FOI-SE A COPA, FOI-SE O NATAL

FOI-SE A COPA, FOI-SE O NATAL

Não somente o brinquedinho do futebol, foi deixado de lado quando o assunto era salvar o Brasil. Melhor resultado não poderia ter tido na Copa do Mundo, do que esquecer do efêmero para poder enxergar a realidade do que é duradouro. Fosse o Brasil campeão, certamente que muitos teriam deixado o seu quartel para ir para as ruas, gritar e pular de alegria, para depois de alguns dias voltar a pensar na sua má sorte – seu país e os desafios presentes; sua casa, a segurança de sua família, seu patrimônio ameaçado pelos vândalos, o flagelo político num pais invadido pelo comunismo. Em tempo de guerra não se faz festa, mas se recolhe em súplicas e orações, para que não seja roubada a nossa liberdade e o direito de se viver de uma alegria duradoura. Quem está no campo de batalha bem conhece o inimigo. “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo e nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...” (Sun Tzu) Tudo depende do lado em que olhamos as coisas, o que chamamos daquilo que é RELEVANTE. Onde se situa o seu relevante? Se naquilo que é banal, também banal será; se naquilo é valioso, também valioso será. Portanto, foi-se a copa, e foi-se o Natal! Um momento! Foi-se aquele Natal em que as pessoas só pensavam nos presentes, na mesa farta, bebidas e muita alegria, onde Papai Noel era celebrado e havia festa com a criançada. Esse tipo de celebração se foi em grande parte, todavia, um Natal de verdade pode ser sentido no coração daquelas pessoas que não deixaram seus postos de luta, permanecendo nas portas dos quarteis. Entremeio às multidões, um partilhar do pão de cada dia, uma doce comunhão em espírito onde as pessoas paravam seus manifestos para ouvir a mensagem de paz, aquela paz deixada por Cristo. Lugar onde as pessoas se ouviam, oravam juntas, esquecidas das diferenças religiosas, pobres e ricos partilhando experiências. As pessoas não escolhiam o cardápio do dia, mas simplesmente comiam da mesma comida que era oferecida, do mesmo café da manhã – momentos em que um pão com manteiga se tornava no melhor café da manhã e também da tarde; onde o arroz com feijão e carne moída se tornavam melhor que um churrasco. Que Natal! Algo jamais visto na história de todos os natais. Tem sido registrado a maior manifestação da humanidade (relato das mídias internacionais) – na realidade, um testemunho verdadeiro de um povo que acordou em defesa de sua liberdade. Todos querem ficar livres dos homens maus, livre dos ladrões, livre dos comunistas. Foi-se o Natal dos egoístas que ajuntam tesouros somente para si e que nunca estenderam as mãos para os pobres. Fez-se nascer um novo tempo onde podemos afirmar: o que foi perdido nos anos da pandemia (respeitados os mortos) está sendo construído novamente e com muito mais vigor – nunca se cantou por tantas vezes seguida o Hino Nacional Brasileiro – em todos os dias, em todas as manhãs e noites. A Bandeira brasileira passou a ocupar o seu lugar no coração do povo, o sentimento de patriotismo voltou a ser demonstrado – não somente entre os manifestantes, mas também entre as famílias, onde crianças e adultos se mostravam desejosos de se vestir com a bandeira. Esta, me parece ser a nova identidade daqueles que verdadeiramente amam a sua pátria; e em contrapartida, é também demonstrada a identidade daqueles que apesar de terem nascido nesse torrão, nos tenham traído. Foi-se o Natal dos defensores da Pátria, mas fica o legado da nova história do Brasil escrita com sacrifício, mas com muito muito amor. Não será necessária uma reconstrução como a de Singapura, onde a liberdade, o respeito e a segurança, estabelecido na base do paredão – ladrão, corrupto, traficante eram fuzilados. Para se fazer justiça no Brasil, esse não é o coração cristão, do brasileiro, espera-se que sejam punidos todos aqueles que agiram e tem agido fora da lei, no entanto, os que foram enganados, se arrependidos, devem voltar a ocupar o seu lugar como cidadão, amante de sua terra. Foi-se a copa, foi-se o Natal! Fica o legado de amor e justiça.