Introdução à Bíblia

Para começar

Às vezes é bom perguntar sobre quais livros mais lemos na Bíblia. As respostas oscilam entre os Evangelhos e os Salmos. Isso demonstra uma visão parcial, tanto do Primeiro quanto do Segundo Testamento. Nossa cultura ainda não é a da leitura mais atenta de outros livros. Não cabe aqui fazer um juízo do que seja esta prática, se positiva ou negativa. É apenas uma constatação.

Cada vez mais os cursos bíblicos se multiplicam e isso, sim, é muito positivo. O que ora escrevemos pretende, apenas, indicar alguns caminhos mais centrais. São linhas mais esquemáticas que portadoras de respostas. Sendo assim, o que buscamos é, na medida do possível, um contato com a Bíblia que seja mais próximo de seus textos, ideias e mensagem.

O Primeiro Testamento

O que pensamos quando falamos em Bíblia? O que esse nome significa? Na verdade é algo muito mais complexo do que se imagina a uma primeira visada. Falar de Bíblia é falar de textos, diversos textos, diferentes textos. Quantas bíblias temos? Este é outro problema que muitas vezes é desconhecido por quem aborda o texto superficialmente.

Para falar um pouco da história do texto é preciso mencionar, pelo menos, três línguas. Depois veremos que uma quarta e uma quinta se farão necessárias. Para o Primeiro Testamento, o Hebraico é a grande base dos textos. Tem-se fragmentos em Aramaico no livro de Daniel (único livro bíblico escrito em 3 línguas: hebraico, aramaico e grego), Jeremias, e outros tantos. Esta parte da Bíblia também tem textos em grego e até livros inteiros.

Na base do Primeiro Testamento, como mencionado, está o hebraico. Por volta do 2o século aC., em razão de o hebraico não ser mais tão conhecido por boa parte dos judeus da diáspora (dispersão no Egito), foi traduzido para o Grego. Esta Bíblia se chamou Setenta ou Septuaginta (LXX). O Segundo Testamento cita o Primeiro cerca de 350 vezes. Em pelo menos 300 delas, é a partir deste texto grego da LXX. Bons estudos!