A violência no Rio de Janeiro-17.10.2009-

A Violência no Estado do Rio de Janeiro é conseqüência da perda da soberania do Estado sobre o seu território.

O Secretário de Segurança deu a seguinte declaração coletiva em 17.10.2009: ”Nós sabíamos que uma facção criminosa iria invadir o território da outra e nós agimos para impedir tal ação”.

O Diretor da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro por seu lado, disse: “Sabe quem foi, sabe como foi e a resposta vai vir na mesma medida”.

Com essas falas das autoridades, significa para qualquer leigo no assunto.

Nós estamos agindo para garantir o território da facção criminosa já estabelecida e, conseqüentemente, para não alertar o Comitê Olímpico Internacional da falta de controle pelo o Estado, na apreensão das armas de guerra na posse dos marginais Cariocas da Cidade Maravilhosa.

Outro fato também que me veio à memória, foi a disputa do último debate dos presidenciáveis, quando ali se encontravam o Lula e seu adversário do PSDB.

As perguntas já estavam devidamente escritas em um cartão entregues aos Cidadãos Ventríloquos.

Quando a pergunta foi a respeito da Segurança Pública, o Lula e seu adversário Político foram reticentes, dava a impressão que não sabiam do que se tratava, quão tamanha a generalidade das respostas, sem se aprofundar em temas e soluções específicas.

Hoje em dia ainda perdura a resposta genérica e provavelmente nas próximas eleições para presidente da República.

Recordo-me ainda, outro fato que ficou marcado no Brasil e noticiado em todos os jornais internacionais, a respeito da carnificina que importou na queima viva de certo número de passageiros de um ônibus da Viação Itapemerim, causado por uma facção Carioca, próxima a data da posse do Lula em seu segundo mandato à Precedência da República.

No seu discurso no palanque em Brasília, V. Excelência fez menção a esta tremenda covardia e audácia desses monstros.

Daí em diante, no se ouviu mais falar no assunto, caiu no esquecimento rapidamente pela Presidência da República, como tal poder não fosse obrigado a prestar satisfação à Opinião Pública.

Haja vista que a reeleição de Presidente da República já estava sacramentada e as atenções se voltariam para assuntos mais importantes, como por exemplo, as inúmeras viagens internacionais da Presidência da República e seus ministros de Governo; melhor seria esquecer de imediato esta nódoa escarlate dos sangues dos vitimados.

Por essas razões, tenho a certeza que o Governo Central e outros distribuídos por este Vasto Brasil, têm a convicção que esses fatos são normais em uma Estado tão Violento e, principalmente na Cidade Maravilhosa.

Pessoinhas do povo são meras criaturas insignificantes e só dão trabalho para o poder executivo.Tal poder tem na sua agenda questões mais importantes, como por exemplo, fiscalização e arrecadação dos tributos para seus cofres públicos, além de tratar de estratégias eleitorais para dar continuidade ao grupo que está no poder.

Não obstante, com a responsabilidade dos eventos da Copa do Mundo e das Olimpíadas, não vai ter outro jeito, as ações policiais se intensificarão e aumentarão o número das estatísticas de viúvas de policiais no Estado.

O Rio de Janeiro é um barril de pólvora e vai pegar fogo; a chama começou a queimar pelo pavio.

Acabei de ouvir no noticiário da tv da Globo, às 20:00, que até a presente data do mandato do Governador do Estado do Rio, já tombaram (72) setenta e dois policiais em combate no Estado.

A Cidade Maravilhosa e sua população vivem submetidas às duas ordens constituídas, a saber: a política do Estado e a do tráfico. Sinto pena das vítimas e de suas famílias, principalmente a classe média e a população de baixa renda que não tem como se defender.

Um abraço de um cidadão Carioca.

marcio rosa
Enviado por marcio rosa em 17/10/2009
Reeditado em 07/12/2009
Código do texto: T1872377