Quem foram, no passado, Chico Xavier e Allan Kardec?

Tem sido lugar comum estes questionamentos por parte dos leigos no Espiritismo, pela curiosidade natural do ser humano, bem como pelo fato do Espiritismo estar em alta, sendo popularizado de modo direto e indireto por filmes, novelas, livros e divulgação de fenômenos.

Tal curiosidade acaba sendo alimentada pelos próprios espíritas, que esquecem as advertências do Codificador e dos Espíritos, de que nem tudo se justifica no passado, e muito daquilo que experimentamos na vida atual foi nela mesma construída, bem como que o que importa é sempre a utilidade, não a curiosidade, quando se trata de desvendar o passado.

Esta busca em querer saber de fatos em vez de conteúdos, de explicar "quem" em vez de buscar saber "por que", tem sido mais uma pedra de tropeço no caminho da Doutrina Espírita e são os próprios espíritas que a tem colocado. Para vender livros, para fazer nome, não se vê problema algum em discorrer sobre a vida alheia, sem provas quase sempre, fundamentando mais em opiniões do que na lógica, por exemplo, de que Chico foi este e Kardec foi aquele personagem famoso (e porque nunca foram meros desconhecidos, não se perguntam alguns?)...

Se alguém começou a ler este texto para saber a resposta da pergunta do título, sentimos muito... Não a daremos.

Não há provas, não há motivo para confirmar-se com certeza quem determinada pessoa foi em vida anterior. Ao focarmos a atenção na questão da sua encarnação antecedente, desviamos do fundamental que é analisar e usar como meta de comportamento, a mensagem que tal pessoa deixou.

Aliás, é importante recordar que vários espíritos de lucidez admirável já têm dito que não existe mais o mesmo interesse das trevas em afastar os espíritas do Espiritismo, como houve outrora. Eles preferem trabalhar no desvio dos nossos ideais: facilmente alimentam-nos a curiosidade vazia, a confusão entre informações que nos impedem de enxergar os verdadeiros objetivos doutrinários, alimentam o academicismo distanciando-nos da prática, estimulam a luta pela detenção da verdade, e desse modo a vaidade embutida dentro da falsa superioridade de ser espírita...

Não pretendemos fazer críticas aos interessados em saber o que acusamos não ser importante.Queremos apenas alertar para as prioridades na aplicação do conhecimento!

Não será o agora uma boa hora de despertar para o que verdadeiramente interessa? O tempo não espera! A ociosidade de hoje cobrará amanhã seus lucros.

Filosofado por Vania Mugnato de Vasconcelos

Blog Espiritismo SEM Melindres

http://espiritismosemmelindres.blogspot.com