JUSTIFICATIVA DO TEXTO MICHEL JACKSON - NOME CHEIO DE SIGNIFICADO

Apesar das críticas (e foram somente críticas) que recebi na primeira edição do texto MICHEL JACKSON - NOME CHEIO DE SIGNIFICADO, comemoro seus primeiros 1.000 acessos. E faço com a certeza de que não fui cruel ou fanático no texto, não cometendo exageros e, tampouco, injustiças. Também não estive julgando o rei do pop, mas analisando sua conduta ao longo de uma carreira bem-sucedida do ponto de vista material. Ao contrário das críticas, cujo conteúdo é permeado de devoção "fã'nática" a um ídolo cegamente divinizado, louvado com tanta religiosidade e crendice que a liturgia devida ao Supremo Criador do Universo torna-se fraca aos olhos dos seguidores desse astro, os quais o tratam qual deus, deixando de ver que seus maiores ensinamentos foram dançar e dar alguns passos para trás. Num dos primeiros comentários, alguém me chamou de ignorante por não saber o que é vitiligo, a doença que Michel Jackson usou como pretexto para clarear a pele. Quanto a isso e ao resto do que disse na análise do nome do músico, do qual também sou fã (porém, sem perder a razão), esclareço que cresci admirado e no compasso da evolução do menino negro que, de forma genial, vocalizava no grupo Jackson Five e, quando pequeno, me orgulhava dele, me identificava muito com sua carinha, até desejando ser como ele. Entretanto, a medida que fomos crescendo, fui vendo ele tomar um caminho que não queria para mim, onde a vaidade cresceu acima do menino, servindo-se do poder econômico para livrar-se da identidade que, aparentemente, lhe causava constrangimento. Digo isso porque sei bem o que é vitiligo e se essa doença evoluísse tão rápido e se tornasse tão maravilhosamente uniforme, o caso do Michel Jackson e sua irmã seriam os únicos noticiados até agora. Uma coincidência muito improvável.

Entretanto, não deixei de gostar do cantor Michel Jackson e, tampouco, escrevi este artigo por raiva ou decepção. Ao contrário, sempre admirei suas virtudes de músico, bem como suas músicas e a genialidade com que criava e produzia seus clipes. Somente deixei de tê-lo como modelo, considerando-o apenas um reles mortal como eu, sem muito que ser copiado.

Wilson do Amaral

Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos.