Curva na Estrada

Uma curva na estrada. O que é uma curva? O leito carroçável de qualquer via apresenta um eixo longitudinal que se estende em toda sua extensão e um eixo transversal a cada segmento considerado e tantos quantos se queiram imaginar. O desvio do chamado eixo longitudinal para qualquer direção já se configura uma curva que deve ser considerada e entendida como um ponto de risco.

Podemos até dizer que numa via temos dois tipos de curva, ou sejam: curvas horizontais e curvas verticais. As curvas horizontais são aquelas que demandam para as laterais, para a direita e para a esquerda. As curvas verticais são quando atravessamos um terreno montanhoso ou em razão de construções de elevados ou trechos subterrrâneos. Neste tipo de curva, ela se diz curva em aclive quando se sobe e curva em declive quando se desce. As curvas verticais, num mesmo trecho, conforme a complexidade do terrreno, tanto está em declive como se mostra em aclive. Tanto pode ser só aclive como pode ser só declive, mas também pode ser aclive e seguidamente declive ou declive e a seguir um aclive. Se for só uma encosta de sentido único ela pode ser apenas aclive ou somente declive dependendo da direção do tráfego. Às vezes se sobe e não se desce, pois no alto nos deparamos com um plator ou apenas descemos pois lá embaixo é uma planicie e vamos em frente num terreno plano. Em terrenos montanhosos sempre apresentam curvas para as laterais conconmitantemente com trechos em aclive ou declive, conjugando estes diversos tipos de curvas na estrada. Mas as curvas não existem somente nas chamadas rodovias, elas aparecem também nas teias viárias urbanas, onde todas apresentam semelhantes riscos para quem dirige sem os devidos cuidados ou com clara imprudência ao volante.

Os riscos para quem circula numa estrada comum com duas faixas sendo uma para cada sentido estão sempre visíveis em cada curva por onde se trafega. Em estrada com duas ou mais faixas para o mesmo sentido os perigos também se mostram presentes pois a força centrífuga não se anula, apenas não existe trafego no sentido oposto.

Um trecho rodoviário em curva pode apresentar três setores distintos: o trecho ascendente, que é aquele em que inicia a curva e permite começar a redução da velocidade, depois vem o trecho de raio constante, onde se coloca o maior grau de risco, nele não se pode aumentar a velocidade e também é bom evitar pisar no freio pois pode promover derrapagem, por fim vem o trecho em curva descendente, qundo a curva vai se abrindo aumentando lentamente o raio, aqui já se pode moderadamente ir aumentando a velocidade gradualmente, sem exageros.

Antes de entrar em uma curva ou para a direita ou para a esquerda sempre reduza a velocidade, observe a sinalização horizontal ou vertical de não ultrapassar, mantenha-se sempre ao centro de sua faixa, mantenha a distância de segurança, conserve as duas mãos ao volante, não se distraia, verifique se na outra faixa vem algum veículo em sentido oposto e conclua pela sua regularidade ao trafegar, adotando todos os procedimentos para que esta passagen de veículos em sentidos opostos se dê sem nenhum acidente ou risco. Verifique se atrás do seu veículo algum outro trafega e qual a distância para o seu carro. Preferentemente que seja acionada a lanterna do pisca-pisca para a esquerda, independentemente da sua posição num ou noutra faixa da via numa curva à esquerda ou à direita. Esta lanterna piscando poderá ser interpretada por quem se encontra imediatamente atrás como a ordem de não me ultrapasse, assim piscando faz o balizamento das partes externas do seu veículo dando conhecer a quem vem em sentido contrário.

Se o tráfego se der em período noturno, ou sobe neblina, cerrração, poeira, fumaça ou muita chuva, sem dúvidas os cuidados e atenção devem ser mais do que redobrados e a velocidade ainda mais compatível. É bom destacar que quanto menor for o raio da curva menor deve ser a velocidade e maiores se mostram os perigos em potencial e superiores devem ser os cuidados. À noite é compulsória a observação de baixar os faróis quando no sentido contrário for constatada a aproximação de veículo e esta orientação de baixar os faróis também deve ser observada por aquele condutor que dirige atrás de outro auto. Quem dirigir veículo com carga ou sobre a carroceria ou mesmo no seu interior os objetos devem ser bem fixados para que não sofram a ação da força centrífuga, podendo ocasionar graves acidentes. Outro componente que merece grande atenção estando ou não em área de curva é quanto a ofuscação solar, sobretudo para quem dirige no sentido leste-oeste nos horários após as 15:00 horas, especialmente depois das 05:00 horas da tarde. Quem dirige em curva no sentido horário não pode nem deve sinalizar para a direita pois a interpretação é que o veículo vai sair ou estacionar no acostamento e o veículo logo atrás poderá ultrapassar. De um modo geral em trecho curvo só de deve sinalizar para a esquerda.

01. Força centrífuga é uma força natural exercida contra um corpo que se movimenta sobre um eixo curvilíneo, arrastando-o para fora do centro ao qual pertence a curva, pois toda curva faz parte de um centro, no caso de veículo fazendo derrapar retirando-o da estrada com graves consequências. A força centrifúga sempre está atuando contra qualquer veículo que trafega em movimento curvilíneo, pois ainda não se conseguiu eliminar esta força física;

02. Para qualquer veículo entrando numa curva à direita ou para a esquerda na hipótese de sofre a ação da força centrífuga, seu carro sempre derrapa para fora do centro da curva;

03. O carro que derrapa fugindo do centro da curva pode sofrer um tombamento para uma das laterais ou passar direto deixando o segmento curvilíneo, caindo numa encosta ou se chocando contra algum obstáculo ao lado da estrada ou acidentando-se contra outro veículo parado ou em movimento;

04. Quem entra numa curva à direita, no sentido horário, isto é, na faixa mais próxima do centro da curva, na hipótese de tombar, logo tombará para o seu lado esquerdo, isto é, invadirá a faixa com tráfego em sentido oposto, podendo causar novo acidente já com outro veículo que trafega na faixa contígua; em vias com duas ou mais faixas para o mesmo sentido o risco de grave acidente também é sempre constante, às vezes até maior.

05. Quem ainda trafega num trecho curvo com desvio para direita, isto é, na faixa mais próxima ao centro da curva, na hipótese de derrapar sem tombamento logo invadirá a faixa em sentido contrário, se parar na outra faixa poderá sofrer um abalroamento frontal e se conseguir passar direto seguirá para fora do leito carroçável, neste caso os resultados serão por conta da velocidade e dos obstáculos vividos às margens da estrada;

06. Quem entra numa curva à esquerda, se chegar a tombar, o fará girando pela direira, enquanto o veículo tomará o espaço da lateral da estrada sempre à sua direita. Neste acidente não tem como abalroar com o veículo em sentido contrário;

07. Quem trafega numa curva e que segue em sentido anti-horário, isto é para a esquerda, na hipótese de derrapar sem tombamento, logo se dirigira cruzando o acostamento e/ou a lateral da rodovia. O acidente poderá ser agravado pela existencia ou não de obstáculos no sítio do acidente;

08. Se para a construção da rodovia forem observados os requisitos básicos para os trechos curvilíneos, especialmente a inclinação no eixo transversal, em que a faixa externa se posicionará mais alta do que a faixa interna, tecnicamente esta faixa interna tem maiores probabilidade de acontecer acidente, em razão de pertencer a um raio de menor medida em relação à faixa à esquerda que pertence a raio maior, isto é, a faixa externa. Esta incllinação verificada no eixo transversal de uma rodovia num trecho em curva se chama “compensação de curva”, como o próprio nome diz, simplesmente se destina a compensar a ação da força centrifuga, fazendo com que os pneus tenham mais aderência no leito carroçável, mantendo a estabilidade do veículo, desde que observados os limites de velocidades para o trecho e ainda tomando as devidas precauções quanto a uma pista molada, suja de óleo, coberta de areia ou visível deterioramento do leito carroçável; na prática a faixa com curva para a esquerda, isto é aquelas mais afastadas do centro, quando deveria ser considerada mais segura, por falta de mais elevação na compensação de curva, isto é, no seu eixo transversal, finda por ser considerada com maior dificuldade para nela trafegar pelo trecho de raio constante.

09. Uma curva não pode ser sinônima de acidente, mas de responsabilidade por aqueles que projetaram, construiram e dão assistência como também por parte de que dirige veículo ou o que for.

10. Nunca trafegue numa curva com a alavanca da caixa de marcha na posição neutra, isto é no ponto morto, sempre mantenha numa marcha de força.

11. Pneus corretamente calibrados, sobretudo com carga pesada sempre colaboram para manter o veículo com bom percentual de aderência com leito da via. Pneu com pressão inadequada facilmente a força centrífuga faz derrapar, considerando a velocidade instantânea.

12. Cargas muito altas também devem ser evitadas pois sofrem mais a ação da força centrífuga.

13. Quando trafegar numa curva que pertença a qualquer raio, ainda que o arco seja suave, sempre permaneça na sua faixa própria, mesmo que comprovadamente não venha veículo em sentido contrário. Alguns motoristas imprudentes que fazem uma curva para a esquerda gostam de sair da sua faixa própria invadindo a faixa à sua esquerda para aumentar o possível arco sem diminuir a velocidade e isso mais incidem no trecho de raio constante onde carece de mais prudência, no entanto assumem um elevado risco de graves sinistros e vão se viciando ao ponto de não se controlarem e até vão perdendo o hábito de dirigirem corretamente e numa situação de iminente risco não sabem como administrar; a este tipo de manobra arriscada eles costumar chamar de “fazer a curva por dentro”. Realmente é por dentro que mora o perigo. Qualquer curva deve ser feita sempre dentro, mas do limite da sua faixa.

Compatibilize-se com a centrífuga, ela também é muito útil para nós.