Fazenda, onde se planta o progresso

Fazenda, um espaço prazeroso, um patrimônio oneroso e de elevado risco, o qual se mostra amplo e constante, sujeitando-se às intempéries e outras adversidades da natureza e do meio social e que sobrevive aos abalos financeiros; um bem institucional, um estabelecimento de produção agropecuária, incluindo, sobremodo, o agronegócio, consorciando-o com a agroindústria e o turismo rural, desenvolvendo suportes e atividades para a criação de empregos diretos e indiretos no campo e nas cidades, na indústria, no comércio e em todo o sistema logístico, estimulando a vida no campo, contrariando o êxodo rural, assegurando riquezas, enquanto cultiva técnicas de manejo sustentável e adequadas aos recursos naturais. Uma atividade privada, mas a serviço do público, uma reação à lei de Malthus, assegurando o abastecimento de alimentos à população, desenvolvendo culturas diversificadas conforme a demanda do consumo regional, nacional ou atendendo às exigências da exportação; o maior aporte da economia brasileira e que já vem de um passado longínquo que remete ao ciclo imperial brasileiro, ora utilizando modernas práticas de administração, concebendo tecnologias de ponta e introduzindo sistemas motomecanizados até de última geração para o exercício das suas atividades produtivas e que servem como referência para muitos agropecuaristas e profissionais afins, desenvolvendo a pesquisa, selecionando matrizes no campo agropecuário, implantando e adaptando culturas mais resistentes e deveras produtivas, colaborando para o bom desempenho de diversos produtores similares, enquanto motiva os diferentes parques industriais. Aceita a estiagem como fenômeno natural, mas supera pelas técnicas de irrigação como um recurso de certeza e de coerência ao mesmo tempo que fomenta manejos mais adequados às atividades agropecuárias mesmo fora de suas fronteiras, beneficiando outros segmentos. Fonte geradora de grandes negócios e muitas divisas, superando oscilações cambiais, aperfeiçoando o modelo da cadeia logística, induzindo infraestrutura de alta performance para o bem comum, abastecendo o comércio nacional, adaptando-se à dinâmica de um mercado consumidor exigente, direcionando sua produção a uma melhor qualidade de vida. Uma escola da produtividade, propulsora que é do crescimento regional, posicionada no ápice da pauta de exportação brasileira, cuja atividade, ao longo dos tempos, sempre tem sido mostrada em alta apesar das crises conjunturais, colocando-se em posição de destaque e rodeada de elogios, contudo, sem garantia de segurança contra a violência humana do seu meio social por ser desprotegida pelo Estado, e, no dia a dia está sempre cercada de pressões e violações externas por todos os lados, onde predomina o furto pela impunidade. Como se isto não bastasse, a fazenda ainda sofre invasões coletivas programadas contra suas culturas, seu patrimônio e continuidade de desempenho, submetendo-se a várias práticas lesivas sempre graves, tudo sem reparação e com ativo desrespeito ao constitucional direito de propriedade perante a inércia dos defensores da ordem jurídica. A despeito de todas essas manifestações daninhas causadoras de prejuízos irreparáveis e sem indenizações, compulsoriamente se mostra bem adaptada ao terreno das superações. Mesmo diante destas sinistras adversidades, não negligencia quanto às obrigações sociais e a permanente adimplência para com o fisco, senão será prontamente apenada na forma da lei por setores do Estado, podendo culminar com o trancamento de suas porteiras e consequente interdição de atividades. Fazenda, um lugar onde se vive o presente com garantia, passeia-se no passado com glamour e se deduz o futuro pela rota da história. Conheça e valorize um lugar assim aprazível e promissor. A fazenda, como iniciativa privada, já semeia sua parte. Que o Estado crie iniciativas para colher desta frutificação.

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