RECONHECENDO DEUS

Um dos maiores testemunhos em favor da Bíblia é a coerência consigo mesma, concordando com seus princípios do início ao fim, apesar de que a maioria dos seus autores não serem conhecidos entre si, tampouco terem o mesmo nível cultural, sendo que uns nem tinham cultura alguma. Outro é o cumprimento de suas profecias, atestado pela história e arqueologia.

Entre tantos testemunhos, porém, um dos maiores a favor das Escrituras Sagradas, que cala cientistas ateus sensatos, são os achados arqueológicos comprovando seus relatos, bem como a existência de seus personagens. Entre esses está o estudo da geologia e paleontologia, demonstrando que hipóteses como o Dilúvio e a Criação possuem evidências mais contundentes do ponto de vista científico que as teorias que negam a existência de Deus.

Em seqüência, um testemunho incontestável em favor da Palavra de Deus é o resultado benéfico da aplicação de seus conselhos sobre saúde do corpo e da mente, os quais não teriam sido pensados por seres humanos no tempo em que foram escritos, quando os egípcios e outros povos tidos por inteligentes viviam em média trinta e cinco anos e os israelitas, cuja vida era orientada pelas receitas de saúde dadas por Deus a Moisés, viviam setenta e cinco. Tais efeitos podem ser observados por todo aquele que os praticar fielmente e comprovados pela ciência e medicina atuais. Entre eles podemos listar os efeitos do descanso e a forma do descanso diário e semanal (sabático), o uso de alimentação saudável, abstendo-se de carnes imundas e consumo de gordura animal e sangue; o uso de vegetais na alimentação, do azeite de oliva como alimento e remédio, da água limpa para benefício interno, da higiene pessoal evitando contaminação, do saneamento comunitário, evitando disseminação de doenças, do uso da luz solar, do ar puro e tudo o mais em favor da prevenção e cura.

Outro grande testemunho é o fato de a Bíblia ter sido guardada do extermínio por pessoas pobres e sem importância social, que morreram sem poder usá-la em benefício material próprio, sendo que os que tudo fizeram para exterminá-la sempre foram os que a distorciam com vistas em ganhar dinheiro. E tal testemunho é reforçado pelo fato de que os defensores da Bíblia foram mortos justamente por aqueles que a deturpavam.

Grande testemunho em favor da Bíblia também é o fato de que as escrituras originais mais antigas, a exemplo das encontradas no Mar Morto, de mais de 200 anos antes de Cristo, mostram que a Bíblia não foi alterada, sendo que os textos atuais continuam fiéis aos originais.

Todavia, o maior de todos os testemunhos é a atuação direta e sobrenatural de Deus no caráter, comportamento e vida das pessoas que creem nas promessas Bíblicas, não duvidando de que Ela é a Palavra de Um Deus Criador, praticando suas ordenanças, seguindo seus princípios e considerando que esse Deus é infinitamente e incomparavelmente mais inteligente que o mais inteligente dos seres humanos.

AMPLIANDO O CONCEITO

Este texto foi ampliado, implementado para suplementar uns poucos itens que o amigo leitor Igor Roosevel combateu no artigo anterior, CONTRAPONDO EM FAVOR DA BÍBLIA, que publiquei no Recanto das Retras querendo esclarecer tantas quantas forem possíveis as dúvidas em relação à divindade da Bíblia. Não seria, entretanto, com texto tão resumido que poderia cercar e anular todas as críticas contra a Palavra dita de Deus. Todavia, fora deste texto há milhares de estudos científicos e achados arqueológicos estudados e autenticados por especialistas credenciados e renomados, sustentando com grande propriedade a certeza de que a Bíblia é um livro acima do natural, impossível de ser idealizado por homens, sendo que a maioria dos ditos crentes atuais, os quais seriam os representantes dos que a criaram, distorcem suas palavras conformando-as a seus objetivos particulares.

Os livros de história, desde os de autores mais incrédulos até os dos mais crentes testificam do cumprimento das profecias, bastando conhecer o texto da Bíblia e comparar com os fatos históricos. Afirmo isto com a autoridade de quem cursou nível superior em História e alguns seminários. Todavia, a profecia de Sofonias 1: 14 a 17 nem carece de livro, pois vimos se cumprir em parte em 11 de setembro de 2001. O mesmo se dá com a profecia de Naum 2:4, que vemos se cumprindo a todo momento nas ruas e avenidas das cidades, a despeito de Voltaire ter censurado Newton que falava sobre ela trezentos anos antes. Daniel 9:26, escrito por volta de 500 a.C., refere-se ao nascimento de Cristo, a destruição de Jerusalém em 90 A.D. e a situação atual dos judeus na Palestina. Sem contar as profecias de Cristo sobre o Terremoto de Lisboa, de 1755, da Revolução Francesa, de 1793, dos decretos anticristo e abolição da imprensa francesa, da queima das Bíblias na praça de Paris em 1793, do ressurgimento da Bíblia na França em 1798, da morte do papa Pio IV em 1798 pelo general Bertier, do restabelecimento da Roma Papal em 1803 por Napoleão, do restabelecimento da Roma Estado em 1929, do dia escuro e da queda das estrelas na primeira metade do século XIX, do movimento para a volta de Cristo e reforma da Lei de Deus a partir de 1844, entre outras centenas de profecias de uma linha de tempo cumpridas precisa e cronologicamente.

Em seu livro, Descobrindo as Profecias de Daniel, o escritor norte-americano Mark Finley conta a história de Tomóteo Dwigth, reitor da Universidade de Paris durante e Revolução Francesa. Diz que se instalara no campus um movimento em acordo com a filosofia ateísta da Revolução, onde os alunos desafiavam os professores pregando que a Bíblia era falsa e Deus Jamais existira, sendo que nenhuma profecia jamais tivera cumprimento. Certa tarde, Timóteo Dwigth entrou na capela do campus arqueado sob o peso de tantos livros de história que trazia. Chamando à frente o líder dos alunos, abriu a Bíblia no livro de Daniel, procurando as passagens e apontando nos livros de história o que entendia ser o cumprimento, pedindo que o aluno lesse em voz alta a passagem bíblica e o fato histórico nos livros.

Após algumas horas, a salva de palmas dos alunos ao final de cada leitura era tão longa que não haveria mais tempo para prosseguir a investigação. Então o líder estudantil confessou que não havia mais dúvida da precisão das profecias bíblicas, recebendo apoiado dos alunos presentes.

Todavia, se fosse agora apresentar todos os fatos, publicaria muitos livros.

Há estudos científicos sérios, apoiados também por ateus, de que havia um único continente, o Pangéia. Todavia, ele se dividiu. Estudos de geólogos credenciados, doutores e professores universitários, mostram que a erupção de vulcões gigantescos e abalos sísmicos dividiram esse continente, sendo que as rochas basálticas (magma vulcânico – os quais examinei pessoalmente em uma expedição) da serra do Rio Grande do Sul até São Paulo são a prova de que um desses vulcões dorme hoje no fundo do Atlântico Sul. Testes de laboratório provam que as camadas sedimentares, como é a formação da terra, somente se formam por decantação das diferentes tipos de terra num recipiente ou numa enchente. A erosão causada por ventos e chuvas normais produziriam uma formação escamosa, pequenas placas sobrepostas umas às outras nas extremidades, que seriam setorizadas, diferentes conforme a intensidade de chuva e de vento em cada região. Todavia, não é assim. As camadas sedimentares são uniformes formando placas contínuas.

Não seria possível encontrar qualquer fóssil se a fossilização dependesse da erosão, pois até que o animal morto estivesse coberto para então fossilizar ele já teria se decomposto há milhares de anos. De qualquer maneira, o fóssil de um elefante estaria em várias camadas geológicas, indicando que ele foi fossilizado em períodos diferentes, distantes entre si milhares e milhões de anos. Entretanto, há fósseis de peixes cujo almoço está em sua barriga, indicando que fossilizou instantaneamente, o que só seria possível com uma cobertura rápida.

Só mesmo uma grande enchente poderia soterrar tantos animais de forma tão rápida distante de regiões vulcânicas ou terremotos. Estudos apontam que toda essa água, que cobriu até o Everest, veio do céu, onde tinha muito mais, porém, de forma invisível, e dos lençóis freáticos, retornando após o Dilúvio para seus lugares de origem, formando também as calotas polares, além das nuvens que flutuam por todo o espaço terrestre.

Somente uma grande enchente poderia soterrar toneladas de árvores a níveis tão abaixo do solo formando imensas jazidas de carvão. Milhões de corpos orgânicos não teriam mergulhado por suas próprias forças, tampouco espontaneamente, nas profundezas da terra ou do oceano para formar as grandes jazidas de petróleo, material totalmente orgânico, se não fossem empurrados por uma onda imensa.

O gráfico evolucionista mostra que a vida se desenvolveu de quinze milhões de anos para cá, dando um salto significativo em torno de dez mil anos atrás, quando teria havido uma explosão no número de espécies. Mostra, porém, que logo depois desse mesmo tempo algum fenômeno causou uma queda brusca no número de espécies, restando de todas apenas em torno de cinco por cento.

A Bíblia diz que a terra, a vida animal e vegetal, bom como a humanidade foram criadas há pouco mais de sete mil anos, sendo a humanidade, os animais e os vegetais destruídos pelo Dilúvio em sua quase totalidade em torno de seis mil anos atrás, restando aproximadamente cinco por cento das espécies anteriores.

O Dilúvio foi a catástrofe das catástrofes. Foram águas a cair sem medida e gêiseres explodindo como bombas, jogando toneladas de rochas para o ar. Ventos incalculáveis moviam essas águas de um lado para o outro levando e soterrando toneladas de terra, pessoas, animais e plantas, enquanto grandes meteoros perfuravam as águas formando ondas gigantescas e crateras colossais. Terremotos de proporções excomungais engoliam grandes maças de terra, pessoas, animais e plantas, sendo reforçados por vulcões gigantescos. Então moviam as placas tectônicas para formar as grandes cadeias de montanhas e cordilheiras como os Andes, o Himalaia, etc., além de abismos como os oceanos, deixando sobre boa parte da terá uma grossa camada de lava que formaria o basalto, de onde tiraríamos o quartzo e algumas pedras semipreciosas que se formam no interior das bolhas incandescentes.

Além disso, estudos antropológicos demonstram que a “lenda” do Dilúvio é comum a todos os povos primitivos do planeta, sendo encontrados vestígios e lendas desse fato do oriente ao ocidente, de norte a sul. Uma história que que todos contam não pode ser chamada de lenda, visto que é um fato, pois lendas são crendices regionalizadas.

Quando não se tinha encontrado as ruínas da Babilônia, no século XIX, os ateus diziam que a Bíblia era mentirosa porque somente ela falava da Babilônia, bem como de Nabucodonosor. Todavia, se achou a ruínas da Babilônia justamente onde os beduínos, tidos pelos ateus como sem credibilidade, diziam que ela estava. Todavia, a Bíblia continuou sendo mentirosa porque não haviam provas da existência de Nabucodonosor, o que se achou entre os tijolos da biblioteca da ruína. Ainda assim a Bíblia seguiu mentirosa, pois se sabia que o último rei da Babilônia era Nabonido, diferente do que a Bíblia relata em Daniel dando conta que Belsazar estava no trono na noite da tomada da cidade. Depois se achou o tijolo em que Nabonido diz que vivia em tratamento de saúde fora da Capital, sendo substituído por seu filho Belsazar. Isto coincide com a Bíblia, pois ao ver uma mão misteriosa escrever na parede do salão enquanto lá festejavam, Belsazar disse que aquele que interpretasse a escritura seria o terceiro no reino.

Depois disso, provas de muitos outros personagens bíblicos foram encontradas, bem como provas de acontecimentos como a queda de Jericó, a existência e destruição de Sodoma e Gomorra, que foram encontradas sob mais de um metro de cinzas, além de vestígio de fogo em seus cemitério, o que indica que não foram destruídas em guerra, pois os povos pagãos respeitavam aos cemitérios, onde acreditavam haver deuses, provas da existência do rei Sargão II, etc., e nem por isso os ateus deixaram de lançar dúvida sobra a autenticidade da Bíblia.

Até aqui, portanto, profecias foram vistas se cumprindo, os estudos sobre a formação da terra e das espécies são mais favoráveis ao Dilúvio do que qualquer outro evento, além que escavações e achados arqueológicos dão conta que as narrativas Bíblicas são verídicas. Essas três evidências combinadas reforçam a autenticidade da Bíblia, comprovando que ela é uma escritura além da capacidade humana, muito acima do natural, sendo, logicamente, a Palavra de Deus.

Para refutar a importância para a humanidade e o caráter acima do natural da sabedoria sobre higiene, prevenção e cura contida na Bíblia, é preciso antes mostrar os conhecimentos dos outros povos realmente benéficos para a prevenção da saúde e a manutenção de sua sociedade.

Não se pode negar a capacidade construtora dos egípcios, babilônicos, primitivos americanos, bem como dos chineses. Mas de que serviram e servem suas obras faraônicas? De que servem as carrancas gigantescas da Ilha de Páscoa? A filosofia grega, embora tão racional, não teve poder para manter coesa sua sociedade, tanto que a Grécia esteve apagada por dois mil anos e a filosofia produzida atualmente lá não ajuda em nada.

Onde foi parar o Império Romano, o que se deu com a supremacia grega, que fim levaram os fenícios, os catargineses, os assírios, os babilônicos, os medos-persas, os nativos americanos, etc.. O que é feito da maioria dos paises africanos, da Índia, dos árabes, do Egito, dos chineses e dos outros tártaros, bem como da cultura pagã nórdica?

Os fenícios, os assírios, os babilônicos, o medos-persas, o Egito, etc., transformaram-se numa grande Arábia, forte em alguns setores no sentido econômico, mas muito sensível no sentido social, onde paises e tribos ainda rivalizam uns com os outros, matando-se por causa de poços de água no deserto. Sem contar a enorme diferença que há entre os poucos ricos e os inumeráveis pobres. O império romano deteriorou-se, predominando em Roma o Cristiano, embora que paganizado, mas em parte trazendo os conhecimentos úteis dos judeus. Por dois mil anos a Grécia nem Estado foi. Todavia, o Estado que é hoje se firma sobre uma base cristã, embora que também paganizada, mas tem parte dos conhecimentos judeus. Os nativos americanos dizimaram-se, exterminando-se mutuamente por causa de sua base social discriminativa, que era baseada em sua cultura religiosa, a qual dava lugar aos conflitos tribais. Se não fosse pelas leis dos paises, a cultura africana original de deuses obscuros e feitiços já teria desaparecido completamente, pois os paises africanos jamais se firmaram enquanto o cristianismo, embora que paganizado, não foi estabelecido como base cultural e social, minimizando os conflitos tribais em alguns deles. Nesse caso, embora que em parte, está inserido o conhecimento judeu. Todavia, onde há o islamismo predomina a discórdia entre irmãos e os conflitos étnicos, religiosos e tribais, a exemplo do que se passa no mundo árabe. O paganismo nórdico foi substituído pelo cristianismo, embora paganizado, mas tendo parte dos conhecimentos judaicos. Só então os países do norte da Europa se firmaram e deram uns passos em direção à evolução, saindo daquele pensamento místico de augúrios, holocaustos humanos e insanidade pessoal e coletiva que produziu tantas mortes. De qualquer forma, o conhecimento científico na Europa só se desenvolveu depois do movimento da Reforma, quando então o cristianismo perdeu boa parte do seu paganismo católico romano, recuperando ainda mais substâncias do conhecimento judaico.

Quanto aos chineses e outros povos tártaros, vivem confinados na ditadura, não nos permitindo saber em que pé andam, mas sabemos de sua miséria, de sua afeição por alimentos impuros e danosos, pela falta de afeição uns pelos outros, a exploração econômica mais atroz que no Brasil e o desrespeito generalizado aos direitos das pessoas. Para ser mais atrasado que os indianos, somente alguns países da áfrica, onde talvez nem se cultuam vacas e macacos, tampouco se viva em tamanha imundícia e tanta contradição social e indiferença de uns para com os outros, onde mulheres descalças ostentam caros vestidos e pesadas jóias e onde não se ganha nada para trabalhar por várias pessoas.

Todos esses fatos estão postos aqui de forma reduzida.

Em contrapartida, os judeus, com os conhecimentos da Bíblia, que sempre tiveram e praticaram muito, têm a segunda maior expectativa de vida do mundo, perdendo por pouco para os adventistas do sétimo dia, que utilizam as mesmas normas de saúde e seguem a Lei de Moisés de forma não radical. Judeus também e crentes são a maioria dos pais da Ciência Moderna, como Newton, por exemplo, sem falar dos ditos ateus. Sem contar que pesquisas recentes dão conta de que 45% dos melhores cientistas do mundo são crentes, 5% não opinam a respeito e 50% dizem-se ateus.

Os judeus possuem grandes e avançadas universidades, além de grandes hospitais, sem contar que investem dinheiro e pessoas em pesquisas científicas importantes, sendo seguidos nisso pelos adventistas, que, além de suas grandes universidades, seus hospitais tratam de doenças que muitos outros hospitais não tratam, como o Fogo Selvagem e a Doença do Pênfico.

Em nível social, os judeus entre si são muito mais coesos que qualquer outro povo e sempre foram. Sua cultura religiosa e unidade os manteve durante todo o período em que foram perseguidos em todos os países por onde andaram e, em vez de enfraquecê-los, tornou-os sempre mais fortes, participando mais da política desses lugares, de sua cultura, da indústria e economia em geral, sendo os mais ricos em muitos países.

Isso tudo sem considerar que Israel não é quase nada em nível de território e população em meio aos países de cultura islâmica, entretanto pode fazer frente a todos eles ao mesmo tempo e certamente não perderia num conflito armado.

O que há de tão especial? Onde estão os efeitos dos conhecimentos úteis dos outros povos? Qual a diferença que tais conhecimentos têm feito a esses povos? Porque um povo tão pequeno e tão perseguido é a cabeça em tantas áreas e não é a cauda?

Por causa da mesma coisa sobrenatural, o conhecimento além do natural da Bíblia Sagrada, que vem de Deus e pode melhorar qualquer um, estando a disposição do todo que dela lançar mão.

A Igreja Católica alterou sua versão da Bíblia, incluindo nela livros apócrifos que contradizem o restante da Escritura. Todavia, apesar de que os prelados eram a grande ameaça às pessoas que preservaram a Bíblia e sua escrita, ela manteve-se intacta embora que seus defensores sofressem tortura e morte na fogueira, guilhotina e masmorra. Portanto, a ameaça jamais foi a quem quisesse alterar a Bíblia, mas a quem desejasse preservar seu conteúdo. Os ameaçadores eram justamente os que pretendiam alterar o texto sagrado, que foi defendido pelos ameaçados, que não tinham poder para ameaçar, tampouco revidar as ameaças. Ordens papais mandavam torturar e matar quem guardasse, portasse a Bíblia ou porções dela. A exemplo do que fizeram os ateus durante a Revolução Francesa, os papas mandaram exterminar a Bíblia, monopolizando ao papa lê-la e interpretá-la conforme a doutrina católica.

Em nossos tempos, há também a Bíblia alterada das Testemunhas de Jeová. Todavia, eles estão sozinhos com sua versão, que é confrontada com a versão aceita universalmente, a qual está em conformidade com as escrituras originais e em concordância consigo mesma.

Portanto, dizer que a Bíblia não foi alterada por medo das ameaças a quem a alterasse, quando a maioria dos ateus, céticos, agnósticos, espíritas, esotéricos e novaeristas propagam a boca solta que ela foi alterada, é uma grande contradição, pois ela não foi alterada justamente porque seus defensores não temeram as ameaças dos que pretendiam alterá-la. E, sendo que os defensores não ganharam nada defendendo-a, ao contrário, perderam tudo, resta deduzir que tão forte poder para defender a Bíblia só pode mesmo ser o poder de Deus.

Nem sempre confiei plenamente na Bíblia. Nasci e cresci na Igreja Adventista do Sétimo Dia, aprendendo sua doutrina da forma superficial como as crianças e os adolescentes aprendem as coisas em geral. E aos quinze anos deixei minha fé justamente por não mais crer que a Bíblia era a Palavra de Deus e que Ele realmente existia. Por quase dezenove anos continuei duvidando, mas mudando de opinião à medida que ia estudando e conhecendo as sentenças dos que como eu não criam, avaliando suas lógicas e confrontando com o pouco que eu conhecia da Bíblia. Após estudar muita história e conhecer muito mais sobre ciência, me convenci que os fatos e os personagens da Bíblia são verdade, seus ensinamentos sobre saúde, bem como sua Lei, são perfeitos e que as profecias Bíblicas são fatos confirmados pela história.

Portanto, se alguém diz que por eu não duvidar da Bíblia meu testemunho não é valido, tal afirmativa não tem valor, pois já duvidei e tive que reconstruir fora dela parte substancial da base que hoje me faz crer.

Então, conclusivamente, reafirmo e sustento o que disse no texto TESTEMUNHO EM FAVOR DA BÍBLIA, que publiquei ontem no Recanto das Letras e foi criticado pelo amigo leitor e escritor Igor Roosevelt – a Bíblia é a Palavra do Único Deus que existe, o Criador do céu e da terra e das fontes das águas, bem como de tudo o que neles há.

A CRENDICE ATÉIA

Paradoxalmente, dou início a este texto afirmando categoricamente que ser ateu nada mais é que uma forma de crendice. Ateus crêem, e, na maioria das vezes, cegamente, pois determinam sem provas (o que é crendice) que Deus não existe. Isto, sem contar outras crenças insólitas, como a teoria do Big Bang e a da geração espontânea e a da evolução das espécies. Mas este é somente o primeiro parágrafo, onde digo também que ateus crêem que são as pessoas mais sensatas, mas lúcidas e mais racionais, determinando, na maioria das vezes, que a razão humana é deus.

Todavia, presume-se que ser ateu é ter certeza de que não há Deus, não há um sujeito da causa, que é a existência do Universo e de tudo o que nele há. Ateus estão certos de que há a causa, mas duvidam que exista seu causador. Convém observar, porém, que alguns deles é que têm essa certeza, mas tal certeza é insólita na mente de quase todos, pois nenhum jamais produziu prova de que não há.

Outro pressuposto sobre ateísmo é imaginar que ateus são somente os que não crêem na existência de deus ou deuses. Isto não é verdade. Ateísmo é não crer na existência de Deus, o Deus, aquele que é animado, que age, que é Criador, que criou todas as coisas e governa todos os elementos. Os faraós, por exemplo, criam que eles próprios eram deus. Portanto, para eles podia haver um deus, mas não o Deus. O faraó do êxodo chegou a dizer para Moisés, “quem é o Senhor para que eu o obedeça? Eu sou o senhor!”

Quem cria um deus o cria porque presume que não exista Deus, então quer preencher essa vaga, pois acha que carece de um deus, ou o faz para afirmar-se frente ao Deus verdadeiro, mostrando-se independente. Criar um deus é eleger a si mesmo como deus, pois o criador do deus certamente criará os poderes que atribuirá ao seu deus, que ele somente terá porque os recebe de seu criador. A própria vida do deus criado é inventada por seu criador.

Portanto, ateísmo não é somente não crer na existência de Deus, mas não se submeter a Ele, não reconhecer Sua soberania, embora tendo certeza que Ele existe. Muitos ateus, como Ninrod, tinham tanta certeza da existência de Deus que construíram uma torre dizendo que com ela se defenderiam dEle caso tivesse um novo ataque de fúria. Por estar certo de Sua existência, determinou-se a afrontá-lo.

Opor-se a Deus é a forma mais comum de ateísmo, pois se acho que posso medir força com Ele é porque não reconheço Seu poder e supremacia, tampouco minha dependência dEle, e um deus sem poder não é Deus. Logo, dessa forme decreto que não há Deus. Muitos ditos ateus colocam-se contra os argumentos a favor da existência de Deus dessa maneira, desafiando Deus.

Logo, a incoerência é idêntica, seja na linha de raciocínio do ateu que não admite nenhum deus, ou na do que cria deuses e os adora, pois ambos ignoram a autoridade do Deus ativo.

Caso semelhante é o de Nabucodonosor. Homem guiado por seus instintos primitivos, cheio de orgulho de si mesmo, o que lhe dava a certeza de estar mais elevado que os outros, seja no sentido intelectual ou no sentido material. Portanto, logo se imaginou deus, e não só imaginou como se proclamou deus, pois via que tudo estava à sua mercê, então se outorgou o poder da vida e da morte, matando de forma contumaz e impiedosa.

Alguma diferença do dito ateu moderno para Nabucodonosor? No orgulho e auto conceito de superioridade intelectual são idênticos, embora que os ateus atuais são mais racionais e possuem mais conhecimento. Todavia, os gregos também eram mais racionais e tinha mais conhecimento, nem por isso deixava de crer em seus deuses. Contudo, poderia dizer que Nabucodonosor e os ateus atuais diferenciam-se no fato de o ateu moderno não crer em nenhum deus inventado e nem adorar algum. Todavia, nisso também são iguais, pois Nabucodonosor não cria em nenhum deus inventado, tampouco os adoravas, tanto que mandou construir uma estátua de si mesmo com as medidas de todos os deuses babilônicos, significando a submissão deles a ele, e determinou que todos se curvassem em adoração a ela, enquanto ele mesmo manteve-se sentado.

Quanto à crueldade notável de Nabucodonosor, os ateus costumam rebater os argumentos cristãos em favor da Bíblia e de Deus lembrando quanto os religiosos mataram durante a história da humanidade, tre milhões de pessoas, por exemplo, que a dita Santa Inquisição queimou, decapitou e matou a base da tortura em alguns séculos. Todavia, escondem os números do ateísmo, o iluminismo, que promoveu o banho de sangue da Revolução Francesa, sem contar outros tantos pelo mundo por conta da inspiração no mesmo movimento, e o comunismo, que em menos de um século consumiu cem milhões.

Quanto aos papas, porém, a exemplo dos faraós, de Nabucodonosor, de Alexandre, dos Césares, como dizer que alguém que se põe em lugar de Deus em franca oposição a Ele, alterando Sua Lei, instrumento de Sua soberania, outorgando-se a si os atributos dEle, como perdoar pecados e decidir sobre a vida e a morte, crê em Deus? Se cressem, os papas teriam se submetido a Deus, não se posto em franca oposição a Ele, o que fazem ao sentar-se no lugar dEle.

Quanto aos islâmicos, por exemplo, estão completamente opostos a Deus, não cumprem Sua Lei, tampouco Suas ordenanças, matam em nome dEle, sendo que Ele não autoriza, e negam dessa forma toda a Sua soberania. Portanto, não podem ser tidos como crentes a Deus, mas a um deus que está dentro do ego de cada um, pois o que fazem vem de sua mente coletiva.

Vendo desse prisma, mesmo os crimes religiosos podem ser atribuídos aos ateus, pois os verdadeiros crentes em Deus jamais matariam, sendo que em Sua Lei diz “não matarás” e Jesus mesmo disse que não era para resistirmos ao mal, significando que se o povo eleito já não é uma nação, já não tem porque fazer guerra para defender a nação, pois a partir de Cristo o povo eleito é gente do povo de todas as nações.

Em geral os ateus distorcem os fatos dizendo que o comunismo não tem nada a ver com o ateísmo, pois o ser Marx ateu não torna o comunismo ateu, porque o maior de todos os pilares do comunismo é esvaziar o proletário do temor a Deus colocando no lugar o temor ao sistema, o que poderia conduzir à obediência pelo medo, sendo que imaginaram que em vinte anos os seres humanos já seriam completamente submissos ao sistema, então não mais teriam que ser coagidos, daí se estabeleceria o socialismo. Entretanto, nem ai as pessoas teriam liberdade para seguir seus ideais, pois os ideais individuais sempre seria limitados pelo ideal comum e o indivíduo não teria liberdade para julgar e escolher este ou aquele, sendo obrigado a seguir o ideal pré-estabelecido. Os proletários de vanguarda diziam que a crença em deus era uma fraqueza, a qual vinte anos distantes os seres humanos esqueceriam. No sistema de Deus, o ideal individual também está limitado pelo ideal comum, haja vista a Lei Moral, mas os indivíduos têm liberdade para julgar e escolher.

De qualquer forma, os ditos pais do raciocínio lógico, os gregos, tinham seus deuses, nos quais criam, embora esses deuses fossem tão incoerentes e cheios de paixões quanto são os seres humanos. Os pais do ateísmo moderno, a exemplo de Nabucodonosor, fizeram sua própria estátua de adoração e submissão, a razão humana, que foi incorporada em uma mulher, sendo aclamada deusa em procissão à catedral de Notredame (onde os católicos veneram a que chamam de Nossa Senhora). O pensamento lógico de Auguste Conte, pai do Positivismo, o que chamo de comunismo de duas classes, onde os endinheirados, os artistas e os ditos sábios governariam com exclusividade a classe proletária e a seus filhos não seria permitido fazer faculdade, – o pensamento lógico desse grande filósofo racional, que nasceu durante a Revolução Francesa, exerceu as paixões humanas com tal intensidade que chegou a canonizar a primeira santa do ateísmo, sua esposa morta. E veja que ele tinha muitos seguidores, chegando até a fundar uma seita, cujos cultos são feitos nos templos da razão, que têm seus próprios sacerdotes. Tais templos podem ser encontrados ainda hoje acima de uma escadaria em cujos degraus há palavras como ordem e progresso. Marx se inspirou em Auguste Conte.

A única diferença entre o Positivismo e o Comunismo é que no segundo os trabalhadores tomaram o lugar dos donos dos meios de produção, dos artistas e dos sábios, estabelecendo no poder uma elite hipócrita e sanguinária que eles chamavam de proletários de vanguarda.

Portanto, como se viu ao longo do texto, os ateus são crentes e os mais fanáticos entre os tais, pois crêem instintivamente em coisas igualmente improváveis. Alíás, diga-se de passagem, a filosofia liberalista do ateísmo é que está nos levando à hecatombe final.

RAZÃO ENTRE ATEUS E CRENTES

Entre ateus e crentes há certa distância ocupada por considerável diferencial que os põe em oposição em nível filosófico, diferindo suas formas de vida, fazendo que uns vivam melhor do ponto de vista científico, enquanto a prática da vida dos outros demonstra que não praticam a racionalidade que defendem. Esse pequeno diferencial não é Deus, como se pode imaginar, mas a crença e a descrença nEle.

Em contrapartida, entre os crentes há muitas distinções, a exemplo das distinções que há entre os ateus. Uma delas é o fato de a maioria dos crentes crer em coisas inconcebíveis, reduzindo a crença à crendice e superstição, como crer que Deus, o qual se diz de amor, faria pessoas queimar vivas eternamente como castigo por quarenta, cinqüenta anos de transgressão ou crer que o corpo material não mais está sujeito à lei da física ao adotar-se uma prática espiritual, presumindo que a prática espiritual não produz efeito sofre o corpo físico ou não está sujeita a seus efeitos, pelo que dizem que a Lei de Deus foi abolida, bem como o cuidado para com a saúde através da observância das Leis de saúde.

Num extremo estão os incrédulos, que não conseguem ver as evidências da existência de um sujeito no surgimento e continuidade do Universo e de tudo o que nele existe, achando que as causas produzem os efeitos de si mesmas, o que é incoerente do ponto de vista mecânico, pois uma bomba não explodiria a si mesma, carecendo de um sistema de acionamento ou alguém que a acionasse, sendo que em qualquer um dos casos haveria um sujeito. Assim vêm apesar de que vivemos num sistema físico em que toda ação requer quem a produza, o que eles mesmos sustentam. No outro extremo estão os supersticiosos, ditos crentes, que insistem que os efeitos são anulados ou produzidos pela simples crença, não requerendo sujeito para ação, ou atribuindo todas as ações a apenas um sujeito, seja para produzir ou anular, o que também é incoerência do ponto de vista mecânico.

Quanto a Deus, não pode concordar com nenhum dos dois, pois o construtor de em carro não será o motorista a serviço do seu proprietário, mas lhe dará um manual de instruções de como dirigir e tratar, permitindo a ele cuidar, conservar e fazer bom uso, o que resultará em muito da obediência as normas de uso, que o construtor, que sabe como funciona, deixou no manual para que fizesse a vez de sua presença na conservação do carro. Todavia, se a forma de uso não seguir o manual do fabricante, este não poderá garantir a qualidade, a segurança e a continuidade do veículo que ele mesmo fabricou, pois não poderá viver atrás do proprietário tirando-lhe a liberdade com restrições ou recomendações.

Por isto Deus não impediu que o telhado da Igreja Renascer caísse, visto que todos aqueles usuários, sejam os líderes ou seus seguidores, estavam vivendo em contrariedade com as leis de Deus e, por conseguinte, com as da física, não levando em consideração que causas produzem efeitos, não considerando as normas de conservação contidas no manual de instruções do fabricante dos seres humanos e de suas obras, que é a Bíblia Sagrada. Pastores que ensinam que não é necessário respeitar as leis morais e do corpo, também não as respeitam, tampouco respeitam as outras leis, como as do País e da física, por isto fazem milagres falsos.

De igual modo, Deus, que é físico e assim nos fez, pois senão não seríamos nada, vive em concordância com a física (a que conhecemos e a que ainda não conhecemos), a qual requer causa que produza efeito, por isto, por mais que creiamos nos efeitos espirituais, eles não existem dissociados da parte física, senão saímos fora da esfera de Deus, pois ela é lógica, porquê Ele é lógico, fazendo tudo pela matemática, como Newton testemunhou ao dizer que o Universo é uma carta matemática. Mesmo quando a bênção espiritual é um simples bem-estar esse somente é sentido pela parte física, pois se não houvessem as reações corpóreas jamais o poderíamos detectar.

Em concordância com os supersticiosos, tidos como se fossem os crentes e pelos quais os crentes são julgados, os ateus, apesar de que pregam a lei da física e concordam com Galileu quanto aos princípios da ciência experimental, não agem em correspondência com isso, pois desrespeitam as leis do corpo (muitos bebem, fumam, usam drogas, alimentos prejudiciais, agridem aos ouvidos, não descansam adequadamente, etc.), da natureza (muitos devastam florestas, poluem rios, enfumaçam a atmosfera, jogam lixo por aí, etc.) e da convivência (exploram trabalhadores e consumidores, prejudicam a economia com a concentração de renda, são indiferentes com os oprimidos, menos-favorecidos e necessitados, etc.) e tudo isso produz efeito físico. A sociedade conhece o retrocesso da natureza, da economia e da convivência entre pessoas e países. Tudo isso está nos levando ao caos total.

E, não obstante sua crença e conhecimento da lei da lógica, da física, da mecânica, da matéria, etc., sãos os próprios ateus que pregam que o Universo se originou sem causa, pois por mais que expliquem que uma matéria matematicamente zero, contida em um espaço matematicamente igual, permaneceu por um tempo matematicamente equivalente o tempo necessário para produzir a energia suficiente para existir e explodir, tudo isso não surgiu do nada nem por si só. Mesmo admitindo toda a teoria do Big Bang de aqui até à explosão, que é momento mais primordial do universo (segundo a teoria), alguma coisa já havia entes desse princípio e isso já era o Universo, pois ele é toda a matéria que existe. Nenhuma energia existiu antes de existir a matéria, nenhuma matéria poderia existir antes de existir a energia, espaço e tempo, nenhum espaço haveria esperando algo que o ocupasse antes que esse algo o formasse, bem como nenhum tempo teria decorrido antes que houvesse a matéria e o espaço e a energia. Portanto, o segundo zero, virgula zero, zero, a infinitésima última fração anterior a grande explosão inicial não é o momento primordial do surgimento do Universo. Para que chegasse a essa infinitésima fração muita preparação teve que ser causada por algo que a causasse. Antes dessa fração já havia algo que causou tudo e cabe a quem afirma a teoria do Big Bang o ônus da prova para que possa pô-la em substituição à teoria da existência de Deus como causador, pois esta veio por primeiro e carece de tantas evidências para ser sustentada quanto carece a outra.

Entre os extremos, os ateus e os supersticiosos, os primeiros cegados pela razão, achando-se muito ricos para adquirir mais saber ultrapassando o limite da aparente obscuridade da fé, examinando a coerência e incoerência dos conhecimentos, e os outros, cegados pela superstição, achando-se igualmente ricos para saber mais, tornando-se por isso ignorantes e irracionais, – entre esses dois extremos estão os verdadeiros crentes, os únicos verdadeiramente racionais, pois não decretam a falibilidade de nenhum conhecimento sem exame de sua coerência física, sendo que quanto a mim, já examinei a tudo, tirando nota dez na teoria a qual refuto, mas permaneço disposto a examinar novas teorias, conquanto que elas possuam certa coerência mecânica. Aliás, quanto vi pela primeira vez a teoria do surgimento do Universo apresentada no Globo Repórter achei muito lógica, mas quando a examinei de perto vi que não passa de uma parede feita de buracos, percebendo que tal parede sem tijolos nem elementos de ligação só permanece em pé porque os ateus, com o peso da simpatia tendenciosa da mídia, a difunde como fato, ignorando e rejeitando os estudos sérios do ponto de vista contraditório.

Os verdadeiros crentes sabem, conforme o raciocínio lógico de Deus, que toda causa carece de sujeito, por isto admitem a existência de um sujeito no surgimento do Universo, apesar de não poderem provar, pois olham para si e admitem não ter capacidade para causar tal origem, mas olhando ainda para si, observando a qualidade criativa e organizacional do ser humano, sua supremacia, não pode aceitar como mais coerente a idéia de caos e desorganização produzirem efeitos inteligentes, como a organização dos macro e dos micros sistemas, todos harmônicos entre si, bem como em relação ao sistema que torna todos um, coerentes consigo mesmos.

Esse mesmos crentes são os que reconhecem a importância das Leis de Deus no uso da vida, que as agressões ao corpo e a mente, à natureza, a sociedade e à economia produzem efeitos degenerativos, por isto seguem a Lei Moral, as de saúde e convivência, aplicando-as em tudo o mais na vida comum, pois sabem que atuação espiritual produz efeitos positivos no corpo e em tudo o mais.

Portanto, assim como nosso corpo está sujeito à lei da física mesmo depois que cremos, pelo que carecemos ainda de considerar a Lei Moral e de saúde para produzirmos efeitos preservativos e continuativos na natureza, sociedade humana e nosso corpo, o surgimento do Universo, a preservação e continuação do mesmo está sujeita à mesma lei (a da física), pois toda causa carece de sujeito.

Se vivemos num mundo material, matemático e mecânico, a teoria que desenvolvermos a respeito do surgimento desse mundo (qual surgimento não vimos nem conseguimos reproduzir) tem que estar em conformidade com a premissa da materialidade, matemática e mecânica, não admitindo forças sobrenaturais, como imaginar ação sem sujeito. Logo, se nesse mundo em que vivemos todas as causas requerem um causador, se as ações que produzem reações requerem sujeitos, a teoria mais material, matemática e mecânica sobre o surgimento desse mundo será a que admite um sujeito, o qual se comunica com os outros sujeitos aos quais sujeitou o mundo, dizendo-lhes como criou e como proceder para usar, conservar e fazer continuar, como de praxe também fazemos ao entregar para uso alguma de nossa criações.

Fora disso, tudo o resto é sobrenatural. E Deus não é sobrenatural, nem escondido, tampouco misterioso, mas um Deus revelado, que sabe que causas carecem de sujeitos e produzem efeitos, por isto a distorção, a contradição, a exploração, a miséria, a doença, a dor e a morte. Os seres humanos insistem em ignorar que suas ações produzem efeitos, são suas causas. A deterioração da vida e da sociedade são os efeitos mecânicos da causa que é o uso inadequado do corpo, da natureza, da sociedade e tudo o mais em desacordo com o Manuel de bom uso e conservação, a Lei de Deus, que inclui a física de tudo o que existe, e essa Lei está na Bíblia. Quando Deus exterminou alguma pessoa ou povo, quando no passado permitiu a uma nação exterminar outra, estava amenizando as causas que produziriam efeitos infinitamente mais devastadores que o extermino daquele povo. Todavia, não temos como saber, pois pode ser que do contrário nem existíssemos.

Se os seres humanos tivessem conhecido a Lei de Deus na Bíblia e a praticado desde o início, nada do contraditório que já se viu e hoje ainda se vê teria havido, tampouco os conflitos religiosos. Provavelmente não existiriam ateus, tampouco crentes cegos e irracionais, que crêem no improvável, como crêem ateus e supersticiosos, como os que crêem nas mentiras dos pastores das igrejas neo-pentecostais, na existência de energia sem matéria, como é o caso dos espíritas, etc., e os que crêem que uma célula primitiva conseguiu evoluir produzindo o próprio crescimento até o ponto de ter as ferramentas necessárias para se construir (como cresce, como evolui e como constrói as ferramentas). Não param para pensar como conseguiu sair da condição anterior no estágio evolutivo se não tinha ferramentas para tal, sendo que para uma célula crescer e se reproduzir ela precisa estar pronta e a primeira célula só poderia estar pronta pra se reproduzir se alguém a deixasse pronta, pois por si só ela não conseguiria, pois precisaria das ferramentas para tal, o que ela só tem depois de pronta.

Portanto, quem é afeito ao ateísmo já é racional, faltando-lhe somente liberdade para avançar, sendo que apenas o orgulho o impede. Quanto aos supersticiosos, só falta sair do cômodo, deixar de ver as ilusões e fábulas que distorcem a imagem de Deus, para ver o verdadeiro Deus, aquele que é coerente consigo mesmo, que é suficientemente científico e sábio para criar tudo e ainda deixar um manual de instruções para os usuários, a Sua Palavra, a Bíblia, a Sua Lei.

CRENTES QUE DE FATO SÃO ATEUS

Do mesmo modo que descrevi o caráter dos ateus crentes, demonstrando que a certeza dos ateus na não existência de Deus é firmada em crendices, pois jamais se produziu qualquer prova disso, e que ateus também são os que criam deuses, seja por ignorância quanto à existência de Deus ou por opor-se a Ele, neste texto demonstrarei o caráter dos crentes ateus, que confessam a existência de Deus, mas vivem como se Ele não existisse.

Sei, entretanto, que pessoas quererão classificar as posições humanas em relação a Deus entre ateus, ímpios e crentes, porém, isto para eles, pois no conceito bíblico os que ignoram a existência de Deus são tão ímpios quanto os que crêem em Deus, mas não se sujeitam a Ele, sendo que todo que rejeita ao Deus ativo, Criador de todas as coisas, é ateu, pois a etnologia da palavra ateu não requer classificação, significando apenas não Deus e não somos obrigados a aderir ou admitir a algo apenas porque esse algo existe e reconhecemos que existe. Por exemplo: política existe e ninguém contesta isso. Entretanto, há os apolíticos, ou não políticos, querendo dizer que desconhecem, não se envolvem, não praticam política.

Muitos dos que neste texto chamarei de crentes ateus, são de fato crentes, crêem na existência de um Deus Criador e pessoal, freqüentam igrejas cristãs, participam ativamente dos ofícios das suas congregações, más, na prática de suas vidas comuns, não reproduzem o caráter de Deus, demonstram desconhecer Sua soberania, ignorando Suas Leis, quando tratam mal Seus filhos, suas esposas, seus pais, quando remuneram mal seus funcionários, faltam com os respeito e misericórdia para com eles, não praticam a justiça, etc., sendo então ímpios, o que são todos que praticam a desumanidade e falta de misericórdia, certos de que seus atos não produzirão recompensa. Em regra, os ateus produzem caráter impiedoso, frio, desumano, injusto, sem compaixão, indiferente, certos de fazer o que é certo quando remuneram mal (o salário de mercado), quando não se apieda de um pedinte, pois o classifica de vagabundo e sem mérito, quando punem com impiedade, quando são intolerantes, ect.. O caráter vil dos ateus e ímpios, conforme a classificação que eles fazem de si mesmos, começa por não reconhecer a justiça, o que se dá quando ignoram as virtudes das pessoas e das coisas, como não reconhecer as qualidades elevadas dos ensinamentos bíblicos, seus efeitos positivos sobre os indivíduos e as sociedades em qualquer nível, seus objetivos e qualidades pacificadoras, agregativas, compassivas e justas, que defendem os direitos dos indivíduos, não por leis, mas por mudança no caráter de cada um, conformando-os com o pensamento que visa servir, não ser servido, doar-se, não tomar, dar a vez, não ser o primeiro, perdoar, não ser perdoado, tolerar, não ser tolerado, compreender, não ser compreendido, etc., que está muito acima do padrão de justiça propalado e praticado por ateus e ímpios.

Estou certo que a cristandade não deu bom exemplo durante o Feudalismo e a Idade Média, mas não é justo lembrar os três milhões que a dita “Santa” Inquisição matou em séculos e esconder os cem milhões que o ateísmo comunista matou em menos de um século. É justo também reconhecer que a Bíblia jamais instigou qualquer ação maldosa, discriminativa, injusta e violenta. Ao contrário, nos livros do Velho Testamento por diversas vezes foi dito que o estrangeiro teria os mesmo direitos do natural, que Deus era Deus para todos os povos e que Sua Casa seria casa de oração para todos os povos. E Jesus disse: “Ide Por todo o mundo pregando esse evangelho do reino a todas as nações, língua e povo (...)”.

Os que viriam a ser os iluministas, que passariam a decretar que Deus não existe, a exemplo de Voltaire, que dizia na França da revolução que Jesus era um impostor, decretando a inexistência de Deus, – esses que vieram a ser os que determinaram que a razão humana era deus, nada de seu sangue foi derramado em favor da liberdade de consciência e abertura científica. Justo é reconhecer que os mártires que produziram a abertura pela qual o conhecimento ganhou campo para se expandir foram os reformadores e os cientistas cristãos, que ao custo de excomunhão produziram o conhecimento que abriu a fresta por onde a luz permeou as trevas da Idade Escura.

É justo diferenciar cristandade de cristãos, os quais sempre existiram, mas considerar que no momento em que venceu Roma o cristianismo perdeu o caráter cristão, retornando ao paganismo, e Cristo passou a ser pregado como um carrasco, capaz, não de morrer para salvar e purificar o pecador, mas de matar para purificar a alma dos “impenitentes”. Todavia, apesar de que a Igreja mergulhou o mundo na Idade das Trevas, sempre houve resistência no interior da congregação, embora ao custo de muitas vidas que foram sacrificadas pelos católicos paganizados, além de resistência que sempre correu por fora da Igreja, sendo perseguida pelos matos e cavernas, recebendo denominação e tratamento de herege por querer preservar o cristianismo inicial. Essa força escondida, essas pessoas discriminadas, seus sacrifícios contínuos e ações aparente inúteis insistentes é que no final da Idade Média forçaram com o próprio sangue a abertura por onde todos passaram, da qual os próprios ateus se valeram para produzir mais conhecimentos, mas pegando carona no sangue dos mártires e dos pais da ciência moderna, que eram todos cristãos. Aliás, se não fosse Galileu, um excomungado da Igreja por praticar a ciência, talvez o ditos ateus ainda estivessem na alquimia em vês de praticando a ciência experimental, que, diga-se de passagem, os ateus resistiram até mais ou menos um século atrás.

Reitero que se não tivesse havido descrença jamais teria havido distorção e maldade, impiedade na sociedade humana. Se os crentes tivessem agido conforme a crença a qual professam jamais teria havido conflitos religiosos e a Idade Escura. É justo reconhecer que os verdadeiros crentes (os verdadeiros cristãos) jamais promoveram discriminação, injustiça, guerra e perseguição, ao contrário, foram perseguidos e esses devem ser distintos dos outros tidos por crentes, pois seu diferencial está em praticar verdadeiramente a Bíblia, não distorcê-la para negá-la ou favorecer intentos individuais. Aliás, diga-se de passagem, além de ser uma das mais atuantes entidades humanitárias no mundo, os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia têm atuando nas guerras como médicos e enfermeiros, seja dentro dos exércitos, cuidando dos agressores e agredidos, seja na ajuda humanitária em assistência às vítimas. É bom saber que muitas pessoas nas localidades ribeirinhas do Mato Grosso, do Amazonas e localidades isoladas da América do Sul, África e outros recantos têm os médicos adventistas como única assistência de saúde que conhecem. Ao mesmo tempo, a Igreja Adventista mantém vários hospitais, patrocinando e promovendo pesquisas médicas em todos os níveis científicos em conjunto com suas universidades, estando à frente em qualidade de muitos outros estabelecimentos médicos e científicos. Isto tudo sem contar o trabalho assistencial local, reconhecido pelos órgãos reguladores dos governos e da ONU. Coincidentemente e Igreja Adventista do Sétimo Dia é a única que estuda a Bíblia como livro de vestibular, como objeto científico, restaurando a prática dos mandamentos de Deus, demonstrando seus efeito na vida física, intelectual, espiritual e social de seus praticantes e convivas, ensinando o amor ao próximo como a nós mesmos, a justiça, a igualdade (o que os ateus e ímpios não concordam), a misericórdia e a ação humanitária desde ao vizinho até os mais distantes confins. Isto tudo posto de forma sucinta para não acabar escrevendo um livro.

Portanto, decretar que crentes são irracionais e que o cristianismo promoveu mortes e guerras é simplesmente mais um ato de preconceito de minimização, redução, “ensacamento” pois, embora não se possa ter e nunca se terá provas científicas de que Deus existe (no caso do ateísmo também não se tem do contrário), a crença nEle não é tabu, pois há evidências contundentes em número infinitamente superior, seja na natureza, no Universo e nas vidas das pessoas, além que há trabalhos científicos sérios reforçando evidências e trazendo provas da infalibilidade da Bíblia, o que produzirá sempre maior confiabilidade também na afirmativa bíblica de que Ele existe, sendo que na vida dos indivíduos eles mesmos percebem Sua atuação, às vezes, direta.

Quanto a mim, porém, não preciso de milagres, tampouco provas científicas para reconhecer a atuação de um ser inteligente na coerência da natureza e da natureza animal e humana. Sou inteligente o suficiente para não precisar que me provem o que está diante dos meus olhos. Tenho inteligência também para ver que os mecanismos de nosso DNA perderam um pouco a coerência matemática, pelo que, apesar que funcionam ao ponto de nos formar e reproduzir, nos permitem degenerar e morrer, isso porque também sei que agregamos fatores agressivos e desestabilizastes à nossa vida por causa de nossa atuação à parte do Manuel de Instruções do Fabricante, a Bíblia. Isto porque a maioria de nós ignora propositalmente o Fabricante, outros opõe-se à Sua autoridade, enquanto uns outros aceitam tudo, mas ainda assim não conseguem praticar tudo.

Sendo assim, crentes que não se sujeitam a Deus, ao contrário, agem para com os seres humanos e a humanidade com a indiferença, impiedade e injustiça, o que também norteia as ações dos incrédulos, o fazem porque não crêem que a justiça de Deus um dia os atingirá, como duvidam os que não crêem na existência de Deus. Todavia, quanto a muitos amigos ateus e ímpios que leram mais este texto para criticar, estou certo que já não será por falta de conhecimento que deixarão de conhecer a Deus e Sua promessa para depois que a inteligência da humanidade destruir a capacidade deste planeta de manter a vida.

Muito obrigado a todos que leram a seqüência de textos, especialmente os que criticaram, dando-me subsídios para satisfazer um pouco das dívidas que debilitam a humanidade.