MENOS IGREJAS E MAIS ESCOLAS E HOSPITAIS?

"Muita religião, seu moço," afirmou Riobaldo. A exclamação do protagonista de o "Grande Sertão: Veredas," de Guimarães Rosa. O Censo do IBGE de 2022 revelou recentemente que no Brasil há muito mais templos religiosos do que escolas e hospitais.

Há estados, por exemplo, como o Amazonas que lidera esse ranking tendo um templo para cada 69 domicílios seguido pelo Acre e outros mais. Embora à pesquisa englobe todos os templos religiosos que vão desde mesquitas, igrejas evangélicas, católicas, espíritas, sinagogas, etc, é óbvio que a ênfase recaiu muito mais nos templos evangélicos do que em outras religiões. Como ter certeza disso? É só ler às várias reportagens à respeito desse levantamento para perceber.

Bem, falar de igrejas evangélicas no Brasil é algo bastante complicado. Segundo dados, a tendência é que daqui alguns anos o Brasil terá mais evangélicos do que católicos sejam eles nominais ou praticantes.

E o que isso pode significar? Que os políticos estarão cada vez mais de olho nos evangélicos, afinal, cada voto conquistado será de exímia importância.

Mas também vejamos: É verdade que igrejas são isentas de muitos impostos. Até recentemente houve uma tentativa de se cobrar tributos dos templos religiosos no que particularmente não vejo nenhum problema, afinal, "Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, já instruiu Jesus."

Também é verdade que infelizmente muitos líderes religiosos usam da religião para lucrar e manipular as massas. Só ligar a TV para comprovar isso. Sem falar de abusos morais e até sexuais que acontecem em muitos ambientes religiosos. Como diria C.S.Lewis: "Dos homens maus os homens maus e religiosos são os piores." Por quê? Porque se espera coisas boas deles.

No entanto, também é verdadeiro que às igrejas sejam elas evangélicas ou católicas tem papéis fundamentais na sociedade, indo inclusive em lugares onde o Estado é totalmente omisso e ausente.

Quantas não são, por exemplo, as ONGs, Associações, Clínicas de dependentes químicos, etc, que às igrejas patrocinam para às camadas mais carentes Brasil à fora? Quantas não são as contribuições familiares quando às igrejas ajudam pessoas a saírem dos vícios das drogas e do álcool? Quantos pais de família que antes viviam vidas de promiscuidade, mas que ao frequentarem igrejas passaram a ser bons pais, maridos, vizinhos e trabalhadores? Muitos que, provavelmente o IBGE nunca fará questão de mostrar._

_Enfim, as pessoas tem totais direito de não acreditarem na mensagen do evangelho do tipo: ressurreição, pecado, salvação, etc. E também de criticar muitos que se escondem atrás da capa da religião praticando todo tipo de canalhice e manipulação. Mas, não podem negar e serem desonestas que se não fossem as muitas igrejas espalhadas pelo Brasil onde muitos padres e pastores vem fazendo excelentes trabalhos sociais, certamente o caos social seria bem maior mesmo tendo mais hospitais, escolas e universidades. Alguém dúvida?

Danilo D
Enviado por Danilo D em 06/02/2024
Reeditado em 06/02/2024
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