MÃE E A PALAVRA DE DEUS

MÃE E A PALAVRA DE DEUS

Como tudo na vida do cristão teve ter por base a Palavra de Deus, qualquer assunto relacionado ao tema também deve ser Nela buscado.

É interessante destacarmos três aspectos atinentes as Mães, baseados na Bíblia Sagrada, quais sejam: o dom de sê-lo, o amor por elas expressado e os direitos que elas têm.

1) SER MÃE É UM DOM DE DEUS:

“Quanto a seus filhos, eles são herança do Senhor: o fruto do ventre é um presente de Deus.” Salmo 127:3.

Em Genesis 1:28, está registrado que, quando Deus criou o homem e a mulher, Ele determinou aos dois que fossem fecundos, se multiplicassem e enchessem a terra. Naquele momento, Deus formou a família e deu à mulher o dom de gerar vida e ser mãe: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a;”

É óbvio que o homem tem a sua contribuição, mas não se pode compará-la ao dom de gerar e manter uma vida dentro de si, alimentando-a, diariamente, para que esteja pronta para vir ao mundo.

A primeira mãe da qual temos notícia é Eva. Ela gerou a Caim (Genesis 4:1): “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um homem.”

Vê-se, claramente, que, caso Deus não permitisse, Eva jamais seria mãe.

Uma outra mulher que se destaca na Palavra é Sara que, na sua velhice, tornou-se mãe, gerando a Isaque, o que lhe trouxe grande alegria (Genesis 21:6 e 7): “E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo. Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice.”

Quando Sara declara que Deus lhe tem feito sorrir, ela declara que Ele é quem lhe deu o dom de ser mãe. Não foi algo que ela, por si só, tenha alcançado. Aliás, dois motivos a impediam: o primeiro estava relacionado ao fato de não ter mais condições físicas para tal; já o segundo, dizia respeito ao marido Abraão, já velho, “amortecido”, como em algumas traduções.

Raquel, a segunda esposa de Jacó, ficou feliz quando teve seu filho José (Genesis 30:23): “E ela concebeu, e deu à luz um filho, e disse: Tirou-me Deus a minha vergonha.”

Não há dúvidas de que a mão de Deus, mais uma vez, esteve sobre a vida de uma mulher, que, sendo estéril, não poderia gerar filhos. Mas Deus, na Sua infinita misericórdia e amor, permitiu a ela que gerasse filhos.

Ana, uma das esposas de Elcana, demonstrou sua felicidade e agradecimento a Deus, quando teve seu filho Samuel (1 Samuel 1:20): “E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.”

A felicidade dela em dar a luz um filho, reconhecendo o poder de Deus em sua vida, fez com que entregasse seu filho para Eli, um sacerdote, para que ele fosse criado na presença do Senhor.

Isabel, esposa de Zacarias, outro sacerdote, “avançada em dias”, conforme Lucas 1:18, gerou a João Batista e agradeceu a Deus a benção recebida (Lucas 1:25): “Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.”

A gratidão dessa mãe foi enorme, ao ser abençoada por Deus, com o dom de ser mãe.

Maria também foi abençoada com o dom de ser mãe, mesmo sem conhecer um homem. E foi mais abençoada, ainda, pelo fato de ter gerado a Jesus Cristo. Quando o anjo a visitou e lhe disse o que haveria de acontecer, ela, imediatamente, se dispôs (Lucas 1:38): “Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.”

O fato de Maria não ter tido contato sexual com nenhum homem não deixa dúvida de que Deus é quem dá às mulheres o dom de serem mães.

Mãe não depende de cor, pode ser branca, morena, negra, parda, ruiva.

Mãe não depende de idade, pode ser nova, madura ou velha.

Mãe não depende de nível social, pode famosa ou desconhecida.

Mãe não depende de situação financeira, pode ser rica ou pobre.

Mãe é mãe.

2) MÃE EXPRESSA O AMOR DE DEUS:

A Palavra de Deus aponta outras mulheres que tiveram atitudes de amor em relação aos seus filhos, mas os três exemplos que se seguem merecem ser destacados.

Em função do povo de Deus estar se fortalecendo no Egito, o faraó da época determinou que todos os recém nascidos do sexo masculino fossem jogados no rio Nilo. Joquebede (Êxodo 6:20), a mãe de Moisés, fez tudo o que era necessário para proteger a vida de seu filho (Êxodo 2:1 a 9): “E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio. E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou. E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este. Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino. Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.”

O artifício utilizado por essa mãe, não só salvou a vida do seu filho, como permitiu que ela mesma o criasse por algum tempo mais, amamentando-o e lhe dando amor.

Outra mulher que merece destaque é Rispa, uma das mulheres de Saul, com quem tinha tido dois filhos. Em razão de uma maldição, Davi entregou esses filhos para serem mortos pelos Gibeonitas. Após serem enforcados, os corpos foram deixados ao ar livre. Na tentativa de protegê-los, mesmo depois de mortos, ela se colocou ao lado deles e espantava os animais que queriam comer os seus restos (2 Samuel 21:8 a 14). Estudos demonstram que essa mãe esteve junto dos corpos por, aproximadamente, seis meses: “Mas tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha da Aiá, que tinha tido de Saul, a Armoni e a Mefibosete; como também os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita. E os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o Senhor; e caíram estes sete juntamente; e foram mortos nos dias da sega, nos dias primeiros, no princípio da sega das cevadas. Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de cilício, e estendeu-lho sobre uma penha, desde o princípio da sega até que a água do céu caiu sobre eles; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.”

Uma outra situação que merece ser apontada é a causa das duas prostitutas (1 Reis 3:16 a 27), que vieram até a presença do rei Salomão, a fim de resolver um problema, até então, sem solução: “Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei, e se puseram perante ele. E disse-lhe uma das mulheres: Ah! senhor meu, eu e esta mulher moramos numa casa; e tive um filho, estando com ela naquela casa. E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do meu parto, teve um filho também esta mulher; estávamos juntas; nenhum estranho estava conosco na casa; somente nós duas naquela casa. E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. E levantou-se à meia-noite, e tirou o meu filho do meu lado, enquanto dormia a tua serva, e o deitou no seu seio; e a seu filho morto deitou no meu seio. E, levantando-me eu pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era meu filho, que eu havia tido. Então disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Porém esta disse: Não, por certo, o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei. Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta outra diz: Não, por certo, o morto é teu filho e meu filho o vivo. Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante do rei. E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo; e dai metade a uma, e metade a outra. Mas a mulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho / porque o amor materno e aguçou por seu filho), e disse: Ah! senhor meu, dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o. Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o menino vivo, e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe.”

É importante demonstrar que o fato de uma das mulheres não ser a mãe da criança impediu que ela tivesse qualquer atitude de amor por ela. Ao contrário da outra mulher, que, por ser a mãe, preferiu que o filho fosse salvo, mesmo que com ela não ficasse.

3) MÃE TEM DIREITOS / QUE SÃO DEVERES PARA OS FILHOS:

Obediência (Efésios 6:1): “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.”

Ainda, em Colossences 3:20: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.”

Ainda, em Provérbios 23:22: “Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer.”

Ainda, em Lucas 2:51: “E desceu com eles, e foi para Nazaré, E ERA-LHES SUBMISSO.”

Jesus Cristo se submetia à sua mãe. É exemplo de obediência.

Ser cuidada (1 Timóteo 5:4): “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.”

Exercer piedade é ter compaixão, ter afeto e ser bondoso.

Toda mãe precisa de cuidados, seja física, espiritual e/ou financeiramente.

Às vezes, o filho quer ir para algum lugar longe pregar o evangelho, mas não tem cuidado com a própria mãe, que está dentro de casa ou mesmo próximo dele.

Ser amada. Amar não é um sentimento desenvolvido do nada. É uma decisão. (João 3:16): “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Não existe amor maior que este. E é ele quem nos inspira a também decidir amar.

Ainda, em Deuteronômio 6:5: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.”

Ainda, em Levítico 19:18: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.”

Essas duas últimas passagens deixam bem claro que amar é uma decisão, pois Deus nos determina amar. Caso não fosse fruto de uma decisão, o amor não poderia ser praticado através de uma ordem.

Ser honrada (Êxodo 20:12): “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.”

Ainda, em Efésios 6:2 e 3: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.”

HONRAR UMA MÃE É:

- tratá-la com dignidade e justiça;

- é dispensar-lhe ações de respeito, tais como: dignidade, honradez, probidade e retidão;

- é ter por ela manifestação de apreço e de homenagem, dando-lhe distinção, graça e privilégio;

- é cuidar para que ela tenha uma boa fama;

- é destacar o seu comportamento prudente, recatado, decente, sério ou considerado moralmente certo;

- é ter por ela respeito.

Deus abençoe a todos.