Amor e caridade

Publicado no Jornal do Commércio

Caminhos da Fé 09.10.2017

O Evangelho de Jesus tem como princípio basilar o amor. Decorrente desse sentimento tão sublime espraiam-se os tantos outros que nos elevam ao Altíssimo. Podemos considerar o amor como sendo a pedra angular de todas as demais virtudes que podem desabrochar no homem. Esposando os preceitos do Cristianismo, a Doutrina Espírita segue esse princípio como alicerce de suas pregações e atividades.

Sem o amor o homem jamais alcançará a plena felicidade, visto que essa evolução moral é imprescindível para adentrarmos no Reino de Deus. Nesse contexto temos em (1 Pedro 4:8): “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados”.

Foi com amor e pelo amor que Jesus nos deixou sábios ensinamentos, complementando-os com as atitudes de benevolência, indulgência e misericórdia para todos aqueles que não enxergavam a grandeza do Pai Celestial através dos seus mandamentos. Sófocles, dramaturgo da Grécia Antiga (497 a.C - 406 a.C), define o amor: “Uma palavra nos liberta de todo peso e da dor da vida: essa palavra é amor”. Diríamos ainda tratar-se de um sentimento em potencial. Jesus, filho Unigênito que viveu em total sintonia com o Criador, disse segundo João 14:10: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obra”, onde se depreende que “estar em mim” quer dizer que Jesus cumpria os desígnios de Deus.

A caridade, por sua vez, é o “amor” na sua forma dinâmica que nos possibilita ajudar a tantos irmãos necessitados da palavra ou do sustento material. É a caridade que faz aflorar dos nossos corações a serventia que consolida o amor em sua plenitude. Segundo o Apóstolo Paulo no Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo XV, item 6 e 7, temos: “(...) Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade”. (Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, 13:1 a 7 e 13); “(...) E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo”.

Conscientes dessa realidade, devemos vivenciar o amor e a caridade como sendo o binômio que descortina o caminho para a elevação do estado d´alma tão necessária para o nosso processo evolutivo.

Luiz Guimarães Gomes de Sá

Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus

LUIZ GUIMARAES
Enviado por LUIZ GUIMARAES em 10/10/2017
Reeditado em 10/10/2017
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