Motocicleta, a máquina além do tempo

Muitos motociclistas desconhecem o grave perigo a que estão submetidos quando em trânsito sobre duas rodas em qualquer intensidade da velocidade, sobretudo, em alto desempenho das RPMs em suas potentes máquinas de afirmação, ostentando imprudência. A sua referência é a fluidez e a sua posição é a dianteira. Mas a aderência e a centrifuga sempre estão em oposição às suas evoluções ao volante, conspirando contra suas manobras ágeis, versáteis, audaciosas, radicais e sinistras, tomadas como símbolo de liberdade e agilidade, comprometendo e anulando a estabilidade dos seus movimentos. Evidentemente poucos observam obrigações, enquanto vários ultrapassam ao sabor das conveniências e não se conservam à direita como mão de direção, transitando sempre contra o tempo, e céleres, trafegam entre dois ou mais veículos velozes que circulam em direções convergentes ou espremendo-se entre os autos que se movimentam em direções opostas, potencializando os riscos, desafiando a segurança no tráfego, intimidando a todos. Se as pistas de rolamento estiverem cheias de veículos parados, fazem mal uso das calçadas com perigo para os pedestres, mais isso não lhes importa, pois o que interessa é sempre assumir a dianteira e a qualquer custo. Alguns quando passam entre carros parados batem nos retrovisores, enquanto outros chutam as laterais, fugindo no labirinto de veículos. São negligentes quanto à sua própria segurança e pouco importando para a condução defensiva em relação aos usuários das vias públicas. Como estão sempre na vanguarda nas faixas de trânsito, também mantêm a dianteira dos que adentram aos prontos-socorros, comprometendo à saúde, com risco de vida, inabilitando-se às ocupações habituais, saturando a capacidade de atendimento na urgência médica, onerando a sociedade que paga a conta, posicionam-se no pódio das estatísticas de acidentes de trânsito, criando graves problemas nas vias de circulação, parando precocemente antes de chegar. Que a motocicleta continue sendo uma solução para a mobilidade urbana e nunca um problema insolúvel. Também é chegada a hora de mudar a forma de condução deste elegante meio de transporte, pois a preocupação é nacional e as consequências são gravíssimas para todos. A moto é bela, a vida também.