(de Vitória da Conquista – Bahia) Se existem fantasmas, com certeza estes receberiam o nome de “traição no casamento”. Creio que deva ser uma das piores expiações na vida de uma mulher ou de um homem saber que seu (a) amado (a) está com outra pessoa desfrutando dos prazeres da carne. Deslealdade, perfídia, infidelidade ou como se dizia no Século 19, felonia.
 
Até pouquíssimo tempo atrás, se matava alguém no Brasil, a mulher traidora ou o homem amante, e alegava-se a ingenuidade do crime que levava o título de LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA; se a glória e a reputação da família, da moral e dos bons costumes tinham até defesa no crime de morte, imaginemos o quão era valioso o poder do exercício da monogamia?
 
Pessoas que traiam seus amantes, seus consortes, em suas próprias casas, nas mesmas camas onde aqueles que juraram fidelidade até a morte aos pés do onipotente, repousavam em horas menos agitadas; muitas vezes durante a jornada de trabalho dos funcionários ou enquanto os filhos estavam no playground; gente que não teve medo, pudor ou qualquer outro tipo de seguimento ético na hora do simples prazer de estar com outra pessoa.
 
Historicamente o homem trai por trair, raramente ele se vê apaixonado pela outra ou outras pessoas. O homem muitas vezes necessita provar para a sociedade machista que ele pode ter várias mulheres. A mulher também trai e pelos mesmos fatores históricos, geralmente atraiçoa quando se vê abandonada pelo marido ou quando percebe que está sendo atraiçoada; a mulher se apaixona pelo seu amante e consegue viver outro romance similar ou mais fervente do que quando conheceu o marido.
 
Quando o homem ou a mulher percebe que algo está errado na relação e que o outro se comporta de modo diferente é a hora de contratar um detetive. Qualquer um deseja saber com quem, quando e como o parceiro está lhe traindo; as pessoas nutrem este desejo mórbido de saber tudo, ou para mostrar por fatos que tem a razão ou para preparar a vingança. Os profissionais de investigação, não reconhecidos pelas polícias, prometem resultados reveladores e utilizam métodos infalíveis, pelo menos é o que está escrito nos anúncios espalhados pela internet, jornais e revistas.
 
Existem algumas sugestões que podem ser observadas com mais carinho, para tentar saber se o companheiro ou companheira está envolvido (a) com outra pessoa. Se a suspeição anda rondando a sua vida e está afetando seu desempenho social e profissional, basta acompanhar alguns critérios.
 
A grande maioria dos que procuravam investigações sobre adultério era do sexo feminino. Mas hoje são bem diferentes; o homem tem cada vez mais procurado o profissional chamado de Detetive. Mais como saber se você está sendo traído (a)? Todo homem ou Mulher deixa escapar alguma pista, isso é fato; quando existe outra pessoa na vida de alguém casado, é só observar com atenção o comportamento do mesmo; que facilmente muda quando está sendo infiel. Se ele apresentar alguns destes sinais isolados, pode não representar nada, apenas uma desatenção, mas dependendo dos sinais, principalmente se ele nunca os apresentou antes, fique esperto; vejam alguns sinais infalíveis:
 
a)      Quando chegam as contas, ele ou ela trata de escondê-las rapidinho. Ou pior: você não vê conta nenhuma porque ele (a) s transferiu para o trabalho - para esconder gastos com telefonemas pelo celular ou com cartões de crédito em restaurantes, motéis, presentes para o amante. As contas de cartões de crédito e celular normalmente traduzem parte destas desconfianças de um membro do casal.
 
b)      Ele (a) sempre foi mão-aberta com os filhos e, de repente, passa a controlar o dinheiro. Lembre-se: amante é despesa!
 
c)       Ele (a) era tão desligado com a vaidade e, do dia para a noite, vive lindo (a) e cheiroso (a). De quebra, entrou na academia e aparece com roupas novas. É batata para o outro (a) precisa parecer mais jovem e atraente. Ficou - tudo tão de repente! - mais tolerante com você e parece até o marido (a) perfeito, não se importa que você fique pendurada horas no telefone, tampa fazem as coisas tudo certinho... Claro, não quer briga. Tudo pra ficar um falso clima de estabilidade.
d)      Ele (a) se incomoda de ver você muito quieto (a) É pura culpa, está com medo que você desconfie da traição.
 
Tudo isso pode ser descoberto sem nenhuma ajuda profissional, mas vá com calma porque podem existir sinais nem tão claros ou que signifiquem uma traição.
 
e)      No meio de uma conversa, como quem não quer nada, experimente dizer que um amigo (a) contratou um detetive e descobriu que seu parceiro, está pulando a cerca. Analise a reação. Se tiver uma amante, vai ficar nervoso (a) imediatamente.
 
f)       Calcule mais ou menos qual é a distância entre a sua casa e o trabalho dele (a). Sem que perceba, cheque o hodômetro do carro e veja se a quilometragem está batendo ou se está se desviando no meio do caminho.
 
g)      Preste atenção à rotina de trabalho veja se começa a sair de casa mais cedo do que costuma, ou a dar desculpas de atrasos noturnos, alegando compromissos de trabalho. É sinal de fumaça. E onde há fumaça... Há fogo.
 
h)      Se puder, verifique no celular as chamadas feitas e recebidas. Estão todas apagadas? Está se livrando dos rastros dele (a)...
 
Finalmente, se você acha que tem provas suficientes da traição, primeiro esfrie a cabeça, às vezes as aparências enganam, mas se as evidências se concretizarem você estará com um problema sério para resolver.
 
Alguns profissionais de investigação sugerem um questionário, coisa que qualquer jurista entendido no tema “família” discordaria, qualquer psicólogo ou psiquiatra execraria de plano a tomada de direção de tais aberrações; veja alguns exemplos de perguntas sugeridas pelos detetives:
 
Faça essas perguntas para si mesmo. Se a maioria for SIM, com certeza você está sendo vítima de adultério. Confira:
1.       Tem usado mais perfume ultimamente?
2.       Tem praticado esportes ou feito exercícios com mais freqüência?
3.       Está mais interessado em comprar roupas novas?
4.       Sai de casa mais arrumado para fazer ações banais, como "tomar um ar", e até troca de roupa para isso?
5.       Gasta mais com sapatos, roupas e perfumes?
6.       Pede que você prove novas formas de fazer amor, coisa que não fazia antes?
7.       Insinuou que você deve fazer algo para ficar mais bonita?
8.       Muitas vezes quando você atende ao telefone alguém desliga na sua cara, sem dizer nada?
9.       Começou a gostar de ouvir música no quarto, sozinho (a) e com a porta trancada, de uma hora para a outra?
10.   Quando vocês têm um momento mais romântico ou vai colocar os filhos (se vocês tiverem) para dormir, você o vê com os olhos cheios de lágrimas ou evita olhar para você nos olhos? É o sentimento de culpa.
11.   Passa muito mais tempo com os amigos (a), mas fora de casa?
12.   Tem se queixado de males físicos, como "dor de cabeça", na hora em que você quer transar?
13.   Tem dado presentes íntimos sugestivos, como calcinhas ou camisolas sensuais?
14.   Faz tempo que não diz que você é bonito (a) ou sexy?
15.   Às vezes você vê que não está usando a aliança?
16.   Há algum tempo começou a trabalhar até tarde e a ter reuniões no final de semana, mesmo sem mudança aparente no emprego?
17.   Na conta do cartão de crédito, você encontrou alguma loja ou restaurante estranhos, que você não conheça e ele "não lembre?”
18.   Muitas vezes ele chega a casa com a aparência de quem acabou de tomar banho?
19.   Você já encontrou algum bilhete estranho ou chave desconhecida nos bolsos?
20.   Você notou que às vezes volta para casa com peças de roupa desconhecidas, presentes incomuns ou com a roupa amarrotada demais.
 
Chega a ser uma aberração acreditar que alguém que se rotule profissional em alguma coisa sugira o questionamento de coisas tão idiotas; as pessoas podem mudar hábitos, roupas, perfumes; elas podem e têm o direito de gostar e desgostar de qualquer questão sem ter envolvimento com qualquer tipo de desnível de caráter, portanto, jamais siga as orientações deste tipo de gente; eles querem apenas seu dinheiro!
 
O capítulo moderníssimo da Lei Brasileira não preceitua mais nada em relação à infidelidade conjugal; maridos e esposas devem obrigações uns aos outros, mas não como era até meados da década de 70 e o fato é que ninguém mais tem algum receio de sair de casa e assumir uma relação fora do casamento, isso já deixou de ser um tabu ou uma vergonha social, mas a corda ainda continua arrebentando sempre para o lado feminino; o pouco que ainda se cobra de explicação é a fatia da “obrigação” feminina, aliás, jamais recebeu a alcunha de “corna”, mas quando ela trai principalmente em cidades muito pequenas, o fato é tratado pela comunidade como algo relativo à prostituição.
 
A traição é um fenômeno difícil de mensurar, mas parece que as mulheres estão cada vez mais infiéis e que os homens infiéis começam a sentir-se culpados. A independência feminina promoveu mudanças na mulher em muitos aspectos da sociedade, especialmente no que se refere ao mercado de trabalho.
 
Estudiosos classificam a infidelidade conjugal em três tipos básicos: a traição como desejo de novidade para vencer o tédio do casamento; a traição como afirmação da feminilidade ou da masculinidade - é o caso dos traidores compulsivos que precisam de nova conquista para descartá-la em seguida; e a síndrome de Madame Bovary (personagem do romance de Flaubert sobre a infidelidade feminina), em que a insatisfação afetiva leva à busca de um amor romântico que não existe. Em todos os casos, homens e mulheres encaram a traição de maneira diferente; o homem e seu desejo de vingança e morte e a mulher com a baixa da estima e vontade enorme de refazer a vida.
 
Um dos poucos caminhos a se seguir após uma confirmação de um relacionamento conjugal onde há uma terceira pessoa participando ativamente é o diálogo; eu desconheço qualquer alternativa senão conversar, esclarecer e reconciliar ou encerrar um capítulo. É possivelmente plausível que através de uma boa conversa civilizada o casal consiga uma solução para o problema, mesmo que esta solução seja o divórcio ou o término da relação, mas também se escolherem o caminho da reconciliação cabe a ambos apagarem de suas memórias o que ocorrera; também não é desonroso nem para o homem e nem para a mulher conviver com a remota lembrança de que seu amado teve um dia outro alguém além dele ou dela.
 
Esqueça o detetive, esqueça a vingança, esqueça as frustrações e as lamúrias dos amigos; pense positivamente e “bola pra frente”; a vida continua para todos e para os que acreditam no destino, quem sabe ele não lhe reserve algo bem melhor adiante...?
 
 
Carlos Henrique Mascarenhas Pires

CHaMP Brasil
Enviado por CHaMP Brasil em 28/04/2009
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