DESILUSÃO EM DIA SOMBRIOS

DESILUSÃO EM DIA SOMBRIOS

Numa releitura de um livro publicado ainda em 1981, pude ver o quanto às vezes nasce no propósito de um escritor, quando de sua cosmovisão vai muito além de meras cogitações literárias. Falo do livro “Contracultura Cristã” de autoria de John R.W. Stott, da ABU Editora. Na sua introdução, aborda sobre as lições do Sermão do Monte, quando sugere que, na intenção do Mestre era um indicativo dos desafios para o mundo moderno, justificando o tema “contracultura cristã”. Do tempo em que vivemos, vendo como os cristãos tem sido atacado no mundo inteiro, restaria pensar duas coisas pelo menos: manter a perspectiva da volta iminente de Cristo, ou, da tomada de encorajamento da igreja em avançar na disseminação do Evangelho, preparando assim o momento ideal para a volta de Cristo, quando será o fim da missão da igreja. Nos anos seguintes a 1945, logo ao final da segunda guerra mundial, aflorava um inocente idealismo de que tão logo passaria o pesadelo horrível deixado pela guerra - a reconstrução era o alvo. “Os seis anos de destruição e devastação eram coisas do passado; a tarefa agora era construir um novo mundo de cooperação e paz. Sendo a irmã gêmea do idealismo, a desilusão, desilusão com aqueles que não participam do ideal, ou (pior) com os que se opõem, ou (pior ainda) com os que o traem. E a desilusão com o que é continua alimentando o idealismo do que poderia ser.” Naquele momento, Stott, havia percebido os horrores da guerra no Vietnã, ironizando o momento em que flores eram distribuídas e “rabiscavam o seu lema “Faça amor, não faça a guerra”. Numa tentativa de encobrir o triste sofrimento de um povo, ou como se diz neste momento no Brasil em toda vez que algo de bom acontece com a direita, a faminta esquerda espalha a “cortina de fumaça”, numa tentativa de encobrir os fatos quando favoráveis à direita. Stott ainda considera que, “cada geração que se levanta odeia o mundo que herdou. Às vezes, a reação tem sido ingênua, embora possamos dizer que tenha sido hipócrita”. É o que acontece com essa juventude dos últimos vinte anos, quando chamada ao debate, para considerar as anormalidades praticadas pela esquerda - perseguidora, cruel, desumana, agindo em todo tempo fora da lei, fora dos princípios morais e espirituais de uma nação de maioria cristã. Suas respostas, em muitas vezes são evasivas e, quando não, são de deboche e menosprezo. É bem verdade, que o conservadorismo deixou o campo aberto aos desvios ideológicos de uma esquerda covarde, a partir do que fizeram com as cartilhas pornográficas induzindo às crianças a um mundo que não o delas. As Universidades foram esquecidas, enquanto o conteúdo pervertido fora sendo construído, deixando o conhecimento do nada, de mentes ocas, julgando que este é o mundo do desejo sexual e da perversidade de uma mente doentia e sem sentido. Desta forma, o Brasil que estamos vendo ser invadido por um governo desvairado, nos tem causado sentimento de tristeza, vergonha e decepção, cada vez mais nos envergonhando perante o mundo, deixando cada vez mais manchada a nossa imagem a tanto reconhecida como gente boa e pacífica. Desilusão em dias sombrios, e por isso, precisando de uma resposta à luz de uma realidade que não somente desafia a nova geração, mas que depende de cada um de nós da última geração capaz de fazer mudar os rumos da Nação, não apenas por palavras de retórica, mas com firme atitude, mesmo que seja com sacrifício.