Manifestações do amor de Deus
Há muitos assuntos que poderíamos estudar hoje. A Bíblia é uma variedade inesgotável de temas e de assuntos. Mas hoje é um dia especial para falarmos a respeito das Manifestações do Amor de Deus e é esse o tema que escolhemos.
A Origem do Amor. O amor procede de Deus. 1 Jo 4:7. Não somente o amor, mas todas as coisas provém de Deus. Em Jo 1:1-3 está escrito a respeito dessa verdade. Muitas vezes nós queremos inverter essa ordem direta das coisas e colocar-nos em primeiro lugar. E isso nos traz muitos aborrecimentos e problemas. Se queremos viver de forma harmônica com Deus, com a Natureza e com os nossos semelhantes, não podemos nos esquecer que fazemos parte de um grande projeto de amor do nosso Deus.
O amor faz com que nos preocupemos com os outros. A maior prova de amor que uma pessoa pode dar a outra, é se preocupando com ela, com o seu conforto, com o seu bem-estar, com a sua segurança, enfim, com tudo o que lhe diz respeito. Aquele que ama, não pensa nos seus próprios interesses, mas nos interesses do seu irmão a quem ama. 1 Co 10:24. Rm 14 :15-18, 21.
Deus tem demonstrado o seu amor por nós. Quando Deus criou o homem, ele não o deixou abandonado à sua própria sorte. Deus amou o homem e se preocupou com ele. Ele viu que não era bom o homem viver sozinho e lhe preparou uma companheira idônea, que lhe completasse. A mulher é a outra metade do homem. Ela é um presente de Deus ao homem, uma demonstração de carinho, de preocupação e de amor dele para conosco. A mulher não é uma escrava, ou uma empregada que recebe ordens de seu marido. Um inteiro produz duas metades. E as duas metades são importantes e necessárias.
Deus não faz acepção de pessoas. O apóstolo Pedro, um judeu radical segundo os costumes de sua religião, recebeu esta lição diretamente de Deus, quando foi chamado para falar do amor de Deus a um oficial do exército romano chamado Cornélio. Para os judeus era proibido o contato com outros povos e nações, mas Deus mostrou a Pedro que para ele todas as pessoas merecem ser amadas, compreendidas e perdoadas. Vejamos as palavras que Pedro pronunciou depois dessa experiência a que me refiro, já na casa de Cornélio, em At 10:24-28, 34-35. Nossos irmãos, nossos familiares, nossos parentes, nossos amigos, nossos vizinhos, todas as pessoas do mundo devem receber provas de nosso amor. Jo 13:34.
Até os nossos inimigos precisam ser amados. Em nossa vida é de hábito vermos as pessoas “de mal” umas com as outras. Às vezes isso acontece por tão pouca coisa, que não conseguimos compreender porque isso aconteceu. A lei é muito dura, muito severa. A lei é fria, não tem sentimentos, não tem coração. A lei não perdoa, ela mata. 2 Co 3:6. A lei aconselhava que amássemos o nosso próximo e odiássemos aos nossos inimigos. Jesus nos dá uma lição de amor e nos manda que amemos aos nossos inimigos. Quando nós formos capazes de compreender essa mensagem de amor, certamente nós estaremos mais perto de Deus, porque é assim que ele age. Em Rm 5:8, o apóstolo Paulo nos recorda isso. Ele acha difícil que uma pessoa se ofereça para morrer no lugar de outra, mas levanta a hipótese de que pode ser que alguém venha proceder dessa forma em lugar de um justo, mas por alguém que se sabe merecedor do castigo e da morte, é praticamente impossível. Mas foi assim que Deus procedeu. Ele nos amou sendo nós seus adversários, sendo seus inimigos. Rm 5:10. Cl 1:21-22. É dessa maneira que Deus quer que nos amemos uns aos outros. É dessa mesma forma que devemos entender o novo mandamento de Jo 13:34; Mt 5:39-41.
Devemos observar os dons do amor. Muitas pessoas já leram o capítulo 13 de 1 Coríntios. Ele é chamado de o “capítulo do amor”. Ali nós temos revelado os dons do amor. Vale a pena que nós façamos uma releitura desse capítulo. Vamos ler 1 Co 13:1-8. Que nós possamos ir para nossas casas hoje pensando exatamente nessas últimas palavras desta carta: “O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba...”. (1 Co 13:4-8a).
Que Deus nos abençoe!
Poxoréo, em 22 de fevereiro de 1997.