Ciclos se fecham, outros se abrem...

Mudanças, apegos e desapegos... Tantos e tantos fazem parte de nossa vida.

Lições que nos são caras, embora dolorosas.

Quando fechamos um ciclo e iniciamos outro, nem sempre conseguimos captar a dimensão maior deste momento e assim, nos deixamos ir, um tanto relutantes, como que perdidos, sem ter convicção do caminho que vamos seguir.

Porém, dentro de nós, no secreto de nossa alma, lá, onde habita a centelha de Luz, há um suave movimento, ainda que no sofrimento tenhamos dúvidas que tal aconteça..

Então, este leve trepidar nos faz sentir a vida aquecer o frio que incomoda nosso coração. É sem dúvida a reação de nossa energia. Trêmula, tímida, mas ainda assim, existente. E esse fiozinho de luz, esta réstia de brilho que se nos escapa, é responsável por nossa determinação de prosseguir; por nossa teimosia, que em meio a agonia se precipita e nos faz chorar.

Não um choro de desespero, mas de confiança, de humilde solicitação, de entrega e finalmente, de alívio! Essa energia criadora que pulsa dentro de nós é a força que irá nos conduzir aos novos caminhos, novas experiências e acredito, ao nosso destino. Vamos explorando nossa jornada da melhor forma que podemos, com o melhor que conseguimos captar e decodificar, o que encontramos pelo caminho.

Não há porque temer a mudança, nem cabe aqui desgaste nos momentos das escolhas de novos rumos. Mas podemos pressentir o receio nos rondando de mansinho, pronto a nos arrebatar na primeira oportunidade. Um embate repleto de silêncios, um quase alvoroço sutil e intermitente, a nos afligir.

Interessante nossa conduta frente ao que desconhecemos. Talvez, tenhamos mais receio de mudarmos do que de aceitar a própria mudança que a vida nos impinge.

Há de brilhar algo especial, pois a alma tem luz própria e certamente reluzirá, iluminando os trechos mais escuros e oferecendo pistas para novos horizontes.

Penso que não estamos sós. O Criador, embevecido com sua criação, envia anjos para nos acompanhar. Por certo na intenção de facilitar nossa senda e acelerar nossa evolução.

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 02/03/2006
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