DE MANÉ A ZUMBI

DE MANÉ A ZUMBI

Para quem vê as cracolândias da vida em constante crescimento, principalmente nas grandes cidades, já não estranha o fato de que são pessoas, humanos, que, certamente fizeram as escolhas erradas. Para estas pequenas comunidades, lá se vive o dia que não termina, a noite que não se distingue das trevas para a luz, errantes e sem rumo, onde cada um se respeita, e quando não, a camaradagem por um trago ou por um cheirinho de morte. Enquanto muitos da sociedade organizada se indignam, procurando resgatar algumas dessas pessoas, maior indignação se tem sentido, quando da parte do governo e de alguns políticos, e muito particularmente do STF na pessoa do senhor, ministro Alexandre de Morais. Este que nesses últimos dias, trabalhando em defesa da descriminalização da maconha, fez comentário, ao que parece, por experiência própria, afirmando que “a cocaína que se usa no Brasil é de péssima qualidade...”, e continua seu discurso para justificar a liberação da maconha em pequenas quantidades para os “usuários”. Pobres “Manés”, seres humanos que eram normais, passaram de Manés a Zumbis. É isso que este governo e sua turma trabalha de comum acordo, e para chegar à condição de Mané, bastou que se corrompesse pessoas simples e de bem, ludibriando-as com um pedaço de pão com mortadela e alguns trocados, com a promessa de picanha e uma cervejinha, e quando não, pelo MST um pedaço de terras para suas famílias. Essa é a cronologia de uma arte diabólica desenvolvida por gente má, visando subjugar homens, mulheres e crianças, de todas as idades e raças. Assim, os zumbis vão parecendo destinados à morte e sem incomodar os sistemas, melhor que fiquem pelas ruas, onde são afetados apenas comerciantes e moradores, pois que, os demais privilegiados moram em Condomínios fechados e com segurança dia e noite, onde ninguém perturba. Pessoas, antes, normais, que foram despejadas de suas casas por falta de emprego, foram morar nas ruas, onde a solidariedade com seus iguais vão permitindo sobreviver; num segundo momento, acreditaram em políticos, venderam seus votos por migalhas apoiadas em promessas vãs, logo, de normais a Manés - vendo-se idiotas e sem qualquer expectativa de vida, sem dinheiro, sem família e longe dos filhos, acabaram se encontrando nas drogas, agora incentivada pelo STF (abertura de uma fábrica de zumbis). Finalmente, esses seres humanos incautos, enganados, foram se graduando, passando à categoria de Mané até alcançar o posto de zumbi, residente de qualquer rua e em qualquer lugar - pode ser numa calçada da avenida principal das grandes cidades, um pedaço de papelão, ou debaixo de um viaduto, ao relento, esperando a morte chegar. Da mesma forma, nesse caminho sombrio, tem sido levadas nossas crianças, covardemente, doutrinadas para serem os novos manés, sendo direcionadas ao caminho da prostituição e perda de suas identidades. Professores sem uma construção moral, incrédulos, que não se deram conta de si mesmos, derrotados no seu espírito, vacante na vida, por não terem se encontrado, se tornaram discípulos do Diabo, além de não fazer o bem, trabalham na destruição do caráter de inocentes anjos concebidos para a glória do Criador. Assim caminha a política, o governo e suas instituições rebocadas pelo “poder supremo do mal” que criou os Manés e agora assumindo a paternidade dos zumbis. Triste fim de um povo, antes, quase feliz.