TOMBAMENTO DO AGGC Arsenal de Guerra General Câmara

As terras onde se assenta o Arsenal de Guerra de General Câmara, tiveram a sua origem na doação feita por João José Centeno ao Governo Imperial, conforme se vê na Certidão de Contrato feita entre o mesmo, João Vieira da Silva Canabarro e Dr. José Gonçalves Pinto, lavrada no notário da atual cidade de Triunfo, livro no 25, fls. 11 a 14, em 3 de janeiro de 1880.

Por escritura publicada e lavrada no notário da atual cidade de General Câmara, em 11 de maio de 1933, livro no 9, fls. 98v. a 99v. o Sr. Adalberto Nunes fez doação a União de um lote de dez terrenos precisos a instalação do Arsenal. Esta escritura acha-se transcrita no Registro de Imóveis da Cidade de General Câmara, no livro no 3D, fls. 132 a 133, sob o no 1.816.

Mais tarde em 18 de janeiro de 1934, o mesmo Sr. Adalberto Nunes fez nova doação de outros dez terrenos, situados nos fundos dos primeiros e que também eram precisos ao Arsenal. Tal doação foi feita por escritura lavrada na cidade de General Câmara, que era até aí, denominada Povoação da Margem do Taquari, 2o Distrito do Município de Santo Amaro, foi lavrada no notário do lugar, livro no 10, fls. 30v a 31v, acha-se transcrita no Registro de Imóveis da Cidade de General Câmara, no livro no 3D, fls. 131 a 132, sob o no 1.814.

Nos vinte lotes de terrenos doados pelo Sr. Adalberto Nunes, foram construídos: A hidráulica, o pavilhão de recalibramento de estojos de infantaria, a casa da caldeira e o pavilhão de carregamento de granadas, de escritura lavrada no notário da cidade de General Câmara, de 9 de junho de 1941, livro no 40, fls. 34 a 36. O Arsenal adquiriu por compra, de Joaquim Osório Della Nina e outros, um terreno situado na esquina das ruas General Canabarro e Conde de Porto Alegre, onde hoje se acha instalada a Formação Sanitária do Arsenal. Esta escritura acha-se transcrita no Registro de Imóveis, livro no 3D, fls. 58v a 59v, sob o no 1.510.

Em escritura lavrada no notário de General Câmara, em 04 de agosto de 1941, livro no 40, fls. 54 a 58, o Arsenal adquiriu de Dona Celanira Osório de Azambuja e outros, uma fração de campo onde foram construídos três paióis e algumas casas de operários. Esta escritura foi transcrita no Registro de Imóveis, livro no 3D, fls. 65v a 66v, sob o no 1.547.

Finalmente por escritura lavrada no mesmo notário, em 23 de janeiro de 1942, livro no 40, fls. 86v, Adelmo Della Nina e sua mulher, fizeram doação ao Arsenal, de dois terrenos situados ao lado do prédio ocupado pelo Cassino dos Oficiais. Esta doação acha-se transcrita no Registro de Imóveis, livro no 3D, fls. 81 a 82, sob o no 1.605.

No período de 1932 a 1934, ano em que o Arsenal mudou-se de Porto Alegre para a Margem, foi nesta construída ou reformada cinquenta grupos de duas casa para operários, dezoito para funcionários, quinze para oficiais, uma grande oficina, um pavilhão de administração, um trapiche com armazém, uma usina termoelétrica, uma estação rádio e o quartel para contingente, um depósito de materiais, uma oficina de carregamento, a hidráulica, uma estação meteorológica, a rede de água e esgoto, etc.

Além disto o Arsenal cedeu ao Estado uma área de terreno onde esse fez construir, no ano de 1934, um amplo prédio escolar que recebeu denominação de “João Canabarro” e cuja a capacidade de 500 alunos.

Em 29 de novembro de 1938, devido ao seu desenvolvimento, a Margem do Taquari tornou-se a sede do Município de Santo Amaro, e em 30 de junho de 1939, a sua denominação, assim como a do município, foi mudada para General Câmara.

Na medida do possível foram sendo melhoradas todas as instalações do Arsenal. Assim entre os anos de 1932 e 1942 foram construídos diversos grupos de residências para operários, reformadas as residências antigas de funcionários existentes na Av. XV de Novembro, construído um novo reservatório elevado de concreto armado para o abastecimento de água, realizada a construção de um pavilhão para a formação sanitária, com as residências para o médico e farmacêuticos da mesma; ampliou-se o grande pavilhão das oficinas que data da antiga estrada de ferro, construiu-se um novo e belo cassino para os oficiais e um outro para os operários.

Fez-se ainda um pavilhão para o recalibramento dos estojos de artilharia e reformou-se os dois outros existentes, destinados a carregamento de granadas e recalibramento de estojos de infantaria.

Construiu-se também três paióis, sendo dois para pólvora e o outro para cápsulas.

No ano de 1943 foram construídos onze novos grupos de residências Para operários e uma oficina para carpintaria.

Josinei Azeredo
Enviado por Josinei Azeredo em 26/10/2012
Reeditado em 09/02/2023
Código do texto: T3953994
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