CALÇANDO OS SAPATOS ALHEIOS

Como o nosso coração pode ser tão enganoso?

Gostamos muitas vezes de julgar o próximo, apontar o dedo em sua direção sem nenhuma compaixão ou misericórdia. Damos mais crédito aos boatos sem fundamento do que a uma verdade solitária.

Acostumamos medir as pessoas pelo grau de intelectualidade, bens materiais, sanidade mental, inteligência e o que essa pessoa pode trazer de retorno à nós pela amizade a ela oferecida.

Infelizes que somos quando nos colocamos nesse patamar vergonhoso de moeda de troca. Esquecemos que, mais bem-aventurado é dar do que receber, insistimos em calar a voz da consciência que como uma luz intermitente assinala no recôndito de nossa alma aquilo que está certo ou errado, mas ignoramos com "ouvidos moucos" para uma suposta paz momentânea e passageira julgando que assim a traremos à nossa alma e ao nosso coração.

Precisaríamos com certeza calçar os sapatos da outra pessoa, sentir como se diz grosso modo "onde os calos apertam" pois somente assim estaríamos mais sensíveis e menos susceptíveis às concupiscências inerentes à nós!