E, hoje, escrevemos, assim, a nossa história...

No próximo dia 7 de Setembro de 2009 comemoramos 187 anos de nossa independência. Brasil dos brasileiros, gigante pela própria natureza física, impávido colosso, no entanto, não se refletiu no nosso futuro esta grandeza. Nossa pátria-mãe continuou gentil e farta, mas seus filhos cada vez mais egoístas, pensando exclusivamente no seu próprio bem e dando adeus aos ideais de igualdade, fraternidade e desenvolvimento do Brasil como um todo.

Hoje os nossos governantes não mais lutam pelo povo. O povo é usado e abusado. Só temos importância durante as eleições e, infelizmente– as diretas já – mais serviram à classe política.

Foi-se o tempo dos nossos mártires que deram as suas vidas pela liberdade-comum. Hoje nem podemos esperar que exista alguém que se assemelhe ao Padre Antonio Feijó, que exija a nossa liberdade econômica. Nem ousamos sequer esperar que alguém compreenda e faça algo concreto, para que o povo não continue tão escravizado, tão torturado pela má administração-pública.

Aqueles que ganham um salário-“ínfimo” continuam a ser escravos. Escravos pertencentes a qualquer etnia, brancos, negros, índios, escravos não vindos do tráfico, escravos surgidos do mal – dirigenciamento e lucubração daqueles eleitos por nós, povo mal esclarecido e condenado à solidão cultural socioeconômica.

O atual governo prometeu em tempos de campanha dobrar o salário mínimo. A questão não é dobrar ou triplicar ou... O que nos é constitucionalmente devido é um salário digno compatível com aquele que prevê a nossa Constituição: “salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhes preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação para qualquer outro fim”.

O que de verdade existe é que estas ilustres pessoas do nosso Parlamento não conseguem nos assegurar nem mesmo o direito constitucional de um salário digno.

E dizem que não há dinheiro suficiente, que o ínfimo salário não pode nem ao mesmo receber um aumento significativo porque quebraria a Previdência Social. O que quebra a previdência são os desvios de dinheiro, é a corrupção generalizada, é a falta de força política.

E dizem que os empresários que os empregadores de um modo geral não podem arcar com aumento salarial. Concordo! Mas a solução deve estar no rebaixamento dos juros, numa diminuição da carga tributária. Não é preciso ser um “expert” em economia para compreender tal lógica.

Ainda assim, no dia 7 de Setembro, comemoramos o aniversário de independência de nossa querida pátria. Afinal ela continua a mãe gentil de todos os seus filhos, alguns, muitos ingratos, desse solo brasileiro rico e fértil.

Dias melhores virão! Haja vista a alternância do poder.