Bullying: Conscientização, Prevenção e Combate
O Bullying escolar é um fenômeno utilizado por alguns alunos que se consideram valentões e não aceitam conviver com os diferentes e sentem-se no direito de intimidar, amedrontar, utilizando-se de agressões verbais e ou físicas para humilharem as suas vítimas. Consideramos esse comportamento uma conduta de problemas de vivências culturais, pois cada região educa de uma maneira. E isso reflete na nossa sociedade.
Diante deste quadro devemos como educadores estar sempre atentos aos comportamentos dos alunos, sejam os bullies ou as vítimas. E sempre estar conversando com as famílias sobre o que está acontecendo quando um aluno está ausentando-se muito, se ele está sendo intimidado por alguém na escola, isto é, se mostra sinais e quem são os seus agressores, para que os professores e a escola entre em contato com as famílias e tomem as providências cabíveis, para que a vítima não venha a sofrer traumas futuros e os agressores aprendam a viver em sociedade, pois a escola é o primeiro passo para que isso ocorra.
Acreditamos que na relação professor e aluno, deve existir o diálogo, é muito importante para sabermos o por quê das angústias desses alunos e o que se passa nas suas mentes. E os educadores devem também prestar mais atenção nos sinais, nos comportamentos estranhos, e intervir sempre que for necessário.
A escola deve ter um plano de ensino para estabelecer normas, regras e limites, junto com os responsáveis. Para que fatos como esse não se tornem rotinas.
Os agressores são os que de alguma forma querem chamar atenção e utilizam-se do poder sobre o outro. Com o intuito de ridicularizar, humilhar e causar transtornos emocionais e psíquicos, a fim de que o outro sinta-se um lixo.
Os espectadores por sua vez, gostam disso, riem, e têm os que não gostam, mas participam, por medo de tornar-se a próxima vítima.
A vítima é a que mais sofre com isso, por não sentir-se um nada, têm apenas um amigo ou dois, que sofrem ou já sofreram bullying. E não fazem parte do grupo e sentem-se como peixes fora d’água. São os últimos a serem escolhidos na Educação Física, são os excluídos dos grupos de trabalho e que sofrem um grande preconceito e discriminação por serem alvos de chacotas e humilhações.
Os ataques mais comuns são apelidar, bater, roubar pertences, exclusão do grupo como se a vítima fosse um ser de outro Planeta e não pudesse compartilhar com os demais, constranger, tudo o que ele faz vira motivos de piadas. E há os ataques que ocorrem na Internet.
Acreditamos que os pais ou responsáveis pelos adolescentes devem vigiá-los e sempre procurar saber com quem eles estão falando, ou o que estão fazendo na rede. E, se necessário ter uma conversa e ensiná-los que devemos respeitar as pessoas também no mundo virtual. E que o uso de imagem sem consentimento do autor é crime.
As consequências do bullying geram muitas consequências, tanto para as vítimas, os autores e os seus espectadores.
Para a vítima, se ela não souber lidar com o seu agressor poderá pensar a vida inteira que é um nada, que não serve para nada e às vezes, tira a sua própria vida. Já as que sabem lidar com isso, como todos as abandonam, focam naquilo que mais gosta e por isso temos vários artistas e pessoas famosas que sofreram bullying e se destacaram na vida profissional. Os espectadores nada podem fazer, pois se não derem risadas ou não participarem da “brincadeira” se tornarão a próxima vítima. Já os agressores não se destacarão em nada na vida. A não ser em manchetes de jornais sangrentos, por não terem opção na vida. E alguns deles tornarem-se delinqüentes.
Deve-se haver integração entre a escola e a família e após detectado o fenômeno, trabalharem juntos para que a situação amenize e os alunos consigam conviver harmoniosamente. Em busca de uma sociedade melhor, em que o que eu não quero para mim, não farei para o outro. Alteridade sempre!
Notamos que os casos estão se tornando mais constantes por vários motivos dentre eles, o lokism, que é uma forma de discriminação baseada na aparência física do indivíduo. Os bullies se divertem em zombar dos defeitos dos outros. E isso faz parte da família hoje que vivem de estereótipos e compram a idéia que a mídia passa, ou seja o que é bonito e o que é feio, não ensinando que todos somos diferentes. E que ninguém é perfeito. E os adolescentes que não têm limites em casa, ou sofrem esse mesmo assédio no seio da família, na escola se vinga. E parte para o ataque utilizando das vítimas mais frágeis.
A escola é responsável pelo aluno e a sua formação. E sendo assim deve impedir que os alunos sofram bullying e desenvolvam traumas a vida toda por isso. Sendo assim, é muito importante o Orientador Educacional buscar soluções em conjunto com o corpo docente para os casos de bullying.
Devemos trabalhar a Pedagogia do amor, da paz, da tolerância, construir cidadãos com o sentimento de amor ao próximo e ensiná-los que ninguém é igual a ninguém, todas as pessoas são diferentes e essa diferença começa com as digitais das nossas mãos.