A VERDADE por Trás da Polêmica dos Móveis do Planalto.

Primeiramente, não é do meu perfil passar pano para o atual presidente do Brasil, que, diga-se de passagem, está fazendo um excelente governo, com os índices econômicos subindo, a inflação descendo e os juros diminuindo. A renda do trabalho só tem paralelo com o Plano Real.

 

Mas a polêmica dos móveis se deu por uma declaração do governo dizendo que não estava localizando 261 móveis do Palácio do Planalto, e o governo acusou o ex-presidente Bolsonaro de ter extraviado esses móveis. Recentemente, os móveis foram localizados.

 

Sinceramente, acho que Lula deveria se desculpar caso tenha acusado o antigo mandatário injustamente. Porém, o que aconteceu é que o relatório no qual diz que 261 móveis estavam perdidos foi emitido em 4 de janeiro, concluindo um trabalho feito durante o governo Bolsonaro e finalizado pela equipe do governo anterior. Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle.

 

Em abril de 2023, o governo federal gastou R$ 196.770,00 em 5 móveis e 1 colchão, sem licitação, para acomodar Lula e Janja. O valor mais alto foi pago em um sofá reclinável que custou R$ 65.140. Não houve licitação, segundo o governo, pela urgência na necessidade de acomodação do atual governo.

 

Sobre a aquisição dos móveis novos, o governo relata o seguinte: 'Os móveis que foram comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido. Foram comprados para recompor o ambiente do Palácio que estava deteriorado, como foi mostrado inclusive por jornalistas.'

 

Os bolsonaristas e a mulher do Bolsonaro criticaram veementemente essa decisão de comprar móveis tão caros. E afirmam que o Lula prega uma falsa humildade mas que quer viver no luxo.

 

Aí eu questiono: qual o sentimento velado por trás dessa declaração? É de que um presidente que veio da pobreza, como é Lula, não merece móveis suntuosos. Se fosse alguém sofisticado como Fernando Henrique Cardoso, ninguém questionaria essa decisão de comprar móveis caros condizentes com o nível do Palácio do Planalto.

 

Qual o problema do atual presidente da República querer viver no conforto, alguém que ocupa o cargo da república? Claro, o problema é que ele é proveniente da classe trabalhadora querendo dar uma de bom, ter uma vida que não lhe pertence, destinada só aos ricos.

 

Se ele fosse de família tradicional ou abastada, ninguém questionaria a necessidade de Lula querer para si o mínimo de conforto para ocupar seu cargo.

 

Há, portanto, por trás dessa acusação contra Lula, muito preconceito de classe embutido. Mas o atual presidente tem sim a prerrogativa de viver no conforto.