Em poucas palavras SALVAÇÃO

13 Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado,

14 em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.

15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação,

16 pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.

17 Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.

18 Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.

19 Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude,

20 e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.

21 Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês.

22 Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação,

23 desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro.

Colossenses 1.13-23

SALVOS DO QUÊ?

1.14 - No começo da minha fé, ou, quando aceitei a Jesus, me intrigava a questão que os irmãos falavam que nós precisávamos ser salvos. Salvos do quê? Era a pergunta. Talvez um dos textos que mais exprimem o conceito de salvação seja esse de Colossenses, que é bem completo.

Nós temos a redenção, que é o pagamento do preço do pecado, que é o perdão dos pecados. Jesus pagou o preço no nosso lugar, que é redenção. A nossa divida era o pecado. Jesus pagou o preço do pecado, conseguindo para nós o perdão dos pecados. Quando somos perdoados, somos capacitados a não pecar mais. Junto com o perdão de Deus, vem a capacitação para não pecar.

O nosso problema é se sempre foi o pecado. Mateus 1.21 diz que Jesus vai nos salvar dos nossos pecados. Mas o que é pecado? É fazer algo contrário à santidade de Deus. Pecado é rebelião, queda, transgressão da Lei. Quando o homem peca o faz contra Deus. O cristianismo é a única religião que cobra o pecado, pois quando se diz que pecou, pecou contra quem? O Pai, o Criador. E se na caminhada da vida aparecer o Criador: Deus, temos a obrigação de buscar entender quem é Deus que nos criou. E ao buscar entende-lo devemos buscá-lo, segui-lo.

1.13 – O pecado nos sequestrou para o Reino das Trevas. Deixamos a Presença de Deus e fomos cativados, escravizados, para o Reino das Trevas. O pecado é antes de tudo espiritual. O nosso espírito humano se desconectou do Espírito de Deus, em Gênesis 3, no que a Teologia chama de a Queda.

O que pesava sobre nós era a Ira de Deus. “5 Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; 6 Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; 7 Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas.” Colossenses 3.5-7

Quando se diz que Cristo veio para nos salvar, é para salvar de Deus que julga o pecado. Nós somos salvos é de Deus. Libertos do pecado e salvos da Ira de Deus. Fomos resgatados, tirados do sequestro e transportados, não por nós mesmos, para o Reino de Deus.

É necessário dizer que alguns estão vivendo na carne, na velha natureza, nunca entraram no Reino de Deus e estão equivocados, pensando que estão salvos. Sentimos, compreendemos o pecado, o Reino das Trevas, o observamos, mas alguns de nós não compreendem, nunca entraram no Reino de Deus, nem sabem que o Reino está aberto para ele entrar. Vivo repetindo que apesar da Bíblia dizer que existe uma bandeja onde os anjos recebem as orações dos santos e a oferecem junto ao altar, as pessoas oram menos do que deveria o seu pedido. A pessoa quer um relógio, que custa barato, vamos supor que para isso deve orar umas duas orações de 10 minutos, e do outro lado alguém está com câncer e precisa orar dois anos quatro horas por semana. O do relógio ora uma vez durante dois minutos e o outro ora durante três meses, que mostra que nenhum dos dois chegou a ter o mínimo de orações para Deus responder.

Deve-se imaginar que o Reino de Deus é espiritual e acontece tudo aquilo que é descrito na Bíblia, porém as pessoas se contentam com praticamente nada. Oram pouco, quase nada, o que não enche a sua medida de orações para obter a resposta. Profetizam algo e logo a sua fé diminui, quando a coisa vai demorando de acontecer. Alguns pedem a cura e não acreditam nela, ou pedem um emprego e não tem fé que Deus está a seu favor para o abençoar. O lado místico, então, onde alguns dizem que veem anjos, que Deus fala com ele, que colocou a mão em alguém e essa pessoa foi curada, isso então é crido, para o outro, não para ele. Alguns tem sua fé tão imperfeita, que acham que Deus é sempre para o outro, jamais para ele. É necessário resolver isso ai. Devemos por exemplo, orar até entrar no Reino, em todas as orações que fizermos. Se você orar dez minutos e nada aconteceu, você não recebeu uma revelação, não sentiu o Espírito, ore mais dez minutos, mais vinte, mais meia hora, uma hora, até que o Reino se faça presente. Na Bíblia Deus falava todas as vezes com quem orava, sem exceção, mas muitos de nós se contenta em pedir algo duvidoso, que não sabe se Deus quer dar ou não e pede, não tem uma revelação, um toque de Deus, uma palavra espiritual e acha que tá bom. Não está não. As pessoas estão no Reino das Trevas e não aprenderam a entrar no Reino de Deus. Eu te desafio a orar, agora, até o Reino se fazer presente, a palavra de Deus não pode mentir. Ore meia hora, uma hora duas. Depois que você entrar no Reino de Deus não vai querer sair mais. O Reino é para nós. Ore, ore, ore, não se contente enquanto Deus não estiver falando com você.

1.15-17 – Cristo é a imagem de Deus invisível, é o primogênito de toda a criação. Nele, em Deus, em Cristo, foram criadas todas as coisas, no céu, na terra, as visíveis e as invisíveis, foram criadas por ele, para ele. Nele tudo subsiste (Nele, se prove a sua própria subsistência e nele tudo existe).

Leremos a Bíblia melhor quando compreendermos que a chave da Bíblia e consequentemente da existência é Jesus, que é Deus. Outro dia estava num ônibus e me surpreendi quando pensei que todas as pessoas que estavam ali, e na rua e em todos os lugares foram criadas para Deus. Todos tem chance de salvação, todos. Se tudo existe em Deus, em Jesus, como é que alguns querem viver sem Deus?

Por que precisamos ser salvos? A resposta é simples: precisamos desesperadamente de salvação porque esta é a única maneira de termos nossa comunhão com Deus restaurada, escaparmos da condenação do inferno e viver uma vida eterna. A Escritura afirma com muita clareza que todos os seres humanos são pecadores (Rm 3.23; 5.12). Portanto, todos nós somos igualmente merecedores da retribuição correspondente ao pecado. De acordo com a Escritura, esta justa retribuição é a morte (Rm 6.23) no seu sentido mais profundo e abrangente: morte física, morte espiritual e morte eterna. Isso implica no total rompimento de nossa comunhão com Deus. De acordo com a Escritura, a pessoa que não é redimida, que chamaremos de homem natural, vive em trevas espirituais e é merecedor da condenação de Deus por causa de seu próprio pecado (Rm 3.23; 6.23). O apóstolo Pedro menciona esta mudança de estado ao dizer que “vós sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Nós éramos trevas, porém, agora, somos luz no Senhor (Ef 5.8).

MORTE

No cristianismo, a morte está relacionada com o céu, o inferno e o o destino eterno, indicando o destino de cada pessoa de acordo com suas ações em vida. Colossenses 1.17 diz: “Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” O que significa que Nele está a vida. 4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (João 1.4). Porém o pecado trouxe a consequência da morte. “16 E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim,

17 mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".” (Gênesis 2.16-17) O pecado gera a morte, pois é a desconexão com a vida. Tudo o que está fora de Deus vai morrer. Pode até ser que algumas coisas demorem mais a apresentar sintomas de morte, mas um dia vai acontecer. Por isso que alguns governos, começam bem, promissores, mas com o tempo, sem Deus, acaba gerando processos de morte. Muitos casamentos tem um inicio que parecem ser um sonho, mas no fim é morte, por que estão fora de Deus e não se conectam com a vida. Toda e qualquer coisa que fizermos, sem Deus, longe de Deus, sem a sua participação, pode até demorar, mas vai causar a morte. Tudo o que é fora do Reino de Deus vai morrer.

Somos Filhos da Rebelião, isso é certo. Satanás se revoltou no Céu contra Deus, não sabemos exatamente o por que, mas a Teologia supõe que poderá ter sido a ideia, esdruxula e não aceita por Lúcifer, um dos maiores anjos, quando Deus expôs que viria à Terra na forma humana - menor que os anjos, falha, pequena, barro ruim – e morreria de uma morte cruel, no seu lugar, representativamente, para salvar os homens. A Teologia supõe que Satanás não aceitou a ideia de um Deus tão magnifico, morrendo como uma forma de sua criação, talvez a mais imperfeita. Se foi isso a revolta era aparentemente honrada, digna, porém Lúcifer tentou destituir Deus do seu Trono, sendo deus no lugar de Deus. Na sua Revolta conseguiu que a terça parte dos anjos ficassem ao seu lado. Mas se tudo existe na subsistência de Deus, então sair de Deus, ou tirar Deus da equação é morte. Como retirar o autor da vida, a fonte de vida e tentar viver sem a vida? Por isso que tudo o que o pecado toca gera morte, pois é diametralmente oposto à vida. E tudo o que os demônios fazem, gera morte; e tudo o que é gerado no pecado, redunda em morte.

Fora de Deus, qualquer coisa vai estragar, apodrecer e morrer. Em Deus, mesmo que não pareça, os sintomas dando sinais de que está tudo errado, vai acabar bem, abençoado, frutificando e gerando mais vida, pois vida gera vida.

Mas ainda podemos pensar em três tipos de morte:

1 – Morte física. Que é o final de tudo. Deus na sua sabedoria deu aos homens a chance de mostrarem se o amariam e andariam com Ele ou não. Deus deu o livre arbítrio, para que as pessoas pudessem escolher Deus, ou até mesmo pudessem ou quisessem viver sem Deus. Mas no final o pecado gera a totalidade da morte, se não for interrompido.

2 – Morte espiritual. O pecado é a desconexão do nosso espírito com o Espírito de Deus. O homem (homem e mulher, o ser-humano), baseado em Gênesis, é espiritual, mas o pecado o tornou material, carnal. Mas o plano original de Deus é que todo homem pudesse ser salvo, voltando a ser homem, pessoa, espiritual. Só existem dois reinos, ou é o Reino das Trevas e do pecado, ou o Reino de Deus e da santidade. Ou estamos em um, ou estamos em outro. A nossa natureza pecadora, nos arrasta para o pecado, mas Deus deu a capacidade pela fé em Jesus de sermos espirituais. Se crermos com o nosso espírito, o Espírito de Deus nos fortalece e nos abençoa.

1 Coríntios 14 nos ensina sobre o Dom de Línguas. A Bíblia é clara, mas muitas pessoas fazem uma leitura afoita, descuidada e não compreendem exatamente o que a Bíblia diz, perdendo o melhor da festa. O melhor dom é o de profecia, onde se fala a outro a palavra de Deus, a exposição da Bíblia. A Bíblia é um livro de progressão. Quem nunca leu a Bíblia inteira, e principalmente na ordem em que está apresentada, não irá jamais compreender a sua progressão. Os conceitos começam pequenos no Antigo Testamento, nos primeiros livros e vão se aprofundando, até chegar no Novo Testamento, que é a perfeição do ensinamento. Por exemplo, o ensino do sábado, dia de religiosidade, dia de buscar e estar em Deus, no Novo Testamento mostra que Jesus é o nosso sábado e não o buscamos apenas em um dia específico, mas descansamos Nele todos os dias, todo tempo. A nossa religiosidade cristã não é mais em um dia, mas em toda uma vida, vinte e quatro horas por dia, todos os dias. O profeta no Antigo Testamento era uma voz nacional. Temos poucos profetas nacionais nas nações hoje em dia. Um profeta é alguém que fale inspirado por Deus, então quando o pregador da noite tem uma inspiração em uma palavra, ele está profetizando, que é falar em nome de Deus.

A profecia é melhor do que o Dom de Línguas, pois nas Línguas o cristão ora a Deus, reconecta o seu espírito ao de Deus. A ordem é clara, que falem dois ou três no culto, em Línguas e isso se houver interprete. Senão se cale, fique quieto, não fale em Línguas no culto. Mas as pessoas invertem o ensino e querem falar em Línguas no culto e até mesmo na hora da pregação. Um dos maiores erros nossos é falar em Línguas na pregação, sem interpretação. Não é para fazer isso.

Outro erro muito bobo, é dizer que o sinal do Batismo da Igreja é o Dom de Línguas. Não é e nunca foi. O sinal é que chegou o Ministério do Espírito (2 Coríntios 3.8). Se a ideia bíblica do Dom de Línguas é edificar quem ora em Línguas, em particular, ele e Deus, então não é orar em Línguas por orar, sem interpretação. Línguas sem interpretação nem é para acontecer. Com interpretação já não é mais Línguas, mas profecia.

Parece-nos que algumas pessoas que não tem o Dom de Línguas, não precisam delas. Se as Línguas quando praticadas em particular, traz revelações do Espírito Santo, ao nosso espírito humano, então ou estamos vivendo um momento em que precisamos de mais do Espírito Santo, ou somos tão fracos que precisamos do Espírito em nós, para suportarmos. Me lembro de uma irmã que testemunhou que estava passando uma luta tão grande que estava orando pedindo a morte, mas Deus lhe deu o Dom de Línguas, para que ela orasse conjuntamente o seu espírito com o Espírito de Deus, para suportar a sua batalha. Quem tem o Dom de Línguas e não ora muito em particular, mas acha que é para orar na igreja, na hora do culto, sem interpretação, está fazendo exatamente diferente do que a Bíblia orientou e está perdendo o melhor de Deus.

3 – Morte eterna. A Bíblia ensina sobre vida eterna e sobre morte eterna. “Este é um dos ensinos bíblicos mais combatidos em nossa época. A mentalidade pós-moderna de nossos dias não suporta a ideia de um castigo eterno. No entanto, a existência do inferno é um claro ensino bíblico. A pessoa que permanece espiritualmente morta durante toda a sua vida, isto é, o pecador que não recebe a salvação, vai para o inferno. A condenação ao inferno é o modo como a Escritura descreve a realidade além-túmulo daqueles que morrem sem se renderem ao amor e à justiça de Deus. Para descrever esta realidade terrível, a Escritura usa uma linguagem figurada, termos simbólicos, que retratam os horrores da punição mais severa que se pode imaginar. No entanto, embora a linguagem seja figurada (ranger de dentes, lago de fogo e enxofre, etc.), o fato que ela descreve é real.” (Escola Dominical: Salvação, o quê é e para quê serve?)

Dia desses estava ouvindo o irmão Douglas Gonçalves dizer, com lágrimas nos olhos, que estava cansado de ser apenas pregador, ele queria algo mais. Paulo, disse ele, viu algo que o impulsionou a vida inteira, mesmo que isso o levasse à morte. Pedro, Tiago, Abraão, Moisés, Isaías viram algo, tiveram experiências com Deus. Precisamos ter também.

O pecador acha chato a ideia de uma vida no Céu, sem pecado. No Céu, dizem eles, não há nada pra fazer. Essa é a voz de uma pessoa escravizada pelo pecado. A Bíblia mostra um hiato muito grande na história da Eternidade, na Bíblia. Entre a primeira palavra e a ultima - que aliás a primeira letra da primeira palavra e a ultima da ultima palavra, na linguagem original, formam a palavra Filho – há um hiato, uma parada, um realinhamento de sentido, de direção. O homem entrou na equação de Deus e agora ele faz parte da Eternidade, onde havia anteriormente a Trindade e os anjos, agora tem uma população a mais. A Bíblia dá claros indícios de que algo grandioso irá acontecer, ou será, a partir do amém final, com os que vencerem. O universo, que é uma imensidão, cheio de galáxias desconhecidas, talvez vida, será reformada, passará por uma restauração. Haverá um novo Céu e uma nova Terra. Como será isso? Com o julgamento e extermínio do pecado, teremos um Céu sonhado por Deus, com seres sonhados por Deus, que agora sabem que o livre-arbítrio é muito, mas muito perigoso. O homem que terá um novo corpo, diferente, não sabemos como e nem a extensão dessa diferença, poderá e chegará a outros mundos? Haverá um novo Big-Bang? O que Deus irá fazer, pós-Tribulação? Só pra atiçar a curiosidade. Se com uma média de 70 anos, o homem descobriu a Filosofia, a Matemática, e todas as outras ciências, escreveu livros maravilhosos, imagina se tivéssemos tempo eterno para escrever, para criar, para ser? Imagina ai! Eu quero descobrir essa eternidade, eu quero estar lá e quero saber como vai ser. A igreja deveria almejar a salvação a todo custo e não se deixar perder por pecados mundanos, datados, terrenos.

A GRAÇA

Somos salvos da Ira de Deus que irá julgar o pecado. E Graça, a doutrina da Graça, nos mostra que Graça é tudo aquilo que Deus faz para nos salvar. Se para salvar Deus tiver que deixar desempregado, ou com fome, Ele o fará e vai dar certo. Se para salvar Ele tiver que curar, ou impactar com milagres grandiosos, Ele o fará. Se Ele tiver que deixar o cara ir à cruz, como o foi aquele homem que estava na segunda cruz, ao lado da Cruz de Cristo, para ser salvo ali, no momento final, de dor extrema, Ele o fará. Graça é tudo o que Deus faz por nós para nos salvar, e isso inclui muita coisa.

A salvação não é uma recompensa que recebemos de Deus pelas boas obras que praticamos. Esta é uma opinião muito comum, especialmente entre os espíritas. Ela se baseia em uma ideia de mérito entre a pessoa que pratica as obras e o oferecimento da salvação. Tem muito crente desavisado que acha que vai ganhar Deus com seus dízimos e ofertas, ou com boas obras. Se Deus nos der o que merecemos, Ele vai nos dar a punição eterna, pois todos nós somos pecadores. Ao nos dar a salvação, Deus não nos trata como merecedores dela, mas nos concede uma bênção à qual não temos direito. Esse é exatamente o conceito de “Graça de Deus”. Paulo afirma isso ao dizer: “pela Graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).

A salvação, assim como outras, é uma lei espiritual que Deus criou. Todos podemos entrar debaixo da Graça, porém é pela fé e muitos não conseguem ter fé em Deus suficiente para serem salvos. Tem muita gente boa, que amamos, ou que se perdeu na história, que dá-nos pesar por não terem sido salvos. O Espírito de Deus é Espírito de iluminação interior (Efésios 1) e quer iluminar o nosso espírito que foi obscurecido pelas trevas, quando da Queda (Gên. 3). Fomos desconectados de Deus na Queda, e a reconecção feita por Cristo é o Espírito de Deus voltar a falar com o nosso espírito. Somos seres espirituais e precisamos do Espírito de Deus.

Porém tem gente que luta, guerreia, se revolve, para não ser iluminado, não ser reconectado. Tem gente que não quer ser salvo, amando mais as trevas do que a luz. É com pesar que convivo com um monte de gente, até da família, que sabemos que por não querer Deus, não serão salvos naquele dia.

Na atualidade as verdades da salvação eterna foram obscurecidas por dízimos, campanhas e votos para viver uma vida boa terrena e apenas isso. Assim como Deus mandou as doze tribos entrarem na Terra Prometida, e uma das tribos preferiu ficar do lado de fora, tem gente achando que o melhor de Deus é ficar fora do Reino, à margem, recebendo as migalhas que caem do Reino.

PARA PENSAR

A minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito. Padre Fábio de Melo

Amém

Fique na paz

pslarios
Enviado por pslarios em 12/04/2024
Código do texto: T8040233
Classificação de conteúdo: seguro