A BÍBLIA, NOSSO MANUAL

A cada descoberta arqueológica na palestina, a cada teoria mirabolante lançada, a cada ataque verbal das religiões orientais, a cada governo impostor que desrespeite a liberdade de expressão há um livro que quase sempre está na mira dos ataques. A Bíblia. Ela é criticada, ridicularizada, forçosamente tentam enquadrá-la em um tempo, em uma época, nas mãos de um escritor, na cabeça e inteligência de um autor humano. Mas os mais abnegados esforços nesse sentido tem se mostrado cada vez mais inúteis. A Bíblia não se defende, mas as evidências o fazem por ela. Ela se torna mais amada do que antes e se espalha com mais força pela face da terra. Em várias direções, em várias mídias, em várias línguas, em vários meios. A Bíblia se revela como o livro por excelência todo o dia. E a cada dia mais uma nova descoberta mostra-se obsoleta quando comparada com seu sábio conteúdo. A cada dia um presunçoso romance vê suas alegadas evidências históricas ruírem ao ser defrontadas com a solidez do Texto Sagrado. A cada dia milhares de vidas encontram em seu conteúdo o caminho para a paz com Deus. A cada dia, milhões de vidas em todos os recantos da terra através da revelação que ela contém se deliciam da comunhão com o sobrenatural Autor da Bíblia. O que faz este livro ser tão especial? O que o torna tão imbatível e soberano? Só mesmo ela nos pode revelar.

A Bíblia não é um livro comum nem nos pequenos detalhes. Não podemos focar o "escritor da bíblia" pois ela foi escrita por mais de 40 escritores das mais diversas classes sociais e a maioria deles inclusive nem se conheceram. Sacerdotes, profetas, reis, pescadores, médico, filósofos, boiadeiros, políticos, empregados de palácio, Primeiro Ministro, milionários e prisioneiros. Todos eles falaram sobre diversas facetas de um mesmo tema. Juntos compuseram uma ou mais peças do maior quebra-cabeças literário já montado. E qualquer leitor, ao discorrer pela leitura deste livro, pode perceber que a imagem é completa, bela, perfeita e profunda. Completa porque a própria Bíblia se explica por si própria e não há necessidade de lhe acrescentar nada. Bela pois não há leitor que não se delicie com o texto sagrado que ela contém. Perfeita pois embora não existisse um editor humano que orientasse os escritores para que cada qual não fugisse ao seu tema, bem como lhe distribuisse os subtemas para abordagem e lhe desse um plano de escrita especificando onde deviam começar, para onde direcionar seus escritos e onde deviam parar, todos fizeram isso com um encadeamento de idéias invejável para qualquer editor e, contudo, preservando o estilo de cada escritor. De forma que o texto ficou uma peça única e nele não há contradição. Profunda pois quando se lê ela de coração aberto, pode se perceber claramente que suas mensagens se renovam dia após dia. Se olharmos por um ângulo veremos uma mensagem, olhando por outro vemos outra completamente nova e nem poristo conflitante com a primeira. Quanto mais se aprofundamos nos detalhes nos convencemos que para ser um texto tão inteiro e completo é inegável a existência e a presença constante junto aos escritores do editor, orientador e inspirador que foi o verdadeiro autor por trás daqueles, pessoal embora não humano.

A Bíblia é um livro único também quando analisada pela arena física espaço-tempo. Ela foi escrita em três continentes diferentes (Ásia, África e Europa), em um intervalo de cerca de 1.500 anos. Homem algum viveria tanto tempo para comandar o projeto de escrita, só mesmo um Deus Eterno (O Nosso) poderia fazê-lo. Além disso, ela foi escrita de vários lugares: Palácios, prisões, desertos, ilhas, cidades, mansões, casas humildes, navios, etc. O que torna totalmente descartada a hipótese de um plano de escrita. Mas tem mais, esta riqueza de escritores a transformou no livro mais democrático do ponto de vista social. Ela trás as visões e o estilo literário de pessoas de diferentes estratos sociais. Nela temos a doce harmonia da poesia romântica, também temos a marcante formalidade de textos legais e crônicas palacianas, temos a precisão científica da narração histórica, temos a profundeza simbólica dos escritos proféticos e temos ainda a envolvente profundidade da análise filosófica. Mas o que a torna ainda mais intrigante e única é a sua autoridade. De tudo o que a Bíblia ensina, seja ao homem, a família, a comunidade ou a sociedade, nada pode ser criticado como prejudicial ou destrutivo tudo é proveitoso e bom. Ela também faz previsões para o futuro e como foi escrita num intervalo consideravel de tempo, algumas de suas previsões já ocorreram. E estavam descritas com tamanha precisão que alguns dos céticos críticos da Bíblia relutam em aceitar que tenham sido escrita antes. Ou seja, como não podem negar que estavam corretas tentam negar que foram escritas.

Mais do que uma obra prima de mãos humanas a Bíblia é literalmente O Livro Divino. Seu autor é o próprio Deus. Não por acaso encontramos cerca de 8.000 vezes a palvra Deus em seu texto. Foi o próprio Deus que a planejou, inspirou seus escritores e protegeu seu texto através dos séculos para que chegasse até nós intacto em seu conteúdo. Questionado sobre a possibilidade de encontrar erros ou contradições no Texto Sagrado o filósofo e teólogo Agostinho disse certa vez: "Num caso desse, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original, ou então sou eu mesmo que não consigo entender." Sábio posicionamento, principalmente considerando que algumas passagens bíblicas só despertaram maior interesse e tornaram-se suficientemente claras em nossos dias. Mas até isso era previsão bíblia: Daniel 12.8-9. Uma das sábias formas que Deus utilizou para proteger o Sagrado Texto foi a permissão do surgimento das religiões. O zelo religioso, embora quando sem entendimento e fé sincera não haja virtude alguma e possa descambar em fanatismo, força a preservação de tradições e rituais acima de qualquer coisa. Isto é um fato sociológico que inquestionavelmente gerou muitos excessos durante a história da humanidade. Porém este mesmo zelo observado nos sacerdotes e escribas judeus na preservação, recuperação e reprodução de manuscritos sagrados e observado também em outras seitas e congregações após o Ano Domini foi instrumento de Deus para preservação do texto do Livro Sagrado. Exemplo disso foi o florescimento da seita judaica Os Essênios que literalmente deram a nossa geração os famosos Manuscritos do Mar Morto. O texto da Bíblia foi protegido, desde as sagradas leis dos escribas através do Talmude e havia regras acerca do tipo de peles que poderiam ser usadas, o tamanho das colunas, e somente tintas especiais poderiam ser usadas, e também os espaços entre letras e palavras foram especificados. O escriba não poderia escrever nada de memória. As linhas, e até as letras, sempre foram contadas. Para ilustrar este zelo, a tradição dos escribas judeus versava que se um escriba ao transcrever uma cópia do Livro Sagrado notasse um erro de grafia gerado pelo copista anterior. Ele não poderia corrigi-lo! Ele deveria copiar errado e fazer uma ressalva (emenda) abaixo informando qual era seu entendimento do que deveria estar escrito ali.

Assim, a Bíblia atravessou os séculos de nossa era e chegou até a época de Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (Mais conhecido como João Gutenberg), um minucioso inventor alemão. Este por volta de 1390 revolucionou a precoce tecnologia tipográfica da época com seus inventos permitindo a impressão massificada e o verdadeiro surgimento da Imprensa Moderna. Em 23 de fevereiro de 1455, na cidade de Mogúncia - Alemanha, o primeiro livro da Imprensa Moderna começava a ser impresso: A BÌBLIA. O processo de impressão durou cerca de 5 anos e estima-se que Gutenberg tenha conseguido imprimir, alumiar e encadernar 180 Bíblias de 1282 páginas cada uma, em duas colunas. Atualmente ainda existem, 60 Bíblias de Gutenberg (12 em pergaminho e 48 em papel). A Alemanha possui pelo menos 15 Bíblias de Gutenberg, em sua maioria nas bibliotecas de instituições universitárias. Apartir dai a Bíblia se espalhou pelo mundo de maneira ainda mais intensa. A Bíblia é o Livro por Excelência, escrito sob medida para o ser humano. Em todas as partes do mundo, em todas as classes sociais, em todas as faixas etárias, sim todos podem ser tocados pelo seu brilhante conteúdo. Não estou dizendo que ela não encontrou resistência para sua expansão, aliás ela sempre foi e ainda é o livro mais perseguido e criticado do mundo. Ditadores, reis e imperadores determinaram sua extinção e a declararam livro proibido, sacerdotes a excomungaram mas ninguém foi capaz de exterminá-la. Nem mesmo ataques de filósofos e pensadores renomados puderam barrar sua expansão. Exemplo disso foi François-Marie Arouet mais conhecido como Voltaire, um pensador francês que viveu de 1694 à 1778. Ao lançar as bases do iluminismo Voltaire declarou que em 100 anos (com o desenvolvimento das ciências) não haveria nenhuma Bíblia na terra senão nas prateleiras, vitrinas e amostras de museus, para ser investigada (procurada) por algum curioso em antiguidades, passando à história. Exatamente um século depois, com Voltaire já morto, a Sociedade Bíblica de Genebra comprou a Editora de Voltaire e até a casa onde ele morava para melhor se instalar-se a fim de dar conta da demanda por impressão de Bíblias. A expansão continuou e até 1984, 1796 línguas e dialetos já possuiam sua tradução das Sagradas Escrituras. Atualmente a Bíblia já foi traduzida para mais de 2000 línguas e dialetos e sua distribuição espalhada pelo mundo todo. O que faz dela o livro mais impresso, mais distribuído, mais vendido, mais lido e mais amado no mundo.

Os mais recentes ataques à Bíblia não se originam de religiões pagãs mas da soberba e suposta autosuficiente ciência pós moderna. Escrita para ser acessível a todos os habitantes da terra, a Bíblia não tem propósitos científicos. Porém, neste campo é também precisa. Quando Mathew Maury (1806 – 1873), considerado o pai da oceanografia (ou oceanologia) lia o livro bíblico de Salmos 8.8 (escrito 2.800 anos antes) percebeu que ali se falava sobre 'vereda nos mares' ele creu literalmente e disse: “Se Deus disse que há veredas no mar, eu vou encontrá-las”. Surgiu assim a descoberta das correntes continentais quente e fria e até hoje seu livro sobre oceanografia permanece como texto básico sobre o assunto em universidades. A ciência descobriu que a Terra não era sustentada por nada em 1650 D.C., porém desde 1500 A.C a Bíblia já afirmava categoricamente: “O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.” [Jó 26.7] John Dalton (1808) propôs a Teoria Atômica, segundo a qual a matéria é constituída de partículas minúsculas e invisíveis aos olhos humanos chamadas átomos. Porém em Hebreus 11:3, escrito há 2000 anos atrás, a Bíblia já afirmava que “aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” O livro de Isaías foi escrito aproximadamente entre 740 e 680 anos A.C, nele encontramos a inerrante declaração Bíblica: "Ele é o que está assentado sobre o globo da terra” [Isaías 40.22] Cerca de 300 anos depois, Aristóteles sugeriu em seu livro sobre os Céus, que a Terra talvez fosse uma esfera. Dois mil anos depois (num tempo em que a ciência acreditava que a Terra fosse plana) as Escrituras inspiraram Cristóvão Colombo a navegar ao redor do mundo comprovando pela primeira vez científicamente a verdade bíblica, hoje tão inquestionada tendo em vista a exploração do espaço. A Bíblia ainda descreveu um “ciclo” de correntes de ar dois mil anos antes de os cientistas descobrirem: “O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.” [Eclesiastes 1.6]. Hoje a ciência sabe que o ar ao redor da Terra gira em gigantescos círculos, no sentido horário em um hemisfério e no sentido anti-horário no outro hemisfério. A idéia de um ciclo completo da água só foi compreendido pelos cientistas no século dezessete. Entretanto a Bíblia já havia informado sobre isso há 2000 anos. “Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.” [Eclesiastes 1.7]; "Ele ... o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra” [Amós 9.6]; "Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra.” [Eclesiastes 11.3] Só para reforçar, hoje sabemos cientificamente que o rio Mississipi despeja aproximadamente 518 bilhões de galões de litros de água a cada 24 horas no Golfo do México. A resposta para onde vai toda esta água está no ciclo hidrológico da água tão bem explicado na Bíblia. Descobertas recentes também já constavam do texto bíblico. A Bíblia em três lugares diferentes [Isaías 51.6; Salmos 102.25,26; Hebreus 1.11] indica que a Terra está se deteriorando. Isso é o que a Lei da Entropia Crescente afirma: "Todos os processos físicos, todo sistema ordenado ao longo do tempo tende a se tornar mais desordenado. Tudo está se desgastando e deteriorando à medida que a energia está se tornando cada vez mais escassa. Isso significa que o Universo irá se deteriorar ao ponto que haverá uma “morte da energia térmica” e portanto não haverá mais energia disponível para o uso." Que mais diremos? São tantas as citações possíveis! Descobertas como, transformação de energia eletromagnética em energia sonora [Jó 38.35], que a lua não tem luz própria, a relação entre os movimentos do sol e da terra e tantas outras. Por mais que a Bíblia não seja um livro com fins científicos, neste campo ela é extraodinária e intrigantemente precisa simplesmente com o objetivo de revelar seu Sábio, Onisciente e Poderoso Autor: O Deus que tudo vê. Richard Wurmbrand em Provas da Existência de Deus, deu a brilhante declaração: “Na antiguidade e no que foi chamado de Idade das Trevas, o homem não sabia o que ele sabe hoje sobre a humanidade e o cosmos. Eles não conheciam a fechadura, mas eles possuíam a chave, que é Deus. Agora muitos têm excelentes descrições da fechadura, mas eles perderam a chave. A solução ideal é a união entre ciência e religião. Nós devemos ser proprietários da fechadura e da chave. A verdade é que à medida que a ciência avança, ela descobre o que foi dito há milhares de anos na Bíblia”.

Mas o que mais precisamos saber sobre a Bíblia está justamente em seu conteúdo. A Bíblia fornece comentário sobre a Bíblia. A Bíblia é mais do que uma Carta de Deus aos homens, ela é um manual de vida, um manual de convivencia, um manual comunitário, um manual para a humanidade viver em paz entre si, encontrar a paz com Deus, a comunhão do Espírito Santo e a salvação por Cristo Jesus Nosso Senhor. A Bíblia não tem erros. Não é uma coleção artificialmente composta, é um texto único e interdependente. Ela é divinamente inspirada. Não deve ser adorada mas usada para adoração. Deve ser respeitada e lida de coração aberto, pois é o único livro em que o autor está literalmente presente com o leitor no momento da leitura para inspirá-lo e esclarecer-lhe eventuais dúvidas. Seu objetivo central pode ser ouvido no cântico dos anjos: "Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens." [Lucas 2.14] ou refletido nas palavras inesquecíveis do próprio Filho de Deus: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." [João 3.16] Leia-a para ser sábio, pratique-a para ser santo, creia nela para ser salvo.

Heleno Pedroso
Enviado por Heleno Pedroso em 21/07/2012
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