A BELEZA DE UMA MULHER REPUBLICANA

A BELEZA DE UMA MULHER REPUBLICANA

De um modo geral, se diz que alguém seja republicano, aquele que vive de acordo com os princípios que “guiam” a República: divisão dos poderes, liberdade de expressão, liberdade de inciativa e respeito a diferentes correntes políticas. Sendo assim, como se entende a função da mulher do Presidente da República, denominada “Primeira Dama”? Segundo sugere a Wikipédia, é o título da anfitriã do Palácio Alvorada, tradicionalmente a esposa do presidente do Brasil. Embora o papel da primeira dama nunca tenha sido definido oficialmente, ela figura proeminentemente na vida política e social da nação. Tudo bem! Ao que parece, a mulher que ocupa este lugar deve ter sempre uma postura a altura do que representa o marido em relação ao povo brasileiro. Ademais, tomando os exemplos na história do país, nada igual ao que acontece atualmente, aliás, justifica o caos moral e social que vivemos neste início de governo. Particularmente, quando se assiste uma catástrofe no litoral norte do estado de São Paulo, me parece muitíssimo distante da realidade das demais damas que prontamente se dispunham em estar ao lado das vítimas prestando apoio, levando solidariedade e carinho. No entanto, a atual representante Janja, se esbanja no carnaval, tutelada pelos milhões à sua disposição, isso se constitui numa afronta ao povo que sofre. A beleza da mulher republicana, historicamente, sempre serviu de exemplo e inspiração de vida social e respeito por onde se faziam presentes. Para não ir muito longe, quem não se lembra de Dona Rute Cardoso e o excelente trabalho social desenvolvido com o projeto “Comunidade Solidária”; Dona Maria Letícia Lula da Silva, mulher simples, não era de se fazer projetar a sua pessoa frente ao status que ocupava; Marcela Temer, se destacou como embaixadora do programa “Criança Feliz”, elegante, discreta e bonita; Michele Bolsonaro, tornou-se a primeira dama brasileira a discursar no parlatório do Palácio do Planalto durante a posse presidencial. Ela, que faz parte do ministério dos Surdos e Mudos da Igreja Batista Atitude, onde atuava como intérprete de libras nos cultos, discursou em Língua Brasileira de Sinais. Há bem poucos dias, numa postagem, alguém publicou duas fotos num comparativo entre a Princesa Daiana e Michele, penso que seu autor estava fazendo destacar a elegância, beleza e distinção dessas mulheres quando ocupavam seus postos de representação ante o público. Merece destaque o comportamento de primeira dama com a atual que, no período de carnaval, Michele orava em favor do povo, Janja cuidava de sambar enquanto seus compatriotas do litoral paulista, contabilizava mais de vinte mortos, centenas de desabrigados precisando de uma palavra de carinho, de alguém que fosse solidário. Por tais disparates, constrangidos, queremos ser solidários com os nossos irmãos paulistas e prontos em ajudá-los no que puder. Fazemos coro com os canais que se manifestaram no mesmo sentido. A beleza da mulher republicana, sendo a primeira a se espelhar no exemplo por seu caráter, seu espírito público, solidariedade que todas outras deixaram como exemplo na mesma trajetória de “primeira dama”. Penso que deve uma desculpa de joelhos ao povo brasileiro, e não com palavras ocas e sem sentido hipócritas e frias pelos canais sociais. Por ventura, seria a inocência, ou uma simples e proveitosa aventura palaciana, ou mesmo total despreparo? Prejudicial ao próprio marido, e muito mais ao povo que recomenda em que consiste a beleza da mulher republicana.