E o crime, cada vez aumenta mais

Na hipótese de alguém desejar viver a expensas do Estado, isto é, sem trabalhar pra seu ninguém, basta cometer um delito e já pode ter arranjado uma ocupação rentável e sem nada produzir, causando prejuízo a outrem, à sua vítima e à sociedade, mas deve ter muita paciência para esperar que a justiça lhe processe e lhe condene a uma pena privativa de liberdade. Mas isto segue o signo da morosidade e às vezes sobra tempo e liberdade para cometer outros delitos graves. E há quem pense e cometa essa loucura para viver sem produzir. Enquanto isso, em muitos casos, um advogado pago pelo Estado, chamado de Defensor Público lhe servirá de defensor, este serviço advocatício é pago com o dinheiro do povo. É isso mesmo, ninguém pode cometer crime, mas há quem o faça, inclusive tirando uma vida humana até para roubar pequenos pertences, mesmo sabendo que não tem como promover sua defesa, mas contraditoriamente o próprio Estado vai designar um defensor para o exercício de sua plena defesa. E o crime cada vez aumenta mais. Seguidamente, depois de inúmeras diligências e tramitada a sentença em julgado, na hipótese de condenação à uma pena de reclusão, o indivíduo será encaminhado a um presídio, o qual servirá de hospedagem, felizmente por algum tempo, mas o suficiente para abalar o erário, daí em diante tudo será gratuito, não precisará mais trabalhar, come, bebe e dorme por conta das suas vítimas, somente sombra e água fresca, enquanto uma grande força pública, armada até os dentes lhe garantirá a sua integridade física, a despeito da vida alheia que já ceifou e da consequente desgraça que à uma família causou. Se tiver filhos menores de idade, a um deles será assegurada uma indenização mensal superior a um salário mínimo, tudo isto, sem nenhuma contrapartida. Tratamento diferenciado será enfrentado pela vítima ou sua família. Estas vítimas em conjunto vão padecer sem a menor recompensa em razão dos danos sofridos. Não se pode esquecer de que também a visita íntima é uma prerrogativa assegurada ao indivíduo preso. É também uma forma de garantir uma remuneração como auxílio reclusão. É da lei. Ela foi proposta, analisada, aprovada e sancionada, e, depois de publicada, resta cumprir. Dura lex, sed lex. Nos dias de visita, o presidio se transforma em venustério, dentro e fora tudo fica lotado de mulheres, aliás, as presidiárias também recebem seus companheiros. Se os parceiros forem presidiários, as regalias e as despesas serão ampliadas, pois uma escolta policial levará um ao encontro do outro.

Lá dentro não se trabalha, mas é possível fazer movimentos paredistas sugerindo variadas e irreverentes exigências. Se a direção for atuante logo pedem sua substituição. A que ponto chegamos. Se causarem danos ao patrimônio carcerário, isto será sempre irrelevante, ninguém indenizará. Tudo isto está andando na contramão da legislação, quando a regra reza que quem causar danos ao outro deve fazer o devido reparo. Portanto, os pilantras matam e não fazem o devido reparo, furtam e causam outros danos maiores, e são apenas beneficiados a uma vida sem trabalho e muitas regalias carcerárias legais. Mas isso não é vida e nem referência para ninguém. Apenas digo: Todos devem trabalhar, sobretudo, quem praticar atos antissociais para fazer jus ao alto custo do sistema carcerário. Direito ao trabalho é um direito humano. Se os detentos fossem obrigados a comer o pão com o suor do seu rosto, jamais voltariam a cometer delito e menos crimes seriam consumados. Isto tem que ser levado em conta para minimizar os índices da violência brasileira. Com essa política carcerária, no Brasil parece que dinheiro vasa pelo ladrão. A prisão é um grande ônus para os cofres públicos, enquanto parcos são os recursos para a saúde e para a educação. A prisão não pode ser a prioridade nem para o governo e nem para outros. Mas cadeia não é hotel e deve continuar sendo apenas um local onde se cumpre pena em razão de um crime cometido. O cárcere nunca corrigirá. As fugas são recorrentes e só fogem para cometerem mais delitos. Ao invés de privilégios, deve ser oferecida oportunidade de trabalho para custear a permanência nos presídios, pelo menos para minimizar o alto custo. Quem trabalha sempre aprende uma lição e esta lição falta aos nossos detentos. Ninguém será recuperado e nem conquista dignidade vivendo num oceano de plena ociosidade. Melhor seria que as autoridades conhecessem os sistemas carcerários onde os apenados trabalham para o custeio das suas despesas. Trabalhar é um direito humano. Disso ninguém pode discordar. Matar alguém é crime punível com uma vida sem trabalho num presídio que não corrige e só tem deturpado, pois muitos vêm se tornando o escritório do crime organizado, tudo custeado por conta das vítimas. E aí vem a legalização da maconha, isto significa o aumento da violência, ampliação do crime organizado e uma crise na saúde pública e mais e mais verbas são exigidas para tratar em vão os filhos das genitoras que já não suportam tanto sofrimento dos seus herdeiros que optaram pelo consumo das drogas. Aguardem este presente dos nossos representantes, a descriminalização da maconha. As minorias estão exigindo. Infelizmente o poder é influenciado pelas minorias gritantes, causando temor eleitoral.

Assim, com este perfil carcerário brasileiro, podem aumentar efetivo policial, incrementar frota de viaturas ou aeronaves, concepção de computadores de última geração, compra de modernas armas letais ou não letais com grande poder de tiro, treinamento e boa formação para a prevenção ao crime, pois assim continuando ninguém vai poder minimizar a criminalidade. O cárcere está sendo transformado em hotel, onde seus hóspedes nada contribuem e apenas exigem mais direitos, inclusive salários. Mas algo tem que ser feito, pois a sociedade está pagando muito caro para se tornar vítima da violência já aparentemente sem freio. Presídio não corrige e na concepção de hoje só deturpa, melhor seria se voltasse a ser entendido como local onde se paga uma pena por ter cometido um delito, assim seria mais proveitoso para a sociedade e menos oneroso para o erário. Que as pessoas sejam mais compreensivas e menos violentas.