Anfitrião de Bolsonaro, Aldo teve viagens a Brasília pagas pelo Planalto

 

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05.ago.2020 Jair Bolsonaro posa ao lado do lutador José Aldo usando luvas de MMA - Reprodução
/Twitter/Carla Zambelli

Demétrio Vecchioli  
Anfitrião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Orlando, nos Estados Unidos, o ex-lutador de MMA José Aldo teve viagens a Brasília bancadas pelo governo federal, uma delas para um encontro marcado com urgência pelo próprio gabinete de Bolsonaro.

José Aldo recebeu R$ 845,50 a título de "diárias" para dois compromissos:

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Em 5 de agosto de 2020, quando Bolsonaro chegou ao 'cercadinho' acompanhado do então lutador do UFC. 
No mesmo dia, os dois posaram para fotos juntos do senador Flávio Bolsonaro (PL) e do então secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães. 
Oficialmente, a viagem foi para um encontro com Magalhães, para "tratar de assuntos relacionados à pasta".
Em 19 de janeiro de 2021, desta vez para uma audiência solicitada por Bolsonaro. Novamente a solicitação de viagem aparece como "urgente" no sistema de transparência. Dez dias após o encontro, Aldo postou foto com Bolsonaro e Felipe Espose, diretor da ONG do lutador, o Instituto JAJ. 
Após esse evento, Aldo foi anunciado embaixador dos Jogos Escolares (JEB's).
Ele porém, não foi ao evento, realizado no Rio, no começo de novembro, e promovido como grande realização da Secretaria de Esporte. Aldo era esperado para a recepção de Bolsonaro a atletas que participaram da competição, em 16 de dezembro de 2021. 
O lutador chegou a receber meia diária para ir ao evento, mas devolveu a verba.

A Secretaria Especial do Esporte também pagou as passagens de Aldo para os três eventos, sempre entre Rio de Janeiro e Brasília, com custo total de R$ 6.008: a primeira viagem custou R$ 505, a segunda, R$ 1.823, e a terceira, R$ 3.680 —as duas últimas foram compradas em regime de emergência.
(UOL)  

Reprodução/Twitter/Carla Zambelli

Demétrio Vecchioli