PSICOPATIA: UM DESAFIO EXISTENCIAL

Texto de Fernando Vieira Filho¹

 

Certo dia, enquanto aproveitava um feriado ao lado de amigos no terraço de um edifício na Avenida Paulista, tive a oportunidade de observar uma passeata contra a corrupção. Diante dessa manifestação e da minha visão pessoal de que a corrupção nos círculos políticos é um comportamento antissocial, decidi empreender uma pesquisa e compor o presente texto e estudo sobre esse transtorno que afeta, direta ou indiretamente, todos os seres humanos em nosso planeta.

 

De acordo com o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS), a Personalidade Antissocial é também conhecida como Transtorno Amoral da Personalidade, Transtorno Antissocial da Personalidade, Personalidade Psicopática ou Sociopatia.

 

Como identificar esse transtorno em uma pessoa, considerando que ele pode se manifestar desde a infância?

 

Uma atitude persistente de desrespeito às normas, regras e obrigações sociais.

Estabelecimento de relações com facilidade, sendo envolvente e adaptando suas conversas ao que o interlocutor deseja ouvir, principalmente quando isso serve a seus interesses.

Tendência a explosões agressivas e violentas diante da frustração, com baixa tolerância, especialmente quando confrontado por pequenos ou grandes delitos.

Falta de capacidade para admitir culpa ou responsabilidade por suas ações erradas, ou de aprender com as consequências.

Uso de argumentos lógicos e muitas vezes ilógicos para culpar os outros ou se defender, apesar de uma inteligência frequentemente acima da média.

Ego excessivamente centrado em si mesmo.

Exibição de emoções superficiais, teatrais e falsas.

Ausência de empatia, remorso e culpa em relação ao seu comportamento, e prazer em maltratar animais.

Propensão a ser cínico, manipulador, incapaz de manter relacionamentos leais e duradouros e incapaz de amar.

Tendência a mentir excessivamente, subestimando a insanidade de suas mentiras, e a praticar roubo, abuso, trapaça e manipulação de seus entes queridos.

Uma pessoa que raramente se arrepende e não é capaz de corrigir seu comportamento.

 

Esse conjunto de traços faz com que o indivíduo com sociopatia seja extremamente resistente a aprender com punições ou a modificar suas atitudes.

 

Quando percebem que sua farsa está descoberta, os sociopatas podem fingir arrependimento, prometendo mudança "a partir de agora", mas sua índole cruel permanece inalterada. No entanto, eles são habilidosos em camuflar suas características de personalidade, e essa habilidade de dissimulação frequentemente dura toda a vida.

 

O sociopata tende a ter um charme convincente e cativante em situações sociais, muitas vezes com um nível de inteligência normal ou acima da média.

 

Devido à falta de sintomas evidentes como os de uma doença mental convencional, na década de 60, o movimento antipsiquiatria nos Estados Unidos recomendou que os sociopatas fossem excluídos das classificações psiquiátricas. Argumentava-se que a alteração do sociopata era de natureza moral e ética, e para tais problemas, as soluções deveriam ser morais (por exemplo, a justiça) em vez de médicas.

 

A teatralidade e a manipulação social dos sociopatas são tão convincentes que poucas pessoas, depois de um contato prolongado, podem imaginar seu lado sombrio e perverso. Eles podem ocultar esses traços ao longo de suas vidas. Vítimas de sociopatas violentos frequentemente percebem sua verdadeira natureza apenas momentos antes de sua morte.

 

Uma parte deles pode ser identificada como predadores sociais, exibindo comportamentos corruptos e antiéticos nos noticiários, nas finanças, na política e em outros campos. A mídia tende a dar notoriedade a esses predadores, o que é lamentável.

 

Em resumo, é crucial proteger-se contra esses "lobos em pele de cordeiro". A melhor abordagem é aprender a dizer "não" de maneira assertiva e sem sentir culpa. Os sociopatas odeiam ser contrariados e muitas vezes buscam se fazer de vítimas quando confrontados com negativas. Portanto, esteja alerta, cuide de si mesmo e envie preces para essas pessoas. Conforme ensinou o autor Norman Vincent Peale, quando se deparar com alguém difícil e complicado, imagine a presença de uma figura compassiva, como Jesus Cristo, ao lado dessa pessoa.

 

Quanto aos sociopatas conscientes de seu dilema existencial, é recomendado que busquem ajuda de profissionais de saúde mental qualificados para auxiliá-los por meio de medicamentos e terapia adequada. Além disso, cultivar a espiritualidade, independentemente da religião, é fundamental, lembrando que a mudança é um processo pessoal e único.

 

¹Fernando Vieira Filho - Psicoterapeuta/clínico, palestrante e escritor.

Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012. E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.

É autor dos E-Books:

PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz.

PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis.

SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.

 

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