SOCIALULISMO


Estamos – já há mais de oito anos – envolvidos na mais nova doutrina política – O SOCIALULISMO – um sistema diferente, mas extremamente eficiente e inteligente, que dominou as classes sociais do Brasil, transformando-o em uma república amarga, na configuração da mania de estar, de fazer e de ser o que se quer por pura conveniência, desprezando os valores éticos, morais e sociais, com o sucateamento dos ideais, pregando a primazia dos interesses da sociedade sobre os dos indivíduos, defendendo a substituição da livre-iniciativa pela ação coordenada da coletividade, não na produção de bens mas tão somente na repartição da renda, demagógica forma de popularização de lideranças políticas sem valores sociais e morais, onde os jargões “ele rouba mas faz”, “eu nada vi” ou “eu não sabia”, em cômoda omissão, acabam substituindo os princípios de respeito à ética e à razão.
Nosso país com aproximadamente noventa milhões de analfabetos acabou se curvando à iniciativa popularesca da distribuição de renda, na forma da compra da dignidade de um povo com sérias dificuldades econômicas, onde a grande dimensão territorial e representativa miscigenação social contribuíram para fortalecer o estado do "manda quem pode e obedece quem tem juízo”, com a impunidade se sobrepondo à justiça e os escândalos tornando-se “prenúncios de popularidade”.
No SOCIALULISMO não existe interesse em fomentar a educação e acabar com o analfabetismo. Muito pelo contrário. A educação leva à cultura e isso aumenta o nível do discernimento e da autoestima pessoal, estimulando a auto-crítica, fortalecendo as convicções religiosas e restabelecendo a harmonia e os princípios fundamentais, o que é danoso para a manutenção desse sistema. Tanto que foram banidos das escolas os cursos de Moral e Cívica e OSPB e as famílias se dilaceram Brasil a fora. Sem a força da responsabilidade social familiar, nossas crianças vão crescendo sem vínculos com seus direitos e deveres, à margem da lei, com a má qualidade do ensino afetando seu aproveitamento em disciplinas básicas como o português, a matemática e ciências naturais. A maioria dos alunos não consegue resolver problemas elementares ou interpretar um texto simples e a atratividade da contravenção, bem remunerada e de alto nível de impunidade acaba levando-os à marginalidade, ao vício e seus familiares ao desespero.
Sem uma reforma completa na educação, o desenvolvimento econômico corre sérios riscos. Hoje as elites são dominadas pelo instrumento retórico do uso da própria falta de educação formal do Presidente da República, que na sua extrovertida forma de comunicação, só encanta os mais desencantados, como se a responsabilidade do desequilíbrio social e educacional do nosso país não fosse dele. E cresce a cada momento a criminalidade, alimentada pela corrupção, pelos escândalos e pela impunidade.
O sistema carcerário brasileiro com suas prisões superlotadas, transformou-se em uma verdadeira universidade do crime e os Direitos Humanos servem aos criminosos e não às suas vítimas e a lei os protegem, a ponto de seus dependentes terem direito a uma ajuda financeira de aproximadamente “um salário mínimo e meio” que pode ser considerado como um estímulo à contravenção e uma apologia ao crime. O Brasil poderia estar hoje com um modelo de “Colônias  Penais Agrícolas” funcionando, espalhadas por todo o seu território, explorando a terra através de cultivo de horti-fruti-granjeiros ou outras atividades profissionais, com escolas internas que permitissem a recuperação dos presos e seu retorno à sociedade.
Mas nada disso interessa ao Socialulismo. Somente a aproximação de países como a Venezuela e Cuba, com sistemas políticos parecidos, tipo Sociachavismo, Sociafidelismo e etc. importa... E por coincidência ambos em franca decadência.
E nossos filhos e netos, criados em um regime democrático e suas próximas gerações estarão a mercê de uma nova forma de governar. Enfim dizem que “a voz do povo é a voz de Deus”, só que esse deus (em minúsculo) para se igualar, em popularidade a um outro no passado, bastaria agora inventar algum tipo de símbolo cruciforme, uma suástica (?) que por ironia, representa a felicidade, a saudação e a salvação entre brâmanes e budistas.

Urias Sérgio de Freitas