DEMOCRADURA BRASILEIRA

Em textos contundentes e descrições ácidas, todos nós que nos sentimos prejudicados, perseguidos e alijados de nossos direitos de cidadãos ou vítimas da repressão, sempre condenamos o regime de arbítrio do Estado Novo e o Regime de 1964. É inegável o arbítrio, as torturas, as cassações e uma série de arbitrariedades cometidas nesses períodos, negarmos isso é negar a história.

Porém a cultura da repressão, das perseguições políticas, das castrações políticas, das armações espúrias para destroçar a vida de lideranças e até para tirar a vida de lideranças, adversários e até, pasmem: “... companheiros de partido...” Não é características apenas de políticos conservadores, reacionários ou de direita, como costumávamos afirmar, fechando os nossos olhos aos chamados ditadorzinhos de nossa esquerda, pseudo-socialistas que ao longo de suas malfadadas “carreiras políticas” utilizaram a calunia, a difamação, a intriga desqualificada e até a destruição política e mesmo física de adversários e até companheiros invejados pelo seu potencial.

No interior de nosso estado, muitas vezes alheios aos fatos reais que ocorriam no cotidiano e nos bastidores da política de nosso estado, muitas vezes construímos juízo de valor altamente equivocado e até injustos contra lideranças importantes de nosso estado, às vezes, até sem má intenção e acreditando estar colaborando em “Projetos de Mudanças” que na verdade não passavam de projetos pessoais e de grupos asquerosos que utilizavam ardilosamente informações falsas e mentiras arquitetadas e construídas em gabinetes para servir de base aos” meninos”, vamos eufemizar, que atiravam “pedras na vidraça alheia”, pra não dizer coisa pior.

Na verdade, passamos a ter uma compreensão mais clara e superar preconceitos e entender de fato a realidade dos fatos políticos quando vivenciamos os acontecimentos nos centro de decisão política, quando vemos os fatos e observamos a atitude das lideranças partidárias e acompanhamos a articulações políticas de onde partem as decisões e as ações.

Devido às maldades humanas e não a política como se diz, pessoas até experientes e vividas são levadas a equívocos e erros profundos, influenciadas por pessoas de má fé que pouco se importam em jogar as pessoas no fogo ou destruir até mesmo a vida familiar dos indivíduos.

Vi grandes nomes e lideranças importantíssimas de nosso estado abandonarem a vida pública, muitas se calaram e abandonarem os seus sonhos por não compactuarem com ações nefastas e por não aceitarem a condição de reféns de pretensos líderes políticos construídos a base do vil metal, pessoas que sequer foram Presidente de bairro, líder de sala de aula, e da noite para o dia apareceram como “campeões de voto”, A repressão e a perseguição política não é apanágio apenas das ditaduras e dos generais do Golpe de 64, como muitos imaginavam, às vezes elas partem de pseudo-progressistas, destruindo vidas, carreiras, famílias e sonhos.

MANOEL VITÓRIO