A QUESTÃO DO MEDO

Apesar de toda sua destrutividade habitual, descobrimos que o medo pode ser o ponto de partida para coisas melhores. O medo pode ser um limiar para a prudência e para um respeito honesto pelos os outros. Ele pode apontar o caminho tanto para a imparcialidade quanto para o ódio. E quanto mais considerações e imparcialidade tivermos em relação aos outros, mais rapidamente poderemos encontrar o amor, que pode ser muito sofrido e não obstante ser livremente concedido. Assim, o medo não tem que ser sempre destrutivo, porque as lições trazidas pelAs suas consequências podem nos conduzir a valores positivos.

A conquista da liberdade a partir do medo é uma tarefa para a vida toda, uma tarefa que nunca poderá ser totalmente concluída. Sob ameaças pesadas, nas doenças agudas ou em outras situações de séria insegurança, temos todos que reagir bem ou mal, conforme seja o caso. Apenas os presunçosos afirmam estar totalmente livres do medo, embora essa própria grandiosidade esteja na realidade enraizada nos temores que eles temporariamente esqueceram.

A solução do problema do medo tem conseqüente dois aspectos. Precisamos tentar obter por todos os meios a libertação do medo que está ao alcance de todos nós. Em seguida, precisamos encontrar tanto a coragem quanto a graça para lidar construtivamente com quaisquer temores remanescente. Tentar entender nossos temores e os temores dos outros é apenas o primeiro passo. A questão maior é saber como e para onde iremos a partir desse ponto.

Embora meu padrão básico de medo seja muito comum, existem obviamente muitos outros. Na realidade,as manifestações do medo e os problemas que se arrastam atrás delas são tão numerosos e complexas que não é possível detalhar, neste breve artigo, nem mesmo algumas delas . Só podemos revisar os recursos e os princípios espirituais através dos quais podemos ser capaz de enfrentar e lidar com o medo em qualquer um dos seus aspectos.

No meu próprio caso, a pedra fundamental da libertação do medo é a Fé: uma fé que, apesar de todas as aparências mundanas em contrário , fez-me acreditar que vivo em um universo que faz sentido. Para mim, isso significa crença em um criador que é todo poder, justiça e amor; um Deus que pretende para mim uma finalidade, um significado e um destino ao crescimento, ainda que intermitente, em direção à sua semelhança e imagem. Antes da chegada da fé, eu vivia como um estranho em cosmo que me parecia, frequentemente, tanto hostil quanto cruel. Nesse mundo, não poderia haver nenhum interior para mim.

Inspirado após ler o livro o M de Bill

Vantuilo Gonçalves

23 de Novembro de 2009