DOMINGO DE RAMOS

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR*

“O jumento é nosso irmão, quer queira, quer não. O jumento sempre foi o maior desenvolvimentista do sertão…”

LUIZ GONZAGA

O Evangelista São Lucas, no capítulo 19, versículos 29 a 31 afirma na última semana de sua vida terrena e material antes de ser preso, julgado, condenado, morto, sepultado e ressuscitado:

“29 Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto do monte que se chama das Oliveiras, enviou dois dos discípulos;

30 dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que ninguém jamais montou; desprendei-o e trazei-o;

31 Se alguém vos perguntar: Por que o desprendeis? respondereis assim: O Senhor precisa dele”.

Naquele tempo não existiam os meios de transportes tidos como tecnologias avançadas dos dias atuais. Toda a humanidade sabe que os meios de transportes até então conhecidos estão relacionados na Bíblia Sagrada. Transporte terrestre: cavalo, boi, jumento, burro e braço escravo. Enquanto transporte marítimo: canoas, pequenas embarcações, jangadas, ou algo semelhante, como a Arca de Noé, por exemplo. Transporte aéreo não existia até então. De modo que Jesus Cristo escolheu um jumento e não um burro para servi-lhe como fio condutor de toda a narrativa dos quatro evangelhos e até porque o referido meio de transporte atendia ao Projeto Divino do Salvador da Humanidade, além de ser barato e de fácil de ser encontrado nos campos verdejantes do espaço geográfico enfocado pela narrativa bíblica daquele momento santo.

Tudo na vida de Jesus Cristo não foi projetado segundo as leis dos homens e sim segundo as leis de Deus, daí porque ele nasceu em uma modesta gruta ou estrebaria que servia aos animais irracionais (jumentos, bois, vacas, ovelhas, etc) aos arredores de Belém, onde lhe serviu de aquecimento o sopro do jumento e da vaca na manjedoura celestial, exemplo de Família Sagrada Universal: JESUS, MARIA E JOSÉ. Em sua vida tudo sempre transcorreu em favor dos mais necessitados de tudo e de todos. Dos excluídos. De modo que Jesus, o Filho de Deus que vai ao encontro de tudo no sentido máximo da palavra que está perdido em Israel e apresenta seu plano divino de salvação para quem nele crer. Jesus é o médico dos médios e professor dos professores, advogados dos advogados, ex que ele cura o leproso, o cego, o paralítico, o homem da mão seca, ressuscita o filho da viúva de Naim, ressuscita Lázaro, multiplica os pães e os peixes para alimentar a multidão, transforma água em vinho de primeira qualidade nas Bodas de Canaã, entre inúmeros outros milagres impossíveis aos olhos dos sábios da lei e da filosofia até então dominante. Assim sendo, Jesus Cristo desagrada aos reis, filósofos e sábios de sua época. Daí o confronto contundente ente Ele e o Império Romano. Sua mensagem é forte, representa o caminho, a verdade e a vida. Todas as correntes dominantes são checadas e confrontadas diante da verdade da fala de Jesus Cristo. A filosofia de Jesus é salvar a todos os perdidos da face da terra, ontem, hoje e amanhã. Acredite! Pagou com a vida através de seu sangue derramado no madeiro da cruz para garantir a salvação da humanidade.

A entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém é sinal de coerência como o Plano Divino de Salvação ao usar o jumento como meio de transporte para essa epopéia, assim como toda a população também usava como meio de transporte e de mercadoria ou carga. É importante mencionar de que existe uma diferença entre burro e jumento, através do tamanho das orelhas, levando-se em consideração de as orelhas do jumento são bem maiores que as orelhas dos burros. Os jumentos também são conhecidos popularmente por asnos ou jegues. Jesus não usou o burro para entrar em Jerusalém e sim um modesto jumento, transporte usado pelos pobres de sua época.

É um fato interessante mencionar de que a Bíblia Sagrada está povoada de fatos que narram e citam à presença e a utilidade do jumento em diversas passagens de sua historiografia.

Podemos dizer que quando Jesus Cristo usou o jumento como meio de transporte para entrar em Jerusalém, o que chamamos de domingo de Ramos, significa dizer que nunca precisamos impor pela força o que queremos, pois, ele poderia ter usado um cavalo lorde, que era considerado acima de tudo instrumento de riqueza, de guerra e de poder de ostentação dos nobres. Tudo isso, porque a força e o conhecimento de Jesus Cristo observam critérios que vem do plano celestial. A humildade acima de tudo e de todos. Sempre!

Assim podemos dizer que o jumento é um animal citado na Bíblia Sagrada e por isso comprova que ele tem contato com o ser humano há milênios, e que durante milênios foi meio de transporte, animal de estimação e, até mesmo, dado como herança como um bem valioso de grande utilidade em cada família na face da Terra. Jesus, Maria e José, o usou como meio de transporte para fugir para o Egito por ordem do Anjo que lhe avisou que Herodes estava matando as crianças ao logo após o nascimento do menino Jesus. O jumento nos tempos de Jesus era um animal de pouco valor econômico e financeiro. Do mesmo que com o surgimento da urbanização no mundo, atualmente se vê ainda muitos jumentos soltos, abandonados, sem lenço e sem documento, tendo em vista o aparecimento das novas tecnológicas e ou meios de transportes dentre os quais as motocicletas e automóveis.

Viva Jesus Cristo! O Rei dos reis!

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 13/04/2014
Reeditado em 02/04/2023
Código do texto: T4767409
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