A ERA DO SUPERLATIVISMO.

Super mãe, super pai, super filho, super profissional, super esposa, super mulher, super homem, super esportista, super exposição, super isso, aquilo ou aquilo outro. Nunca fomos tão *"supers"* como temos sido em nosso tempo. O superlativo que na língua portuguesa significa grande, maior, intensidade, etc, vem determinando quem é e quem não é em nossa sociedade. Por exemplo, a ocupação para muitos tornou-se sinônimo de excelência, qualidade. Médico bom é aquele que tem lista de espera. Restaurante bom é o que faz fila para entrar. Mãe boa é aquela que trabalha, faz faxina em casa, sai para passear com os filhos, cuida da beleza, cumpre suas obrigações conjugais com o marido, e tudo mais. Intensidade, intensidade e mais intensidade é o que se deve buscar, diz a sociedade do superlativismo. Só que devemos fazer duas observações: A primeira é o de ordem biológica, ou seja, ser humano não é máquina. Chegará um momento que o esgotamento físico e tbm mental estarão no limite, aí, se não se cuidar é certeza que irá se esgotar. Há muita gente adoecendo por conta desta correria. Gente doente principalmente da alma. A segunda observação é que a verdadeira liberdade não é aquela que se pode fazer tudo que quiser. Isso não é liberdade. Liberdade é justamente o contrário, isto é, saber quais são os limites e fragilidades que todos nós temos. E isso não é demérito algum. Por isso, e para finalizar, é que este lance de super pra cá e super para lá, é ilusão. Não existem supers coisissima nenhuma. Porque a fragilidade da vida mostra o quão frágeis somos nós, seres humanos.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 18/02/2020
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