CAMPANHA DA FRATERNIDADE/2012 - QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA
O SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado em belos princípios, como seu caráter universal, e com a proposta de atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo.
Hoje, no entanto, com algumas exceções, encontra-se prostrado, sem condições de servir bem os que mais precisam de cuidados para a saúde.
Os recursos financeiros destinados à saúde pública em todo Brasil são insuficientes.
Várias propostas de lei para regulamentar os repasses à saúde foram colocadas em debate no Congresso Nacional, mas até hoje, nenhuma foi aprovada em definitivo.
Até um novo imposto sobre movimentação financeira foi criado para custear a saúde, a CPMF. Ele, no entanto, foi usado para melhorar os números da arrecadação tributária brasileira e não representou, em nenhum momento, agregação de novos recursos à saúde pública, no período de sua vigência, até 2007.
A Constituição Cidadã de 1988 definiu que, em caso de insuficiência do setor público, é permitido recorrer a serviços privados, por meio de contratos ou convênios. No entanto, hoje é real o perigo de o Estado deixar, aos poucos, seu dever de fornecer boa saúde pública a todos, como diz a Constituição, em prol da privatização do atendimento de saúde.
Hoje as comunidades também são chamadas à responsabilidade para com o sistema de saúde pública, sobretudo pela participação ativa em Conselhos e Conferências de Saúde, que, muitas vezes, ficam sem nossa devida atenção.
Os Conselhos tem caráter deliberativo e o papel de formulação, acompanhamento e controle permanente das ações do governo em seus três níveis. As Conferências de Saúde tem por objetivo avaliar, periodicamente (a cada 4 anos), o panorama da saúde e propor diretrizes para a política de saúde do país. Não podemos nos ausentar destes espaços de exercício da cidadania em prol de melhorias na saúde pública.
Em nossa sociedade, muitas pessoas são abandonadas no sofrimento da doença e da velhice. Seus parentes e amigos nem sempre são capazes de lhes dedicar tempo ou de permanecer com eles, sob a alegação de "cuidar da vida que continua". Além disso, temos aqueles abandonados em filas ou em macas nos corredores de hospitais.
Desejamos que esse mundo novo se concretize no atendimento da saúde, muitas vezes desumano, em virtude da medicina reduzir o ser humano à sua dimensão biológica, orgânica. É o momento momento de dar um basta à atuação de profissionais "mecânicos e insensíveis". Há clamor, especialmente dos mais pobres, por profissionais "humanos e sensíveis". O ser humano é muito mais do que sua materialidade biológica.
Em sua vida neste mundo, Jesus renunciou à posse e ao domínio. Se o domínio é exercido de modo tirano, destrói a vida, desumaniza a pessoa, escraviza o semelhante. Por renunciar ao domínio, Jesus se colocava a serviço de todos, mostrando um caminho de justiça e de paz.
A paixão de Cristo representa a máxima expressão do sofrimento humano, que, nesta entrega do Redentor, recebe uma significação nova e profunda, ao ser associado ao amor. A cruz de Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva. Nela e por ela, "Deus amou tanto o mundo que deu Seu Filho unigênito, para que todos que n'Ele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna".
O sofrimento e a morte são de difícil aceitação para a humanidade. Considerando nosso contexto cultural, marcado pelo hedonismo, estas realidades geram desconforto, inquietação e até mesmo revolta, pois as pessoas são impulsionadas à busca de uma felicidade ligada à noção de prazer e à rejeição de esforços.
Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para conosco! Fortalecei-nos neste amor para que não sejamos omissos em nossas responsabilidades de cidadania. Dai-nos a graça do empenho na formulação e vigilância das ações da saúde pública. Por Jesus, nosso Senhor. Amém.
PS.: O Texto supramencionado é fruto de pesquisa em materiais da CF/2012.
Isis Dumont
O SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado em belos princípios, como seu caráter universal, e com a proposta de atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo.
Hoje, no entanto, com algumas exceções, encontra-se prostrado, sem condições de servir bem os que mais precisam de cuidados para a saúde.
Os recursos financeiros destinados à saúde pública em todo Brasil são insuficientes.
Várias propostas de lei para regulamentar os repasses à saúde foram colocadas em debate no Congresso Nacional, mas até hoje, nenhuma foi aprovada em definitivo.
Até um novo imposto sobre movimentação financeira foi criado para custear a saúde, a CPMF. Ele, no entanto, foi usado para melhorar os números da arrecadação tributária brasileira e não representou, em nenhum momento, agregação de novos recursos à saúde pública, no período de sua vigência, até 2007.
A Constituição Cidadã de 1988 definiu que, em caso de insuficiência do setor público, é permitido recorrer a serviços privados, por meio de contratos ou convênios. No entanto, hoje é real o perigo de o Estado deixar, aos poucos, seu dever de fornecer boa saúde pública a todos, como diz a Constituição, em prol da privatização do atendimento de saúde.
Hoje as comunidades também são chamadas à responsabilidade para com o sistema de saúde pública, sobretudo pela participação ativa em Conselhos e Conferências de Saúde, que, muitas vezes, ficam sem nossa devida atenção.
Os Conselhos tem caráter deliberativo e o papel de formulação, acompanhamento e controle permanente das ações do governo em seus três níveis. As Conferências de Saúde tem por objetivo avaliar, periodicamente (a cada 4 anos), o panorama da saúde e propor diretrizes para a política de saúde do país. Não podemos nos ausentar destes espaços de exercício da cidadania em prol de melhorias na saúde pública.
Em nossa sociedade, muitas pessoas são abandonadas no sofrimento da doença e da velhice. Seus parentes e amigos nem sempre são capazes de lhes dedicar tempo ou de permanecer com eles, sob a alegação de "cuidar da vida que continua". Além disso, temos aqueles abandonados em filas ou em macas nos corredores de hospitais.
Desejamos que esse mundo novo se concretize no atendimento da saúde, muitas vezes desumano, em virtude da medicina reduzir o ser humano à sua dimensão biológica, orgânica. É o momento momento de dar um basta à atuação de profissionais "mecânicos e insensíveis". Há clamor, especialmente dos mais pobres, por profissionais "humanos e sensíveis". O ser humano é muito mais do que sua materialidade biológica.
Em sua vida neste mundo, Jesus renunciou à posse e ao domínio. Se o domínio é exercido de modo tirano, destrói a vida, desumaniza a pessoa, escraviza o semelhante. Por renunciar ao domínio, Jesus se colocava a serviço de todos, mostrando um caminho de justiça e de paz.
A paixão de Cristo representa a máxima expressão do sofrimento humano, que, nesta entrega do Redentor, recebe uma significação nova e profunda, ao ser associado ao amor. A cruz de Cristo tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva. Nela e por ela, "Deus amou tanto o mundo que deu Seu Filho unigênito, para que todos que n'Ele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna".
O sofrimento e a morte são de difícil aceitação para a humanidade. Considerando nosso contexto cultural, marcado pelo hedonismo, estas realidades geram desconforto, inquietação e até mesmo revolta, pois as pessoas são impulsionadas à busca de uma felicidade ligada à noção de prazer e à rejeição de esforços.
Ó Deus, a cruz de Jesus é o sinal do vosso amor para conosco! Fortalecei-nos neste amor para que não sejamos omissos em nossas responsabilidades de cidadania. Dai-nos a graça do empenho na formulação e vigilância das ações da saúde pública. Por Jesus, nosso Senhor. Amém.
PS.: O Texto supramencionado é fruto de pesquisa em materiais da CF/2012.
Isis Dumont