EM TEMPO DE GUERRA

EM TEMPO DE GUERRA

O azul do céu se cobre de nuvens cinzentas, o verde dos campos chamuscados pelo fogo consumidor, a grama pisada pelas esteiras dos tanques de aço, vão deixando suas marcas por onde passa. Uns poucos lutando para que muitos possam ser vitoriosos; alguns morrendo, para que outros continuem a viver. A imprevisibilidade exige cautela por todos os lados ante o mal que cerca as lutas armadas, todos sofrem das consequências em tempo de guerra. Notadamente, a paz às vezes é alcançada pela guerra, contudo, dela e suas consequências sofrem todos os lados – os que perdem, os que ganham, será sempre uma insensatez admitir uma luta armada entre irmãos. Nada justifica a que muitos tenham que morrer pelo simples fato de que, pelo desejo de alguns a guerra se estabeleça, quando na verdade, aqueles que a provocam, de alguma forma se encontram na sua zona de conforto. Ademais, pelo saldo de uma guerra, a destruição, desesperança, fome, dilaceramento de famílias, será sempre o rescaldo dos destroços da ignorância e prevalência dos mais fortes sobre os mais fracos. O povo pede socorro às Forças Armadas, no desejo de que sejam preservadas a liberdade e respeitadas as garantias da moralidade, preceitos cristãos que resguardam a família e respeito às leis. Em tempo de guerra, não se vislumbra somente uma bandeira hasteada no ponto mais alto, mas muito mais que isso, sangue, suor e lágrimas – marca de todas as guerras. Portanto, cautela dos que se predispõe a lutar; cautela dos que deverão se recolher em casa – suprir as provisões do sustento; cautela dos prontos socorros no acolhimento aos feridos e bem assim, covas para os mortos. O Brasil sempre se destacou no mundo por sua “democracia”, porém, de seu histórico constam muitas lutas e derramamento de sangue, quando na verdade sempre se apresentou como uma democracia frágil. Quanto a reação popular, só se tornou possível um levante após o reconhecimento de que em trinta anos de política de esquerda, um sistema foi organizado de tal forma que não haveria mais como suportar o loteamento do país e a retenção dos recursos em mãos vis. Não havia mais condição de espera por uma ação política que tirasse o país da miséria. O povo, antes ignorante, acordou para entender que sendo tão rico, se tem feito pobre, face a corrupção, a roubalheira vem subsistindo ao tempo em que o povo do “futebol”, do “carnaval”, das novelas se diverte. Contudo, o povo anda nervoso, com medo de que haja perseguição, perda da liberdade, perda do direito de propriedade, perda das economias. Tudo isso tem suscitado um espírito de guerra, demonstração de disposição para lutar até o fim. Mesmo que, para muitos, esteja prevalecendo o acontecimento da Copa do Mundo, para os mais sensatos pouco importa este fato, pois que, manter a vigilância ainda se torna necessário e ninguém se dispõe em abandonar seu posto até que sua voz seja ouvida. Em tempo de guerra, não se pode desdenhar o inimigo, pois que trabalham 24 horas por dia maquinando o mal, construindo trincheiras. Logo, numa contrapartida silenciosa o povo avança, sendo apoiado pelas FA, no aguado do momento certo para proclamar que estamos em tempo de guerra.