FILHOS, BENÇÃOS PARA OS PAIS

FILHOS, BENÇÃOS PARA OS PAIS.

Era para ser assim – numa família grande, era para serem bênçãos multiplicadas. Talvez, quando ainda pequenos tenham agraciados os pais, mesmo e apesar de muito trabalho. Filhos quando adolescentes, na maioria deles, estão sempre fazendo juízo de si mesmos, como sendo os eternos diferentes de todos: o mais sofrido; o mais esquecido, o mais incompreendido – “aborrescentes”. Quando jovens, as preocupações passam a ser sobre seus interesses pessoais, às vezes não fazendo caso dos bons conselhos dos pais. Mesmo assim, para muitos a vida passa sem quase ter percebido o grande amor dos pais – dispensados dias e noites, dando em tudo a preferência para a boa educação dos filhos, sempre desejando que a vida para eles se torne menos sofrida do que a sua. Que paradoxo: todos somos filhos, e muitos de nós, somos pais. Alguns felizardos ainda tem a doce companhia dos pais. Outros, apenas saudades, e quem sabe, talvez, carregando o remorso de não os ter amado. Que fazer?

Confessar? Pode ser! Pelo menos assim, admitir que não tenha percebido que a vida passou, e a relação de pais e filhos tenha se perdido. Remorso? Não! Remorso não é arrependimento. Voltar-se para Deus, de modo penitente, rendido, pedir perdão e confessar: errei. Receber o perdão de Deus e procurar fazer jus à justificação. Para tanto, amando mais, aqueles que à mesma semelhança de Deus foi criado, igualzinho a você, estando à espera de um abraço apertado. Quem sabe, se, comer uma farofa de peito de peru com passas, sentado ao meio fio da rua, acompanhado de um moribundo que anda mendigando o pão. Se faça de pai, se faça de mãe, dê do carinho que recebeu e não tenha se dado conta. A gente está sempre achando que de algum modo fomos prejudicados por nossos pais. Por que isso?

Imagina o que acontecia na cabeça de um pai de nove filhos – uma escadinha. A mãe de apenas 33 anos de idade. Morena, bonita, de olhos verdes, rodeada de nove filhos, porém, doente, prestes a morrer. Onde estava o pai? Quase louco, por ver esgotar todas as finanças, e mesmo as esperanças, a desgraçada da doença consumia aquele corpo, e assim, toda a beleza de uma jovem mãe. Ela morreu, o pai ficou louco de verdade, hospitalizado, e sabe lá sob os cuidados de quem. Nove filhos, agora sob os cuidados da filha mais velha, a única que tinha um emprego, tinha que dar conta de tudo, pobre moça! Tempos depois, a vida parecia recomeçar, o pai havia voltado. Pobre pai restara-lhe apenas a fé e muita coragem para recomeçar tudo de novo – cuidar dos filhos, tentar a vida a começar do quase nada. A vida foi trazida de volta, a vitória foi alcançada, todos os filhos se tronaram vencedores.

Quem pode contar a sua história hoje? Como aconteceu ou esteja acontecendo? Será muito abençoador se você levar em conta o propósito de Deus para os pais. Aliás, chamamos Deus e Pai, porque, bem antigamente, todo o respeito e honra era dado aos pais. Era tanta abnegação, que este se tornou o legado de amor que revelou o grande amor de Deus ao homem – Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo. De forma tríplice recebemos, para que assim, de forma tríplice, espelhado na trindade, todos nós, possamos fazer ao grande amor dos nossos pais – por causa deles, existimos, para ser bênção! Sendo pais, ou simplesmente filhos. Porém, fazendo valer as verdades esquecidas, honrando nossos pais, sendo bênçãos verdadeiras enquanto vivemos. “Quem honra os pais, prolonga sua vida sobre a Terra”.

P.S.Florencio 16/11/2018