O CULTO AOS RATOS (apresentado no Faustão) - breves reflexões.
O prezado leitor teve, como nós, oportuni-
dade de assistir à reportagem apresentada nesse domingo, 27/07, tendo como objeto um tempo hindu , onde vivem - e são venerados - 250.000 ratos ?
Ao presenciarmos os flashes da reporta-
gem, enfrentamos intimamente um misto de diversos sentimentos :
espanto, terror, nojo, M E D O dos mais profundos, junto, obvia-
mente, com O RESPEITO à crença dos seguidores daquela religião.
Somos daqueles que mais respeitam a
religião e a religiosidade de cada um, já que entendemos que, como
diz o adágio, "gosto, cores e amores não se discute" - e aí estaria
inserido o gosto religioso. Olhando sob este prisma, não nos causou
qualquer impressão negativa o fato de, para aqueles ardorosos pra-
ticantes hindus, os ratos serem considerados como a reencarnação de seus entes queridos. Até aí, nada demais. Muito pelo contrário :
um ponto-de-vista que deve merecer todo o respeito.
Porém - mesmo registrando a coerência en-
tre os fatos (já que, se aqueles ratos representavam entes queridos,
nada mais razoável do que os que nisso acreditam vissem nesses ra-
tos seres dignos, como todo animal, de respeito, mas, daí a BEBER
DA MESMA ÁGUA QUE AQUELES MILHÕES DE RATOS INGERIRAM, COMER/CHUPAR A MESMA MANGA LAMBIDA PELOS RATOS...realmente, para nós, foi uma cena dantesca, surrealista, aterrorizante, pelo que representa, CIENTIFICAMENTE falando.
Está comprovado pelos cientistas o risco
que há no simples contato com a urina dos ratos. E naquele local, pe-
las tradições orientais, ninguém pode adentrar calçado. Neste caso,
quem lá adentra e caminha está suscetível de contrair doença pelo solado dos pés; beber da mesma água, ingerindo a saliva deixada pela língua daqueles ratos - alguns dos quais com aspecto de patente doença...
Queremos crer que muitas das doenças e
epidemias INCURÁVEIS, que, de uma hora para outra, MISTERIOSA-
MENTE, aparecem , a exemplo da AIDS e similares, quem sabe ,
não podem estar ligadas a fatos como os mostrados na reportagem?(a-
inda que tal ritual religioso não tenha a mínima intenção de prejudicar).
O nosso questionamento final é este :
Onde termina a fé (naquela reportagem)
e onde começa o extremismo insensato ?
Perdoem, amigos leitores. Não gostamos
sinceramente de abordar temas que envolvam, de alguma forma, as
crenças, culturas e rituais religiosos. Mas, realmente, o que vimos on-
tem nos chocou de forma estonteante...