Por Uma Sociedade De Singularidades
Estamos todos perdidos, procurando soluções e ideias para resolvermos nossos problemas. Mas no fim, acabamos esquecendo de se dedicar mais a nós mesmos, reservar alguns minutos para satisfazer nossas próprias vontades.
O mundo depende de pessoas capazes e que façam a diferença, de liderança e responsabilidade.
O verdadeiro líder (ou mestre) é aquele que desperta a auto mestria (autonomia, liberdade e responsabilidade) dos seus guiados, cessando as relações de dependência nada sadias e mesmo a por hora desejável relação de aprendiz-mestre. Cada ser tem o poder de ser senhor(a) de si, com seus potenciais e habilidades, com seus gostos e talentos singulares.
Estamos todos perdidos, pois abrimos mãos de nossas verdades, de nossa riqueza singular em prol da massificação e da expectativa exterior. E paradoxalmente, cultivamos as expectativas com outros, fazendo o mesmo que fazem conosco e que permitimos que façam.
O mundo espera um salvador, está cravado nos inconscientes a expectativa da ação externa que nos retira e nos concede a glória. Ora pois, um Messias reconhecido pelos religiosos mesmo nos disse que o reino dos Céus está dentro de nós e nos chamou a responsabilidade.
Com um tempo para si, cada um poderia redescobrir o que enterrou, em nome da indigna expectativa exterior.
Os grandes sucessos sempre foram inovações, rupturas com o status quo: escolas artísticas, teoria da relatividade, teoria psicanalítica.
É preciso morre o paradigma único, para nascer o paradigma do caso a caso, da exaltação das riquezas e diversidades humanas.
Entendemos que o homem acaba não tendo tempo para si, pois não vive para si, o que seria sua responsabilidade primeira diante até da coletividade. Vivemos em nome do papel, e esquecemos os verdadeiros deveres: aqueles que brotam de nosso desejo legítimo.