E agora teólogo como ficam essas assertivas?
Reconhecendo a competência do teólogo católico romano – FILIPE AQUINO, que é um professor de teologia, com certo gabarito e com muitos livros publicados referente à religião e Bíblia, e que expõe história e Bíblia em suas muitas preleções ministradas na televisão de forma simples, clara e concisa, tenho, portanto, o direito de também discordar dele.
Em ocasiões diferentes, consegui colher algumas frases, ditas durante as aulas pelo referido teólogo (Filipe Aquino), da “Canção Nova”, tal como seguem abaixo, que refuto com alguns argumentos, a saber:
(01) “Haverá um só rebanho e um só pastor”.
Quem gosta muito dessa frase são todos os que advogam a ideia do Ecumenismo: união de todos os cristãos sob a égide do papa. Mas, é preciso entender que o Ecumenismo no amor e na beneficência, ou seja, tudo que se possa fazer em favor dos pobres, dos carentes, dos doentes e outros miseráveis que atravessarem nossos caminhos, é possível haver fraternidade e comunhão. Costumo dizer que união no amor é possível, é universal e pode ser exeqüível em quaisquer situações. Mas em Doutrinas é quase que impossível. Digo quase, porque há ensinos bíblicos que todos (ou quase todos) os teólogos são unânimes em ensinar, pois conferem com os da Palavra de Deus! Aí, sim, pode haver Ecumenismo ou sintonia no aprendizado e nos ensinos!
No entanto, dizer que “haverá um só rebanho e um só pastor”, entendo que é falácia, por dois motivos: (1) PRIMEIRO porque sob a égide do papa não pode ser, pois o texto bíblico nos aponta, bem claro, em João 10 que o Pastor comum, para toda a cristandade é Jesus Cristo. Ele é que é o Bom Pastor, que dá sua vida pelas ovelhas. Só Ele, segundo apóstolo Simão Pedro, é o Supremo Pastor e Bispo de nossas almas! (Hebreus 13.20; 1ª Pedro 2.25; 5.4). (2) E, EM SEGUNDO LUGAR, no final da história escatológica, em Seu Tribunal Supremo, conforme Mateus 25.31-33, haverá DOIS REBANHOS: um à direita e outro à esquerda! E sempre será assim: os que estão com Cristo e os que supostamente estão, mas na verdade combatem-nO! Aliás, com Deus o certo é isso: ou a gente combate ou então entra em suas fileiras, mas ninguém fica na NEUTRALIDADE JAMAIS!
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(02) “que não abandone sua fé religiosa”. “Que continue onde está. Não mude de religião”.
O eminente e aludido teólogo, ACONSELHANDO a uma consulente (católica romana) que havia se casado com marido de confissão religiosa diferente dela, disse o seguinte: “que não abandone sua fé religiosa”. “Que continue onde está. Não mude de religião”.
COMO FICA a situação dela, caso ela venha a descobrir ou alguém passe para ela que não é proibido, nem perigoso mudar de confissão religiosa? Veja o caso de Maria, dos apóstolos e de muitos discípulos de Jesus, que eram do judaísmo e passaram a fazer fileiras no cristianismo! Muitos eram discípulos de João, o batista, mas depois se tornaram discípulos de Jesus! E aí, COMO FICA, senhor teólogo?
E a coerência doutrinária do NT, se chegar ao entendimento da consulente?
COMO FICA? Como por exemplo que TODOS OS DOGMAS MARIANOS NÃO SÃO BÍLICOS! Que todos os atributos que a Bíblia dá a Jesus Cristo são conferidos pelos teólogos romanos a MARIA, num verdadeiro sincretismo contraproducente. Principalmente os atributos que só cabe numa Divindade (como é Jesus) aplicados e/ou direcionados a Maria, que é simples criatura (criada por Ele, que é Deus).
COMO FICAM os atributos e adjetivos conferidos a Maria pelo monge Afonso de Ligório, em seu livro “As glórias de Maria”, com cerca de 800 edições, onde se verifica uma verdadeira aberração doutrinária, com verborragias e inconveniências aos textos bíblicos? (Menciono aqui, alguns ensinos do referido monge, como também de outros católicos que ensinam que a ICAR prega que Cristo é o único Salvador, mas também, como “boné de dois bicos”, anuncia o seguinte que: (1) Jesus não é o Salvador, mas sim, Juiz. (2) O ofício de Jesus é julgar e punir, não salvar. (3) O ofício de salvar o pecador pertence a Maria, não a Cristo. (4) O coração de Maria é o caminho que nos conduz a Deus. (5) Maria é a única advogada dos pecadores. (6) Maria é a verdadeira mediadora entre Deus e os homens. (7) O pecador não deve recorrer a Cristo, mas sim, a Maria. (8) Ninguém pode entrar no céu sem passar pela porta, que é Maria. (9) Maria morreu para nos salvar ... E assim por diante.
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(03) “a gente também pode entrar pela janela, não somente pela porta”.
Falando no seu programa “A Escola da Fé”, numa 5ª feira, em 18 – 07 – 2019, esse teólogo, versando sobre batismo de crianças, salvação, etc, disse que “compara a alguém que vai entrar numa casa, pode-se fazê-lo pela PORTA e também pela JANELA”.
Ora, sabemos que pela janela aberta só se entra o vento e os pássaros sem rumo, mas o ser humano civilizado (e devidamente autorizado), entra pela PORTA.
Jesus, em João 10.9, disse que Ele é a Porta (metáfora) da salvação. É preciso entrar por esta Porta. (Vale lembrar que o Evangelho de João é o mais místico dos evangelhos! E isso abarca o capítulo 6, o 10 e outros versos dos demais capítulos que os literalistas não aceitam!). Ele se refere a um só objeto de uso em sua metáfora: a “porta”, nada diz de janela! E, de mais a mais, Ele menciona “a porta” e não “uma porta”. Portanto, um só meio de salvação, que é Ele mesmo! Porta que dá para um caminho, o caminho da eternidade!
E, para resumir, Jesus convida primeiro a entrar no Reino (que é espiritual) e só depois, com o aprendizado do “ouvir”, “crer”, “arrepender” e ser “discipulado”, sendo batizado, pode entrar na Igreja (assembléia dos demais salvos por Ele - João 4.1; 5.24; Atos 3.19; 8.26-40; Efésios 1.13). Atos esses (contidos nos Atos e algumas Epístolas do NT), que um bebê não pode fazer! Onde aparece essa “janela”, senhor teólogo? Ah! Já sei! Janela é tudo que não entra pela porta, mas pela “janela” dos falsos ensinos ou a “janela” usada pelos larápios, mas os larápios não são Jesus! (Graças a Deus!) Os larápios são os fariseus que perturbaram a vida do cego curado por Ele. (Leia o capítulo 9 do evangelho joanino!)
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(04) “A Igreja católica não cassa defunto”.
O teólogo da “Canção Nova”, na Rede Vida – Filipe Aquino, disse há um bom tempo, que a ICAR “não cassa defunto”. (Ele estava ministrando sobre suposta cassação de santos). Ora, para ser coerente, não só esse teólogo midiático, mas todos os que advogam a “beatificação/canonização” de pessoas que já morreram, deveriam pensar que não podem realmente fazê-lo (beatificar/canonizar), porque tais pessoas (beatificadas/canonizadas) são pessoas defuntas, já falecidas de fato. Se não podem “cassar” defuntos, também não podem beatificar/canonizar, pois esses "privilégios" são dados também, no catolicismo, aos que já faleceram. Esta é a coerência lógica, racional e bíblica!
E, de mais, quem quer que seja que se dá ao direito de “canonizar/beatificar” os que já partiram deste mundo, está sendo arrogante, pois esta competência é só de Jesus, pois só Ele tem a jurisdição estendida até a eternidade. Ele é quem há de julgar os vivos e mortos. Confiram em Atos 10.42 e 2ª Tm 4.2. (Este item "4" é TRANSCRIÇÃO do Blog “Recanto das Letras”, sob o título “Beatificação e canonização de “Santos”, de minha autoria).
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(05) “O catecismo da Igreja Católica foi inspirado pelo Espírito Santo”.
Ensina aí, um flagrante Novíssimo Testamento ou um 3º Testamento para o cristianismo (bem, melhor dizendo, para o catolicismo), porque no autêntico cristianismo só temos dois!) Aliás, tal como o Profeta Isaías que tem 66 capítulos e esse livro profético se divide em duas partes: do capítulo 1 ao 39 e do 40 ao 66, exatamente tal com o cânon protestante – que é de 66 livros canônicos (39 no VT e 27, no NT).
Depois, desde quando as interpretações bíblicas são inspiradas? No máximo elas podem ser coerentes ou incoerentes, mas inspiradas só foram mesmo os livros contidos na Bíblia. Quaisquer comentários serão sempre considerados comentários e nada mais! Sejam eles (comentários ou interpretações) coerentes ou não, jamais passarão disso!
Será que o Doutor Aquino está sendo teleguiado por outro (s) teólogo (s)? Teólogo (s) guiado (s) por outro (s) é como Jesus disse certa feita: “São como cego guiando outro cego: ambos cairão na cova”.
Basta a suficiência das Escrituras! Jesus sempre mencionou as Escrituras, jamais palavra de intérpretes delas – muito menos compará-las em pé de igualdade com as interpretações dos homens!
Rive (ES), 22 de novembro de 2019
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