator decisivo, a causa real de uma enorme quantidade de seres se entregarem indefesos e ficarem absorvidos pela “massa”, essa massa que os aglutina em ideologias exóticas ou na dialética fascinante da demagogia? Duvidar disso seria cair numa temerária ingenuidade, ou dar as costas a um fato repetido, que haverá de golpear duramente o destino do indiferente.

O desamparo mental começa a ser experimentado na infância,

segue na juventude e continua na fase adulta

Nunca houve na educação primária, no ciclo médio nem nas universidades ensinamento algum que instruísse o homem, desde tenra idade, sobre a forma de resguardar sua integridade psicológica, mental e moral. Não lhe foi ensinado a buscar e encontrar os recursos imponderáveis que sua mente contém e, de modo especial, a conhecer o uso de suas defesas mentais. Caso essa preparação tivesse sido instituída no ensino comum, a humanidade não teria chegado à encruzilhada lamentável e perigosa em que hoje se encontra. Existiu sempre, não resta dúvida, uma injustificável indiferença por parte dos responsáveis pela condução docente, ou então um desconhecimento absoluto das possibilidades humanas a respeito de suas próprias defesas mentais.

Texto Extraído do Livro Curso de Iniciação Logosófica, pág. 57

Carlos Bernardo González Pecotche
Enviado por Sinval em 30/10/2013
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