RESSENTIMENTO

Quando uma relação amorosa acaba, há duas formas de reação das pessoas envolvidas; a forma inteligente é aceitar a nova situação, esquecer a outra pessoa, partir para outra e de forma educada continuar vivendo, sem ressentimentos, sem mágoas, sem ofensas pessoais, enfim, sem tentar achar culpas naquele que rompeu a relação. Simplesmente, tudo na vida se altera, nada é infinito, acabou... acabou. Claro, não é anormal que a tristeza se instale no peito, que se sinta falta da outra pessoa, mas quem tem amor próprio supera, parte para outra.

A forma pouco inteligente é jogar culpas no outro, partir para ofensas pessoais, difamar, não aceitar a nova situação, dizer que foi enganado, que não merecia ser deixado de lado, que é injusto o que a outra parte fez. Pior ainda é desejar o mal, falar que o outro irá se arrepender, que se dará mal em uma nova relação.

E se a outra pessoa já tem alguém o ressentimento geralmente aflora de forma mais acentuada e a ira se volta contra esse terceiro, que não presta, não vale nada, quer só se aproveitar, não tem moral, é falso, traiçoeiro, etc, mesmo que o ressentido nada saiba sobre este terceiro.

É tão bom relacionarmos com pessoas dotadas de bom senso, inteligentes, de boa índole e que, havendo ruptura, entendam e aceitem a nova situação sem grosserias, sem insultos, como pessoas civilizadas.

O grande problema é que é difícil saber com quem nos relacionamos. Muitas vezes só iremos conhecer o caráter da pessoa depois que tudo acabou.